Cap. 23 Parte II

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           ~~~~~ Parte II ~~~~~

     - O meu... O meu irmão? V-Você sabe como libertar o meu irmão?!. - dizia eu abismado.
     - Sim, eu sei. Mas no momento isso é impossível.
     - Como assim?! Você disse que sabia como libertar ele!. - exclamei aflito.
     - Lel, ela disse que sabe como libertar ele, não que poderia ser agora. - reforça Cintia tentando me acalmar.
     - Como a Cintia mencionou, eu apenas sei como tirar ele de lá. Mas para isso é necessário você ter o DNA de um dos Dark Lordes, e também já possuir a sua habilidade de fusão. - explica Ellen.
     - Droga! Malditos Dark Lordes!! Eles sempre teem que limitar minhas forças!!. - dizia eu inconformado.
     - Acalme-se Lel... Tudo vai dar certo. Ellen, por que é necessário ter o DNA de um deles? E o que é essa habilidade de fusão?. - questiona Isadora curiosa.
     - Imagino que não seja a fusão de corpos. - suspira Bryan de braços cruzados.
     - Não é a fusão de corpos. Marcos foi aprisionado por um ataque de energia criado através do DNA dos quatros Dark Lordes. Sendo assim, para libertar ele, você precisará do DNA de pelo menos um deles e da sua habilidade de fusão, assim, você vai poder abrir o portal e tirar ele da fenda entre o espaço-tempo das dimensões.
     - Entendo... - suspiro ao me acalmar. - Você me disse que contaria o que são essas habilidades de fusão. Se não se incomodar, pode começar.
     - A Habilidade de Fusão é um poder secundário que cada forma Spirit fornece a seu usuário. Sendo assim, poderão usa-las tanto na aparência Mefez, como na aparência normal, ou seja, sem transformação. De forma resumida, vocês poderão usar esse poder quando bem entenderem.
     - Que incrível! Necessariamente qual é esse poder?. - pergunta Isadora empolgada.
     - Cada Cartão Espiritual tem sua habilidade específica. Lel, Isadora e Cintia, não sei se vocês perceberam, mas no cartão de cada um existe um número específico. Isso determina qual poder você terá.
     - Olha... Agora que você tá falando, o meu tem o número cinco. - diz Isadora checando seu cartão.
     - O meu tem o quatro. - acrescenta Cintia.
     - No meu tem o número um. - falei sorrindo após criar meu cartão em minhas mãos.
     - O meu tem o número três, ou seja, Marcos ficou com o número dois. - afirma Ellen.
     - Muito bem, sabe quais poderes cada um terá?. - pergunta Roger curioso.
     - Sim. O número um, poderá usar a Manipulação Dimensional. O número dois teria a habilidade de Telecinese, no entanto, Marcos não terá esse poder já que para libertar ele precisamos da habilidade do Lel, e como só podemos realizar essa ativação uma vez... Enfim! Vocês entenderam, não é?.
     - Sim Ellen, entendemos. No caso, temos que ativar elas para tirar ele de lá, com isso, Marcos não vai poder ter sua habilidade. - afirma Andrew.
     - O número três que sou eu, vai ter a incrível Visão Analítica e o Poder de Cura, ih ih. - disse Ellen sobre risadas.
     - Tá de brincadeira! Você já pode se regenerar! Não é justo ter o poder de cura. E o que é essa Visão Analítica?.  - crítica Guilherme irritado.
     - Eu posso explicar. - propõe Bryan. - A visão analítica é um poder incomum que permite o usuário enxergar todo o estado físico e vital de determinados guerreiros. Sua saúde, seus batimentos cardíacos, seu nível de energia e sua vitalidade... Tudo isso aparecerá diante de seus olhos. Em outras palavras, é como tirar o Raio X de uma pessoa e visualizar em seu campo de visão em poucos segundos.
     - É uma habilidade bastante rara. Pelo o que eu soube, somente duas pessoas tiveram esse poder, uma delas morreu há 500 anos e a outra foi uma Origens chamada Mary. - acrescentou Rose. - No caso, sua tia Lel. 
     - Agora estou surpreso... - falei de boca aberta. - Minha família possuía tanta gente forte assim? Isso é espantoso.
     - Que inveja de você Ellen. - dizia Cintia admirada.
     - Nem me fala, ih ih. Continuando, o cartão quatro, o seu Cih, poderá te dar a habilitação de criar Campos de Força.
     - Esse também é legal. - elogia Andrew.
     - Vai ser de grande ajuda. - afirma Roger.
     - E o meuuu? E o meuuuu?! Qual é o poder do meu?. - perguntava Isadora impaciente e ansiosa.
     - O seu cartão te dará, Super Inteligência, Invulnerabilidade à ataques psíquicos e aprimoramento de experiência.
