o trono do tempo-sol de prata

um todo

O castelo ardia em chamas e eu mal podia respirar.
Harry entrou pela porta e me pegou antes que eu desmaiasse no chao.
Minhas vistas estavam embaçadas mas eu os ouvia conversar.

- é a malévola, ela lançou uma maldição no castelo, no momento em que o príncipe negro decidiu partir, ele começou a queimar.

A voz de Harry ecoava em meus ouvidos, mas ele disse que Mathias queria partir.
Para onde ele iria a final?

Harry finalmente se afastou da fumaça e entrou em um labirinto feito com cerca viva.
Ele parecia saber exatamente para onde estavam indo.

- ela está bem?

Ouço diego gritar, sua voz vinha em nossa direção.

-sim, ela só respirou muita fumaça.

- não acredito que quase a matei.

A voz de mathias soava melancólica.

-não é sua culpa.

Diego o consolava.
Consegui me recuperar aos poucos mas ainda sentia fumaça em meus pulmões.

Diego segurou minha mao e me ajudou a ficar de pé.

- o que está acontecendo aqui?

- encontramos uma coisa.

Diego abriu sua mao e nela estava o brilhante e delicado sol de prata.

- conversamos e decidimos usar para unir nossas metades,separadas pela maldição de nossa mae.

Mathias explicou.

- vocês tem certeza?

- é o único jeito de resolvermos isso. Nunca me senti completo de verdade e o mais perto que cheguei de conhecer a felicidade foi estando com você.

-e o mesmo vale para mim.

Interferiu diego.

- em fim, nem um dos dois suportaria uma vida sem você e nem um dos dois teve uma vida antes disso.

- o que quer dizer?

-quero dizer que vou continuar com você, só que minha presença será como uma energia, uma força que habita nele e que sempre estará em seu coração lu.

Ele pegou a minha mao e seus lábios a tocaram levemente.

-eu amo você luiza castelly.

Meus olhos se encheram de agua e eu o abracei com força.

- eu também te amo.

Mathias soltou minha mao e caminhou rumo a diego.
Ele me lançou um ultimo olhar, antes de tocar no sol de prata que diego segurava.
Luzes azuis e vermelhas começaram a brilhar por todo seu corpo e aos poucos se soltando.
Elas flutuavam direto para diego.
Era lindo.
Lagrimas correram por meus olhos e quando a primeira tocou no chao, uma das faiscas azuis se desprendeu e veio em minha direção.
A estranha luz tocou meu rosto e logo se multiplicou, espalhando-se por toda parte.
Fechei meus olhos e senti o calor de cada uma delas sob minha pele.
Quando abri meus olhos, estava diante de diego, harry e de uma terceira pessoa.

- quem é você?

Ela não me respondeu, com os olhos cheios de lagrimas me abraçou e então eu soube.

- você me tirou da maldição.

-mais como medye?

-você foi capaz de me amar!

Eu a abracei com força  e por um momento desejei poder te-la em minha mente para sempre, mas agora eu tinha uma amiga, e minha privacidade de volta.

-vamos, temos que voltar para casa.

Harry parecia otimista de novo.
Olhei para diego e ele estava perplexo.

-você está bem?

-pela primeira vez em toda minha vida, sinto que não falta mais nada.

Eu ri, podia sentir o mathias nele.

-está falando igual o mathias.

-eu sou ele.

-estou confusa quanto a isso, devo te chamar de mathias ou diego?

- do que você preferir, de agora em diante sou mathias e diego, somos um, e agora entendo isso.

Eu sorri, achei que seria mais estranho, no entanto, era perfeitamente normal.

- onde mauricio se meteu?

-estou aqui!

Mau saiu de uma das entradas do jardim, completamente perplexo.
Ele olhou para medye e seus olhos brilharam.
Se encheram de agua, mas ele manteve certa distancia, sabia que ela talvez não fosse gostar de sua presença ali.
Medye, quebrando o clima tenso que ficara, o abraçou.

-nunca mais vá embora daquele jeito.

-mais você quem foi embora.

- isso não importa!

Ela o beijou e ele retribui com um dos mais apaixonados beijos que já vi.

Harry nos levou de volta para casa e sua magia restaurou tudo o que antes as trevas aviam destruído.
Entrei no palacio como a nova rainha e pela primeira vez pude me sentar no trono do tempo sem medo pois eu sabia que ao meu lado, sempre estariam aqueles que eu amava e sabia que estes enfrentariam o infinito por mim, assim como eu faria por eles.