~~~~~ Parte I ~~~~~
- Da próxima te esgano!. - disse Ellen sorrindo.
- As vezes tenho medo de você. Então... Você não é humana, né?. - perguntei enquanto caminhávamos.
- Não... Assim como você, vim da dimensão Alpha. Minha raça se chama Nexus.
- Nexus? Nome incomum.
- Sim. Lel me diz, quais poderes eu terei agora? Graças à Thais, também possuo uma forma Spirit. - pergunta Ellen curiosa.
- Os mesmos poderes que as garotas possuem. Ao ativar e estar na aparência Mefez, você terá super força, super agilidade, super reflexos e poderá controlar sua energia vital. Assim que controlar ela, você poderá voar e usar ataques de energia.
- Incrível! Mal vejo a hora de poder voar, ih ih. Ah, quase esqueço, vocês já ativaram as Fozion Abilty?.
- Fozion... O quê?.
- Fozion Abilty. Significa habilidade de fusão na linguagem Alpha, meu amor.
- Ata... Que eu saiba não. Nem sei o que é isso. É algum poder extra?.
- Que sorte a minha! Também terei uma. - dizia Ellen sorridente. - É um pouco complexo de explicar. Vamos pra reunião, lá explicarei melhor.
Pena que não deu para vocês verem a minha cara quando ela me chamou de "meu amor", meus olhos até brilharam. Assim que chegamos na sala, o idiota do Guilherme logo nos questiona pela demora.
- Desculpem a demora. Eu e a Ellen estávamos...
- Demora!? Que demora cara? Só faltou criar barba no meu rosto de tanto esperar!. - dizia Guilherme equivocadamente.
- Abaixa o tom, palhaço! Mais respeito com o líder da equipe. - falei seriamente.
- Respeito? Meu ovo... Espera! Eu ouvi direito? Você disse líder?!.
- Sim. A partir de agora, sou o novo líder da equipe. - disse eu sorrindo.
- O que te fez mudar de ideia?. - pergunta Bryan curioso.
- O que me fez mudar de ideia? He he, foi essa coisa linda aqui. - disse eu apontando para Ellen.
- Cadê a coisa linda? Não estou vendo... Ellen sai da frente, deixa eu ver se ela tá lá fora. - dizia Guilherme forçadamente.
- Idiota! Só não te bato porque o Comandante está aqui. - ameaçou Ellen nervosa.
- Bom, se esse é o problema, vou me retirar da sala. - disse Roger calmamente.
- Pô Comandante! Essa doeu... O que eu te fiz cara?.
Eu estava feliz. Todos aparentavam estar alegres, isso me deixou mais confiante. No entanto, havia uma excessão... A Cintia. Enquanto todos riam da discussão entre Ellen e Gui, Cintia se mantinha em silêncio. Havia um semblante de tristeza sobre seu rosto.
Reparo que na sua mão esquerda, ela segurava a carta que Tony havia deixado. Uma cena de doer o coração, à compreendia como ninguém, passei por momentos parecidos. Uma terrível angústia, sua mente cheia de dúvidas, e todo seu psicológico mergulhado em solidão.
Disfarçadamente, aproveito que ela estava viajando em seus pensamentos e chamo toda equipe de canto.
- Gente, estou preocupado com a Cintia. Na boa, já passei por isso. Não é nada fácil perder alguém que ama.
- Tem toda razão. Mas o que vamos fazer?. - pergunta Andrew preocupado.
- Não sei... - suspiro de cabeça baixa.
- Tadinha, queria poder fazer algo por ela. - suspira Rose observando-a. - Nos sentimos da mesma forma quando perdemos nossos pais, não é irmão?.
- Não vou mentir, tem razão Rose.
- Eu posso conversar com ela, o que acham?. - sugeriu Ellen.
- Seria uma ótima ideia. - concordam todos com exceção de Guilherme.
- Tudo bem, mas a reunião vai demorar pra começar... - afirma Ellen.
- Que seja. Já esperamos muito por essa reunião, mais alguns minutos não vai ser nada. Vão logo com isso. - resmunga Guilherme. - Baita sono aqui.
Assim que saímos, Ellen se aproxima de Cintia. Ela estava tão pensativa que se assusta quando é tocada por Ellen.