     - Ih, olha lá gente! Ah! Ah! Se liga pessoal, até o cartão da Isadora sabe que ela é mó nerdona, Ah! Ah! Puts, mano... Tô passando mal, he he.
     - Cala essa boca Gui!! Você deve estar com inveja! Sempre vou ser o cérebro e o rosto lindo da equipe.
     - O cérebro até vai né... Mas e o rosto lindo? He he, não me faça rir de novo. Tô com falta de ar.
     - Ellen, tenho uma pergunta à te fazer. - interrompe Roger.
     - Claro Comandante. Pode dizer. - diz Ellen aliviada por ver a discussão de Guilherme e Isadora cessar. - Tem toda liberdade em perguntar.
     - Durante o primeiro confronto contra Brendon, depois de ver Bianca morrer, os poderes de Lelnardy aumentaram drasticamente. Isso foi vantajoso. Entretanto, ele perdeu o controle, e começou a destruir tudo. Sabemos que naquele momento ele utilizou o Poder Legendário, mas, você saberia dizer se corre algum risco dele voltar à ficar assim?.
     - Bom... Pra ter a resposta sobre isso, primeiro terei de explicar como funciona o Poder Legendário.
      Eu precisava redobrar minha atenção, afinal, era de grande importância saber como realmente funciona esse grandioso poder. Segundo Ellen, eu simplesmente poderia perder o controle e me entregar à falta de discernimento sempre que for  recorrer ao Poder Legendário. Esse era de fato, um grande problema.
     - Primeiro que o Poder Legendário não é uma simples força. Por milênios muitos seres tentaram domina-lo. - explicava Ellen. - Mas, sempre eram desintegrados e se tornavam pó.
     - Caramba... Disso eu não sabia. - diz Guilherme assustado.
     - Somente um homem foi capaz de controlar esse poder durante eras remotas. - completou Ellen. - Isso há mais de mil e quinhentos anos.
     - Aioria... - suspira Bryan.
     - O Poder Legendário possui uma consciência própria. Somente seu usuário pode ter contato com essa entidade, mas em si, ela se manifesta de várias maneiras. Antes, foi através de sua forma Spirit, Lel.
     - Tem razão. Isso explica o porque não podemos conversar com as nossas formas Spirits além do Lel. - afirma Cintia.
     - Isso explica um bocado... - disse eu impressionado. - Então, controlar esse poder é algo impossível?.
     - Não Lel, você possui a vantagem de ter sido escolhido pelo próprio poder. Isso pode ajudar à utiliza-lo, claro! Se seu corpo e sua mente aguentarem.
     - Ter sido escolhido... - suspiro pensativo.
     - Não se preocupem, temos outra vantagem, não é impossível. Temos que agradecer a sua mãe por separar esse poder em duas partes. Graças à isso, você tem mais chances de conseguir.
     - O que falar dessa mãe que nem conheço, mas já considero pakas. - dizia Guilherme fazendo todos da sala rirem.
     - Besta, ih ih. Enfim, o Poder Legendário age de acordo com as suas emoções, e responde à sua força. A fúria que você sentiu depois de ver Bianca morrer desencadeou uma força tremenda, totalmente longe da sua capacidade e controle. Por isso, sua mente foi tomada pelo Poder Legendário, o que fez suas ações não serem calculadas, destruindo tudo em sua frente.
     - Entendo... Isso explica tudo. - dizia Roger pensativo.
     - Porém, afirmo que essa falta de controle limitou seus poderes. Se tivesse noção do que fazia, usando Poder Legendário facilmente mataria Brendon.
     - Mas toda ação tem um risco. - suspira Roger. - O estrago poderia ser maior.
     - Então... Para controlar o Poder Legendário, primeiro terei de me tornar mais forte?. - perguntei pensativo.
     - Sim. É basicamente isso. - suspira Ellen preocupada.
     - Só isso? Ah, ah! Que beleza. Então tudo bem. - falei animado.
     - Tá doido? Que confiança é essa!?. - disse Guilherme espantado.
     - Eu não compreendo sua reação... Por acaso teria algo em mente?. - pergunta Roger curioso.
     - Roger meu amigo, isso não é motivo para ficarem espantados ou decepcionados. Eu só preciso ficar mais forte. Isso não é problema, afinal, agora eu tenho a Golden Flame. É só treinar o bastante e ficar forte. - respondo sorridente.
     - Hunf! Gostei disso. Pode contar comigo. - afirma Bryan com um leve sorriso no rosto.
     - Beleza! Quem tá com o Lel levanta a mão aê! Uruuul!!. - gritava Guilherme animado.
      Observando a todos, alegres e felizes, decido encerrar a reunião. Seria melhor ativar as Habilidades de Fusão outro dia, logo convidei todos para um almoço. Rapidamente eles concordam. Andrew e Rose saem para almoçar juntos, assim como haviam combinado. Bryan e Guilherme se retiram da sala, por fim, Ellen vem ao meu encontro.
