A lenda da capa negra

Capítulo 2- Asteria

Ninguém conseguia entender o que estava ocorrendo ali. Era difícil de processar o que estava sendo feito, já que dois corpos se contorciam de dor, gritando desesperados. E quem estava executando a magia não havia parado ainda, executando ainda mais círculos mágicos e pronunciando palavras estranhas, como um ritual.

E do nada, os corpos pararam e se levantaram, com os capuzes escondendo suas faces.

—Eu sei quem você é. O lobo amaldiçoado, que tem a função de me proteger. O engraçado de tudo isso foi a maneira que você chegou a mim, como quem não queria nada. Mas eu ainda me pergunto: Quem é você e onde estamos?

—Estamos em Asteria, na clareira da floresta Atmospheria.

—Ei Eduardo, isso me lembra atmosfera, por algum motivo.

Enquanto debatiam, os mágicos começaram a se dispersar rapidamente, deixando o trio largado no meio da floresta. Ian, o desconhecido, não estava se lembrando de que ali era a floresta onde viviam as criaturas aladas, de pequenos pássaros a dragões, explicando assim o nome da floresta.

Ian olhou para cima, procurando algo que os sobrevoassem e alertou os irmãos para qualquer ruído fora do comum que chegassem a escutar. Até que o temido dragão apareceu, com escamas cinzentas e dentes pontudos proeminentes, além de um rugido capaz de estourar os tímpanos.

—Ah droga. Vocês dois, corram. Vou logo atrás.

—Espera, acho melhor você não fazer isso. Vai acabar morrendo antes mesmo de explicar como as coisas funcionam por aqui.

Árvores ao redor eram esmagadas e queimadas, formando um perigoso círculo de fogo ao redor deles, e o dragão voando acima, rugindo e talvez escolhendo quem seria seu delicioso jantar.

—Acho que temos que derrotar isso.

—Claro que temos sua gênia. Ou como você acha que sairemos daqui?

''Voando, seu estúpido. Use magia. ''

—Quem disse isso?

''Sua mente, retardado. Pare de perguntar ao externo quando o assunto é interno. Sou um dos que vieram antes de você. Agora me ouça. Rnao axmalain prismia. Use em você e nos outros dois, e aí vocês flutuam direto para o castelo de Carine.

—Ah, entendi. Bizarro, mas entendi.

—Com quem você está falando Eduardo?

Ele não respondeu e executou a magia, fazendo com que um enorme círculo mágico aparecesse debaixo deles e os fizessem flutuar, lhes dando uma chance de escapar do enorme dragão, que era cego, e de observar a paisagem, que consistia em uma floresta com árvores separadas, com poucos animais e havendo a predominância de graminhas.

Pousaram quando Ian pediu na frente de um enorme castelo, que possuía várias torres, com muros fortes e balistes, além de soldados armados com espadas e arcos. Entraram no castelo quando grandes portas de ferro se abriram os mostrando um imenso salão, e ao longe, uma escada que se bifurcava em dois caminhos, cobertos por um imenso tapete vermelho.

Ian se retesou quando ouviu uma risada vinda de longe, e cinco minutos depois, um homem descia as escadas, junto de um garoto que parecia ter a idade de Isadora. Eduardo começou a observar a aparência das pessoas ao seu redor, e se lembrou de que a irmã era de uma altura mediana, por volta dos 1, 70, com longos cabelos negros que se ofuscavam na pele clara, com olhos negros, fazendo-o duvidar do laço sanguíneo entre os dois, já que ele possuía a pele morena e olhos claros.

''Estou começando a pensar que sou adotado. Depois eu pergunto para ela. ''

O homem que era para ser seu guarda tinha a mesma pele morena, com olhos castanhos escuros e cabelos da mesma cor. Se arriscasse, diria que ele tinha exatos 1, 80, contra os 1,82 dele. ''Sou mais novo e mais alto. Acho que sou mais novo que ele, mas ainda não sei bem, depois descubro. ''