Capitulo 07

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Passei a manha e a tarde de domingo com Li, ele a todo tempo procurava um motivo para me tocar, a quase todo tempo eu estava no colo dele, ainda de cueca, sentindo o documento dele e isso resultava em faces avermelhadas (de minha parte) e sorrisos baixos (da parte dele). Corremos aquela casa toda apenas de cueca, ele tentando me pegar e eu correndo tentando não ser pego. Era incrível como eu me sentia como uma criança novamente quando eu estava com Li. Ele evocava a criança que eu fui um dia. A coros de "Eu te pego" Li correu atrás de mim, desci correndo a escada em espiral, minhas pegadas não faziam quase nenhum barulho quando tocava o chão, apenas um farfalhar fraco. Mas Li vazia bastante barulho. Gritei, um grito de alegria e puro divertimento quando meus pés tocaram o piso gelado da sala, corri mais rápido, sentia meus cabelos farfalhando e tapando a minha visão. Meu centro gravitacional mudou completamente, primeiro eu estava correndo ereto, depois braços longos e musculosos envolveram a minha cintura, fazendo-me ficar na vertical. Cai na gargalhada e ele também.

- Eu ganhei - Ele disse exultante de felicidade.

Enrolei minhas pernas na sua cintura e meus braços no seu pescoço, ele andou, comigo engatado como um filhote de macaco, as mão de Li que estavam na minha costa faziam desenhos imaginários em minha pele. Os olhos negros de Li me fitavam, seus olhos repuxados eram as coisas mais linda do mundo, não era igual aos meus, grandes e azuis. Ele tinha um sorriso grande e cheio de dentes no rosto, eu gostava de mais daquele sorriso e tinha a audácia de chamar aquele sorriso de meu. Ele foi andando até nós chegarmos a cozinha, me colocou na bancada que divide a mesa e o local de preparo. Soltei meus braços e minhas pernas dele e ele foi para a geladeira, segundos depois ele estava com um sanduiche e um copo de suco e me deu.

- Só tem um, - Falou - Então... come.

- Não - Isso era impensável, como eu poderia comer e ele ficar apenas me olhando? - Come você, eu não estou com fome.

- Para com isso Chris - Ralhou ele - Eu estou te dando e você tem que aceitar.

- Mas como eu posso comer e você ficar olhando? - Ele ia responder quando eu tive uma ideia e disse - Vamos dividir?

- Você não existi Chris - Ele balançou a cabeça descrente, levantei o sanduiche, colocando-o bem debaixo do nariz dele, sorri quando ele passou a língua pelos lábios - Mas não vou negar, eu estou com fome.

Comemos o sanduiche, eu dei duas mordidas e dei o resto para Li, que aceitou de bom grado. Quando terminou, sentou em um banco alto me puxou mais para beira do balcão e abraçou a minha cintura, enterrando a cabeça na minha barriga. Sentia cocegas quando seus cabelos faziam contato com a pele sensível daquela área. Levei minhas mãos até seu cabelo e passei meus dedos por lá. Sentindo a maciez e a sensação boa que era estar mexendo em seu cabelo. Ele fez algo que tanto me assustou quanto me intrigou. Uma de suas mãos que estavam em minha costa foi para a minha coxa, senti arrepios quando sua mão forte e grande tocou aquela área. Meus estomago deu um solavanco e Li me arrancou de cima do balcão.

Tudo aconteceu muito rápido, mas não rápido o bastante. Virei meu rosto rapidamente e seus lábios tocaram a minha bochecha, Li iria me beijar? Não! Não! Não! Isso estava errado, uma parte de mim queria que ele me beijasse, mas tinha outra parte de mim, a maior parte gritava que aquilo não estava certo. Toda aquela atmosfera divertida e descontraída estourou como bolha de sabão. Li ficou me olhando de maneira estranha, a situação estava bastante estranha. Senti seus braços afrouxarem o aperto, fazendo meus corpo escorregar pelo seu corpo. Segurei meus braços mais forte em seu pescoço, não queria que ele me soltasse e para aliviar o clima dei um grande beijo estalado na bochecha dele.

- Se você quiser me beijar novamente é só pedir - Sussurrei e dei outro beijo estalado na bochecha dele, vi quando aquela expressão de vergonha sumiu de seu rosto, dando lugar ao meu sorriso.

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