     - Lel, vamos almoçar com as garotas?. - propõe Ellen sorrindo.
     - Com esse sorriso lindo, não tem como recusar.
     - Wont... Que fofo. É muito amor gente. Vocês estão juntos, não é?. - pergunta Isadora dando leves socos no meu braço.
     - Sim estamos.
     - Bem que você podia dar esse colar pra ela no lugar da aliança. - brinca Isadora.
     - Concordo. Esse colar é muito lindo. Parece que tem um universo dentro dele... - suspira Cintia observando-o.
     - É mesmo! Eu queroooooo! Brincadeira Lel. Esse colar é muito importante pra você, eu sei disso. É uma lembrança da sua mãe.
     - Pois é Ellen, mas pelo o que estou vendo, só falta essas duas comerem ele pelos olhos.
     - Ai não... Deve ter um gosto horrível. - falava Isadora fazendo-nos cair em gargalhadas.
      Sem dúvida essa Isadora não tinha jeito. Falou de comida, ela é a primeira à se manifestar, mas enfim, já íamos nos direcionando até a porta quando Roger me chama. A princípio queria ter uma conversa à sós comigo. Por consequência, peço para Ellen ir na frente com as meninas. O Incrível foi que elas saíram caladinhas da sala, mas, quando viraram o corredor só deu pra ouvir suas altas risadas.
     - Elas sem dúvida estão felizes.
     - Sim. Não é pra muito, o trio da bagunça está de volta. Bom, sobre o que gostaria de conversar?. - perguntei ao me sentar.
     - Não se incomode em sentar... É algo rápido.
     - Er... Bom... Tudo bem então. É sobre os novos poderes da equipe?.
     - Não. Sei que você dará conta de tudo. Afinal, você agora é o líder da equipe.
     - Parece que o Tony enfim conseguiu o que queria. Me tornar o líder. - suspirei sorrindo.
     - Sem dúvida ele deve estar orgulhoso de você. Me lembro do primeiro dia em que te encontrei naquele julgamento. Você estava apavorado, não sabia o que fazer, e quando foi eleito o protetor desse planeta, ficou ainda mais apavorado, Ah, ah! Me perguntava se você daria conta de tudo, mas olha só pra você. Sem dúvida és o grande Lel Origens. - dizia ele olhando fixamente para mim.
     - Bom... Me tornei mais forte, mas estou longe de ser "O grande". O único grande é Deus, sou apenas um guerreiro cumprindo seu legado.
     - Hunf! É por isso que admiro tanto de você.
     - Obrigado Roger. Mas onde está tentando chegar? Sem querer ser grosseiro.
      Ele me encara por um tempo, até que colocando sua mão em meu ombro, falou sorridente.
     - Deixo tudo em suas mãos. Agora vejo que não precisam mais de mim. Você se tornou forte, inteligente, confiante e um rapaz admirável. - falava sobre um denso sorriso. - Mais do que nunca seus amigos confiam em você. Parabéns Lelnardy, estou feliz por ter te conhecido, vejo que ainda existe esperança para um mundo fútil como esse. Confio em você, a partir de hoje, me retirarei e deixarei a equipe totalmente em suas mãos. Tony acreditava na sua capacidade, tanto eu como você, vemos que ele estava certo.
      Eu não tive se quer reação. Em seus olhos, estava totalmente estampado a sinceridade de suas palavras. Ele se retira da sala... Eu apenas me sentei e comecei à refletir sobre tudo que já aconteceu. Aquelas palavras, aqueles elogios, aquele sorriso me confortou muito. Era o que eu estava precisando, um gesto de confiança e de reconhecimento. Aquilo ressaltou minha determinação, lágrimas escorriam do meu rosto, enquanto apertava o colar em meu punho, olhava para o teto agradecendo constantemente à Deus.
      Alguns minutos depois, me direcionei até o refeitório onde todos me aguardavam. Fiquei impressionado, nenhum deles havia tocado na comida, disseram que preferiam me esperar para comermos juntos. Olhando para minha esquerda, avisto Isadora acenando para mim.
     - Lel! Guardei seu lugar. Estávamos te esperando.
      Fiquei ao lado da Ellen, que por sinal, já havia preparado meu prato. Notei que estava bem recheado. Repleto de legumes e vegetais, sem contar na quantidade de arroz e de frango.
     - É pra comer tudo, viu!. - disse Ellen me encarando.
     - Maninho, sobre o quê você conversou com o Comandante?. - pergunta Guilherme chegando do meu lado.
     - Bom... Coisa minha e dele. - repondo ao virar o rosto.
     - Qual é!? Diz aí cara, não custa nada. - insiste Guilherme.
