Encontros indesejáveis

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- Queria tanto que meu celular aqui.

- E onde ele está nesse exato momento? – Mat me perguntou contente.

- Lá no quarto poxa!

- Então vai lá pegá-lo! – sorriu.

- Estou tentando convencer a minha coragem disso, meu amor.

- hmm, Nalu quero conversar com você depois...

- Ah de boa! Mas não pode falar agora não?

- Não!

- Ok né! – Revirei os olhos, meu irmão sempre fazia isso. Minha mãe fica put... Ah meu deus, eu não liguei pra mamãe! – Mat, tu ligou pra coroa?

- Não velho! – ele arregalou os olhos. – Puta merda, vai logo pegar seu celular!

- Você não acha que tu andas meio folgado não?

- Não! Tu consegue ser mais folgada!

- Sei, sei... – Me levantei – Alguém se manifesta a ir comigo? – Todos se calaram – Ok, obrigada pela consideração...

 Arrumei minha roupa e fui andando, pensando na vida, cantarolando p9 – My favorite Girl, eu fiquei raciocinando: P9 = Posto 9 de Ipanema = Ponto de encontro dos maconheiros e skatistas = Os meninos do P9 são maconheiros :O Estava distraída pesando no P9, e sinto alguém me puxando pelo braço. Viro-me para ver o indivíduo, eu juro que eu me arrependi completamente... Pois era o Diogo.

- Olha vou ser muito educada com você, querido! ME LARGA VAGABUNDO.

- Nananinanão, antes nós vamos ter uma conversa!

- O que vamos conversar? Não temos nada pra conversar! NADA – Dei ênfase no “nada”, tentei me soltar.

- Temos sim!

- O que então? Conta-me! Pois estou mega curiosa. – Fui fria e sarcástica.

Tudo o que aconteceu no passado... – Eu o interrompi.

- Aé! Tudo que tu me fez passar, tudo que você me fez sofrer, você realmente quer conversar sobre isso? Ok, vamos conversar! Não, porque depois que eu mudei fisicamente e mentalmente, você também mudou comigo né? Quando eu era menos bonita e apaixonada por você, você não via isso em mim né? Preferiu me humilhar de todos os jeitos e formas possíveis! Pagar de bonzão, gostosão? Eu não te quero MAIS, sentir a angustia, a tristeza, a humilhação, e todo o amor que eu senti! NUNCA MAIS – aumentei meu tom de voz – ME SOLTA AGORA! – Diogo encarava o chão com uma cara muito triste.

- Desculpa! – ele falou tão baixinho, que quase não deu pra escutar, sua voz parecia de choro, ele me soltou e saiu andando rapidamente.

Confesso que fiquei com dó, fiquei o observando ir, e lágrimas desciam sobre meu rosto, lembrar daquilo tudo novamente me faz chorar tanto. Logo corri para meu quarto, limpando as lágrimas que insistiam em cair de meus olhos, ao chegar a recepção a mulher perguntou o que havia acontecido, insistir em dizer que não era nada demais. Passei pelo corredor e logo entrei em meu quarto. Me deitei na cama, me cobri e comecei a lembrar de tudo que eu havia passado, de tudo que nós tínhamos passado(Os momentos bons), minha primeira paixão, primeira vez que beijei um menino, primeira vez que havia sofrido, tudo, tudo com ele. Eu fiquei tão nervosa, chateada, brava, tudo misturado, só sabia chorar.

MAT POV

- Nossa, cadê a Nalu?

Fiquei morrendo de pena do Rodrigo, minha irmã burrona mal vê que o moleque curte ela. E ela dica com aquele Zé lá, nada contra ele, ele é maneiro pra caramba... Mas o mano Digo é mais.

Tudo aconteceu no meu condomínioOnde histórias criam vida. Descubra agora