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Tudo estava um alvoroço. O Acampamento estava em pânico. O CJ havia se comunicado conosco, um ataque havia acontecido, e logo estaria chegando aqui. Muitos mortos, quase todos feridos...


Claro, já estávamos esperando isso acontecer; mas, agora que havia acontecido, nossos corações disparavam de medo. Annabeth estava fazendo as mochilas das crianças e eu esperava no carro. Ouvi alguém entrando no banco do carona, e olhei pro lado. O que diabos Luke estava fazendo ali?

- Vai se ferrar - falei.

Sim, eu estava com medo. MUITO MEDO. Porém, tenho hiperatividade, e isso foi tudo que eu consegui dizer. EU HAVIA VISTO ELE MORRER. O QUE ELE ESTAVA FAZENDO AQUI? Merda, que diabos estava acontecendo? Seus olhos eram os de Luke, não Cronos. Luke mesmo.

- Eu tô morto, cara.

- O que você tá fazendo aqui? - perguntei. Tentei tocá-lo, e ele era real. Digo, eu conseguia tocá-lo. Ele parecia humano, não os mortos vivos que eu já havia visto.

- Tô tentando ajudar - ele disse.

- Você começou uma guerra, matou centenas de pessoas, fez milhares de semideuses nunca mais verem a luz do dia. E agora quer ajudar?

- Eu sei disso tudo. E me arrependo até hoje. Sério, eu quero ajudar.

- Luke... Você... Como você...?

- Explico depois.

- Não posso confiar em você - disse.

- Sabe que pode.

- Como posso saber? - perguntei.

- Por que Annabeth te ama.

- Mais um motivo pra te matar - lembrei.

- Não faria isso com ela.

- Você tem que ir embora - disse. - Annabeth já vai chegar, não quero que ela te veja, não quero que ela saiba de você.

- Anos e anos e ainda continua inseguro - ele falou ironicamente.

- Vai pro Tártaro.

- Já fui, e você também.

- Como você sabe tanto? - perguntei. Estava indignado.

- Sei de muitas coisas. - Ele deu de ombros. - Sei do casamento, das crianças, da guerra de Gaia...

- Pára - falei, um pouco alto de mais. - Luke, seja lá o que vai dizer pára. Não quero você perto da minha família. Não quero que chegue perto das crianças e, especialmente, não quero que se mostre a Annabeth. Ela te superou, e você não vão fazer mais mal a ela.

- Percy - ele disse - a última pessoa a quem eu faria mau é Annabeth.

- Quem está com você? - ouvi a voz de Annabeth e entrei em pânico.

Vi a porta o passageiro se abri e silêncio. Annabeth estava estatelada, parada, sem consegui dizer nada. Seus olhos dançavam entre mim e Luke. Eu sai do carro e corri em sua direção. Abracei-a, ignorando os questionamentos das crianças. Senti uma lágrima descer pelo meu rosto e percebi que Annabeth chorava desesperadamente. Luke saiu do carro e tentou tocá-la, mas ela se esquivou.

Eternamente PercabethOnde histórias criam vida. Descubra agora