- Hã? Ellen...? Disse alguma coisa? Desculpe, estava refletindo. - falava Cintia tentando secar as lágrimas que desciam disfarçadamente no seu rosto.
Sem dizer uma única palavra, Ellen à abraça, e em tão pouco tempo, Cintia desaba em lágrimas. Com um forte abraço e soluçando de tanto chorar, ela falava.
- O que... O que eu faço? O que eu faço pra tirar esse peso de cima mim? Me ajuda, por favor...
Ellen fica sem palavras. É fato que imaginava o quanto Cintia reprimia sua dor, só não esperava que fosse tanta à ponto de se sentir culpada.
- Não guarde isso dentro de você, jogue tudo pra fora. Divida sua dor comigo. - dizia Ellen abraçando-a novamente.
- Eu... Eu não consigo. Me sinto culpada pelo o que aconteceu com ele. Eu deveria ter ido junto. Onde eu estava com a cabeça!.
- O que você quis dizer com isso?.
- Eu deveria ter ido junto com eles naquela maldita missão! Sabe, quando Bryan e Lel tomaram a decisão de irem te resgatar, o Tony logo insistiu em ir junto. Eu pensei em impedir, mas quando olhava pro Lel e vi sua determinação, novamente cometi um erro.
- Erro? Que erro você cometeu?!. - disse Ellen confusa. - Não estou entendo.
- Como sempre, deixei tudo nas costas dos outros. Naquele momento, tive medo de morrer. Eu queria muito te ver. Fui egoísta! Me deixei levar pelo medo e pelos sentimentos do Lel em te resgatar. Deixei que ele e o Tony corressem um risco terrível. E no final, o preço que paguei foi perder aquele que tanto amei.
- Cih... - suspira Ellen preocupada.
- Devo desculpas ao Lel. Me sinto uma idiota por não ter feito nada. Sempre usei ele.
Ellen à observa em silêncio, parecia não concordar com o que dizia. Levada por seus impulsos, sem se conter, ela ergue sua mão, acertando um forte tapa no rosto de Cintia.
- Já chega Cintia!! Ver se acorda! Pare de se afogar em águas rasas. O Tony não morreu por um erro seu, e sim para deixar o Lel mais forte!! Ele fez isso de coração, e tudo pro seu bem garota!! Assim ele vai te proteger e manter você viva!.
- M-Mas, eu...
- Chega de se culpar! Você não usou ninguém, muito menos o Lel! Ele fez tudo por vontade própria. E o Tony também. Cintia... Você não está sozinha, ao seu lado sempre estará seus amigos e também à mim. Lembra da nossa frase?.
- Sim, lembro. Amigas por acaso, Irmãs por opção. Como eu me esqueceria disso... - disse Cintia secando suas lágrimas.
- Então meu amor. Seja qual for sua dor, seja qual for a dificuldade, eu estarei com você.
- Obrigada Ellen. Você como sempre me fazendo ficar mais tranquila. Que bom que voltou.
- Só fiz o que deveria ser feito. As vezes precisamos tomar umas porradas para por a cabeça no lugar. Já se sente melhor?.
- Estou sim.
- Tenho uma coisa pra te contar Cih, ih ih.
- O que é?.
- Eu e o Lel nos beijamos.
- Sério!? Nossa que rápido.
- Né? Ah ah, mas, foi muito diferente e... Incrível! Durante o beijo, as partes do Poder Legendário se interagiram e tanto o meu corpo como o dele emanou uma aura azul, foi uma sensação tão boa.
- Nossa, parece que foi incrível mesmo. Vocês estão namorando?. - pergunta Cintia surpresa.
- Bom, acho que sim. Ele disse que sou especial pra ele, e que tinha medo de me perder.
- Que fofo. Ainda não acredito, foi tão rápido. - exclama Cintia sorrindo.
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Lel Origens: Genesis - Livro 1 - Versão Demo
FantasiCom o desaparecimento de uma colega de classe, o jovem Lelnardy se ver diante de um passado doloroso e extraordinário. Seus antecessores, os seres guardiões conhecidos como "Origens", se alegram ao ver que um grandioso Poder o escolhe como portador...