Cap. 23 Os Segredos de Ellen

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            ~~~~~ Parte I ~~~~~

     - Da próxima te esgano!. - disse Ellen sorrindo.
     - As vezes tenho medo de você. Então... Você não é humana, né?. - perguntei enquanto caminhávamos.
     - Não... Assim como você, vim da dimensão Alpha. Minha raça se chama Nexus.
     - Nexus? Nome incomum.
     - Sim. Lel me diz, quais poderes eu terei agora? Graças à Thais, também possuo uma forma Spirit. - pergunta Ellen curiosa.
     - Os mesmos poderes que as garotas possuem. Ao ativar e estar na aparência Mefez, você terá super força, super agilidade, super reflexos e poderá controlar sua energia vital. Assim que controlar ela, você poderá voar e usar ataques de energia.
     - Incrível! Mal vejo a hora de poder voar, ih ih. Ah, quase esqueço, vocês já ativaram as Fozion  Abilty?.
     - Fozion... O quê?.
     - Fozion Abilty. Significa habilidade de fusão na linguagem Alpha, meu amor.
     - Ata... Que eu saiba não. Nem sei o que é isso. É algum poder extra?.
     - Que sorte a minha! Também terei uma. - dizia Ellen sorridente. - É um pouco complexo de explicar. Vamos pra reunião, lá explicarei melhor.
      Pena que não deu para vocês verem a minha cara quando ela me chamou de "meu amor", meus olhos até brilharam. Assim que chegamos na sala, o idiota do Guilherme logo nos questiona pela demora.
     - Desculpem a demora. Eu e a Ellen estávamos...
     - Demora!? Que demora cara? Só faltou criar barba no meu rosto de tanto esperar!. - dizia Guilherme equivocadamente.
     - Abaixa o tom, palhaço! Mais respeito com o líder da equipe. - falei seriamente.
     - Respeito? Meu ovo... Espera! Eu ouvi direito? Você disse líder?!.
     - Sim. A partir de agora, sou o novo líder da equipe. - disse eu sorrindo.
     - O que te fez mudar de ideia?. - pergunta Bryan curioso.
     - O que me fez mudar de ideia? He he, foi essa coisa linda aqui. - disse eu apontando para Ellen.
     - Cadê a coisa linda? Não estou vendo... Ellen sai da frente, deixa eu ver se ela tá lá fora. - dizia Guilherme forçadamente.
     - Idiota! Só não te bato porque o Comandante está aqui. - ameaçou Ellen nervosa.
     - Bom, se esse é o problema, vou me retirar da sala. - disse Roger calmamente.
     - Pô Comandante! Essa doeu... O que eu te fiz cara?.
      Eu estava feliz. Todos aparentavam estar alegres, isso me deixou mais confiante. No entanto, havia uma excessão... A Cintia. Enquanto todos riam da discussão entre Ellen e Gui, Cintia se mantinha em silêncio. Havia um semblante de tristeza sobre seu rosto.
      Reparo que na sua mão esquerda, ela segurava a carta que Tony havia deixado. Uma cena de doer o coração, à compreendia como ninguém, passei por momentos parecidos. Uma terrível angústia, sua mente cheia de dúvidas, e todo seu psicológico mergulhado em solidão.
      Disfarçadamente, aproveito que ela estava viajando em seus pensamentos e chamo toda equipe de canto.
     - Gente, estou preocupado com a Cintia. Na boa, já passei por isso. Não é nada fácil perder alguém que ama.
     - Tem toda razão. Mas o que vamos fazer?. - pergunta Andrew preocupado.
     - Não sei... - suspiro de cabeça baixa.
     - Tadinha, queria poder fazer algo por ela. - suspira Rose observando-a. - Nos sentimos da mesma forma quando perdemos nossos pais, não é irmão?.
     - Não vou mentir, tem razão Rose.
     - Eu posso conversar com ela, o que acham?. - sugeriu Ellen.
     - Seria uma ótima ideia. - concordam todos com exceção de Guilherme.
     - Tudo bem, mas a reunião vai demorar pra começar... - afirma Ellen.