     - Gui sai daqui, vai logo pra sua mesa! Não tá vendo que ele não vai falar. - reclama Ellen encarando Guilherme.
     - Peituda irritante...
     - O que você disse?!.
     - JÁ FALEI O BASTANTE!! Tá surda?.
      Depois do Guilherme levar umas porradas da Ellen, todos começam à almoçar. Durante o restante do dia, não fizemos basicamente nada, apenas Bryan que insistia em seus árduos treinos.
      No outro dia, logo após o café da manhã, todas as garotas levam Ellen pra sair. Eu não sei o porquê, mas não dei muita importância... Elas talvez tenham ido fazer coisas de garotas, era um dia de folga.
      Como o dia seria de descanso, aproveito e convido os garotos para uma pequena farra, sabem? Coisas de macho! Pra cabra homem mesmo! Passamos o dia jogando vídeo games, he he. Porém, antes de jogarmos, realizamos um campeonato de futebol com muitos dos soldados e agentes do quartel. Se divertir um pouco faz bem.
      Até que foi legal, embora umas das regras era não usar poderes. Meu time ficou com a terceira posição, o time do Bryan acabou ganhando. Voltando para os jogos, realizamos um campeonato de FPS e PES. Novamente meu time perdeu... Engraçado mesmo foi ver Bryan nervoso com o controle, nem ao menos conseguia jogar.
     - Tecnologia maldita!! Como faço para atirar!?. - exclamava Bryan nervoso.
     - Calma garoto! Ah, ah! É só um jogo. - diziam os agentes dando risadas.
      A noite estava se aproximando, já eram 17:40 da tarde. Vinte minutos depois, Cintia aparece na sala onde estávamos jogando. Logo ela pede para segui-la.
     - Vish Lel, se ferrou. - zombava Guilherme.
     - Cala a boca Gui. Fica na sua garoto. - retruca Cintia.
     - Me ama menos, vai...
      Para onde ela estava me levando? Eu estava morrendo de curiosidade, e para apimentar mais, segundo ela, se tratava de uma surpresa, afirmando com toda certeza que eu adoraria saber o que é.
     - Cintia, eu espero que seja algo que eu goste mesmo... Já íamos começar a jogar Dragon Ball. Tem que ser algo que vale mesmo a pena. - disse eu dando risadas.
     - Besta, estou morrendo de rir. Vai, fecha o olho e entra devagar. - diz ela abrindo a porta.
      Fechei meus olhos e fui dando passos curtos até ouvir Cintia dizer para abri-los. Acho que me levaram pro céu... Havia um anjo bem na minha frente. Quer dizer, não era um anjo de verdade, se tratava da Ellen, e acredite... Ela estava LOIRA.
     - Então, o que achou?. - pergunta Ellen sorrindo.
     - V-Você está... Linda... - dizia eu encantado e abobado.
     - É melhor eu ir buscar um barco antes que o Lel nos afogue na sua baba. - disse Isadora dando altas risadas.
     - Bom meninas, vamos deixar eles um pouco a sós. - diz Rose encaminhando-se para a porta.
     Elas saem, deixando Ellen e eu sozinhos. Eu não parava de observa-lá. Com um sorriso disfarçado em seu rosto, Ellen se aproxima de mim. Respondendo à seus impulsos, também me aproximei e a beijei. Depois de beija-la, nos sentamos, onde conversamos por um bom tempo.
     - Desde de quando você quis voltar a ser loira?. - perguntei rindo.
     - Desde de hoje de manhã. Quis mudar um pouco e fazer uma surpresa pra você, gostou?.
     - Se eu gostei?! Imagina. Você tá linda! Mais do que já era.
     - Obrigada. Mas me diz, valeu a pena perder o jogo do Dragon Ball?.
     - Você ouviu? Poxa, que ouvido biônico...
     - É claro. - afirma ela seriamente.
     - Então... Que tal irmos jantar?.
     - Eu adoraria. - concorda Ellen.
     - Okay, vamos. Deixa que vou cozinha pra você.
     - Olha só, vamos ver se sabe cozinhar. - diz Ellen desconfiada.
     - Em outra vida eu fui um cozinheiro famoso, meu bem.
     - Sei... Espero não passar mal. - diz Ellen dando risadas.
 
... Fim do Capítulo...

Olá pessoal ^°^
Gostaram?
Então avalie esse capítulo :D
A Ellen tá loira!! ❤ o ❤
Tá muito gata, né? Kkk
O que acontecerá no cap. 24?
O que Lel fará dalí pra frente?
Qual será o próximo passo do Brendon?
Vejam as respostas no próximo capítulo.
Até logo pessoal :)

  
  

Lel Origens: Genesis - Livro 1 - Versão DemoOnde histórias criam vida. Descubra agora