Confetti falling

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Castiel estava finalmente indo tomar seu café, depois de passar o dia todo em um longo transplante, iria finalmente descansar, mas seus planos foram por água a baixo, quando viu a porta de entrada se escancarar e um homem entrar com um outro apoiado em seus ombros.

- Rápido, anda, uma maca, preciso de uma maca - pede o homem tentando segurar o outro. - Meu parceiro foi baleado, MAS QUE DIABOS, ALGUÉM PODE ME TRAZER UMA DROGA DE UMA MACA?

Samandriel corre com uma maca e deita o policial nela e o levando a um bloco cirúrgico, só agora Castiel havia reparado que era um policial carregando o outro baleado na barriga. Maravilha, pensa o moreno, mais tiras idiotas para completar meu dia. O moreno joga o copo de café na lixeira e vai aonde está o policial mais velho.

- Qual o caso? - pergunta monotamente pegando uma prancheta com um enfermeiro.

- Agente da lei baleado na 226 - diz o policial antes que o enfermeiro abrisse a boca para falar.

- E qual seu nome, Sargento, Senhor...?

- Detetive. Crowley, Fergus Crowley.

- Tudo bem, detetive - Castiel diz a última palavra com um ar sarcástico, a última coisa que imaginaria ele fosse. - Seu parceiro vai precisar de uma cirurgia urgente para a retirada da bala, o senhor pode esperar na sala de visitas.

Assim que o homem sai, Charlie entra tomando um cappuccino.

- Olá, Cass, qual é a boa da vez?

- Mais um tira baleado, encara essa?

- Não, estou bem aqui, obrigada, boa sorte então, eles são os piores, exigentes em tudo.

Castiel sai atrás dos enfermeiros a caminho do bloco.

Crowley fica apreensivo enquanto espera, o que dirá a Mary se Dean não suportar dessa vez? Ela já havia falado um milhão de vezes para o filho largar a profissão, mas o loiro era cabeça dura, e não iria largar a vida corrida e cheia de adrenalina de um detetive nunca. Com pesar a loira admitira isso uma vez, mas sempre ficava com medo cada vez que o filho saia para trabalhar.

- Sr. Crowley? - chama um enfermeiro.

- Sim - o moreno levanta em um pulo. - Seu parceiro está em um estado estável, a cirurgia correu bem, e ele já será levado ao quarto, peço só que assine uns papeis da entrada dele.

Crowley assina tudo sem ver com pressa para poder ver o estado do loiro, não respiraria em paz até ver Dean, e poder garantir a Mary que estava tudo bem com seu filho. Seguiu o enfermeiro até o sexto andar, e parou na frente do quarto 67, riu da ironia da situação e entrou.

- Fala ai, Esquilo, como vão as coisas ai?

- Tô meio dopado ainda, mas acho que estou legal - diz o loiro tentando enxergar o parceiro, em meio ao borrão que havia na sua cabeça.

- Vou ligar para sua mãe, ela deve estar louca, você não dá notícias desde ontem e o Alce já ligou mil vezes

- Nem me fale, liga pra eles, e tenta explicar tudo.

- Tudo bem, Winchester, só não apronta mais nada nos próximos 15 minutos.

Assim que Crowley sai do quarto, entra um médico para analisar como Dean se sente.

- Como vão as coisas ai, campeão? - pergunta sorrindo para o loiro

- Acho que estou bem, doutor só um pouco grogue por causa dos remédios.

- Você ficará bem, amanhã poderá ter alta, e onde está seu acompanhante senhor... Winchester - o médico lê o nome na prancheta ao lado da cama. - Nome incomum.

- Pois é, e meu parceiro foi ligar para meus pais, e daqui a pouco minha mãe chega louca querendo saber onde estou.

O médico ri, se despede do loiro dizendo que precisa ir ver outros pacientes. E Dean fica olhando pro teto, contando os tijolos, até que a porta se abre pela terceira vez e entra outro médico, mais novo, com olhos hipnotizantemente azuis e cabelos negros.

- Olá, Sr. Winchester, como se sente?

- Não querendo ofender doutor, mas você já é a terceira pessoa que me pergunta isso e eu já estou afim de matar alguém, então...

- Tudo bem, nada de perguntas - o médico ri levantando os braços como que em sinal de rendição. - Bom, fui eu quem fiz sua cirurgia, por isso perguntei, mas vejo que pelo menos fisicamente, que é o que queria perguntar, está bem. Então só espero seus familiares para lhe dar alta.

- Então você foi o anjo que me salvou - diz Dean sorrindo e se sentando na cama, com certa dificuldade, pois ainda doía levemente o local onde tinha sido feita a cirurgia.

- Se você prefere pensar assim, pra mim, tudo bem.

- O médico que acabou de sair disse que eu só teria alta amanhã.

- É?! Qual médico?

- Um negro, de altura mediana, e mais ou menos uns 40 anos.

- Ah sim, Uriel, é ele com certeza disse isso. Mas esquece o que ele disse, não foi muito grave, e assim que seus familiares chegarem, poderá ir para casa, mas ficará de molho por uma semana, nada de estripulias.

- É sério isso? Vou ficar definhando por uma semana?

- Quanto drama, Sr. Winchester.

- Dean, por favor, o senhor está lá em cima.

- Como preferir, Dean, nome incomum, para um sobrenome incomum, bom, vou tomar um café, daqui a pouco passo aqui para lhe ver, e dar alta.

O médico sai e deixa o loiro com o controle da televisão para se distrair.

Castiel vai à máquina de café para pegar um cappuccino pensando alegremente que só faltam 28 minutos para terminar seu plantão, só dará alta ao último paciente e poderá finalmente ir para casa descansar, ou arrumar a bagunça de caixas que com certeza o esperava.

O moreno acabara de se mudar para a nova casa, em outro bairro, para ficar mais perto dos irmãos, comprara uma casa no mesmo condomínio que eles pois morava muito longe, e assim que chegasse iria arrumar a bagunça que sempre vem com a mudança.

O médico termina de tomar o líquido quente e se dirige novamente ao quarto 67. Dean já está de pé e vestido, com uma loira o abraçando, o homem que o havia trazido está sentado na cama olhando o celular e um terceiro rapaz está no canto olhando para fora da janela.

- Tudo bem, Dean, aqui está sua alta, mas como já disse, uma semana em casa, sem se alterar muito.

- Muito obrigada doutor - diz a loira com os olhos marejados abraçando o médico. - Não sei o que aconteceria se perdesse meu Dean, obrigada por salvar meu filho.

- Não por isso, Sra. Winchester, agora, só cuide para que ele não extrapole com nada e que fique em repouso por uma semana.

Saved by a angelOnde histórias criam vida. Descubra agora