     - Que seja. Já esperamos muito por essa reunião, mais alguns minutos não vai ser nada. Vão logo com isso. - resmunga Guilherme. - Baita sono aqui.
      Assim que saímos, Ellen se aproxima de Cintia. Ela estava tão pensativa que se assusta quando é tocada por Ellen.
     - Hã? Ellen...? Disse alguma coisa? Desculpe, estava refletindo. - falava Cintia tentando secar as lágrimas que desciam disfarçadamente no seu rosto.
      Sem dizer uma única palavra, Ellen à abraça, e em tão pouco tempo, Cintia desaba em lágrimas. Com um forte abraço e soluçando de tanto chorar, ela falava.
     - O que... O que eu faço? O que eu faço pra tirar esse peso de cima mim? Me ajuda, por favor...
      Ellen fica sem palavras. É fato que imaginava o quanto Cintia reprimia sua dor, só não esperava que fosse tanta à ponto de se sentir culpada.
     - Não guarde isso dentro de você, jogue tudo pra fora. Divida sua dor comigo. - dizia Ellen abraçando-a novamente.
     - Eu... Eu não consigo. Me sinto culpada pelo o que aconteceu com ele. Eu deveria ter ido junto. Onde eu estava com a cabeça!.
     - O que você quis dizer com isso?.
     - Eu deveria ter ido junto com eles naquela maldita missão! Sabe, quando Bryan e Lel tomaram a decisão de irem te resgatar, o Tony logo insistiu em ir junto. Eu pensei em impedir, mas quando olhava pro Lel e vi sua determinação, novamente cometi um erro.  
     - Erro? Que erro você cometeu?!. - disse Ellen confusa. - Não estou entendo.
     - Como sempre, deixei tudo nas costas dos outros. Naquele momento, tive medo de morrer. Eu queria muito te ver. Fui egoísta! Me deixei levar pelo medo e pelos sentimentos do Lel em te resgatar. Deixei que ele e o Tony corressem um risco terrível. E no final, o preço que paguei foi perder aquele que tanto amei.
     - Cih... - suspira Ellen preocupada.
     - Devo desculpas ao Lel. Me sinto uma idiota por não ter feito nada. Sempre usei ele.
      Ellen à observa em silêncio, parecia não concordar com o que dizia. Levada por seus impulsos, sem se conter, ela ergue sua mão, acertando um forte tapa no rosto de Cintia. 
     - Já chega Cintia!! Ver se acorda! Pare de se afogar em águas rasas. O Tony não morreu por um erro seu, e sim para deixar o Lel mais forte!! Ele fez isso de coração, e tudo pro seu bem garota!! Assim ele vai te proteger e manter você viva!.
     - M-Mas, eu...
     - Chega de se culpar! Você não usou ninguém, muito menos o Lel! Ele fez tudo por vontade própria. E o Tony também. Cintia... Você não está sozinha, ao seu lado sempre estará seus amigos e também à mim. Lembra da nossa frase?.
     - Sim, lembro. Amigas por acaso, Irmãs por opção. Como eu me esqueceria disso... - disse Cintia secando suas lágrimas.
     - Então meu amor. Seja qual for sua dor, seja qual for a dificuldade, eu estarei com você.
     - Obrigada Ellen. Você como sempre me fazendo ficar mais tranquila. Que bom que voltou.
     - Só fiz o que deveria ser feito. As vezes precisamos tomar umas porradas para por a cabeça no lugar. Já se sente melhor?.
     - Estou sim.
     - Tenho uma coisa pra te contar Cih, ih ih.
     - O que é?.
     - Eu e o Lel nos beijamos.
     - Sério!? Nossa que rápido.
     - Né? Ah ah, mas, foi muito diferente e... Incrível! Durante o beijo, as partes do Poder Legendário se interagiram e tanto o meu corpo como o dele emanou uma aura azul, foi uma sensação tão boa.
     - Nossa, parece que foi incrível mesmo. Vocês estão namorando?. - pergunta Cintia surpresa.
     - Bom, acho que sim. Ele disse que sou especial pra ele, e que tinha medo de me perder.
     - Que fofo. Ainda não acredito, foi tão rápido. - exclama Cintia sorrindo.

Lel Origens: Genesis - Livro 1 - Versão DemoOnde histórias criam vida. Descubra agora