Capitulo 12

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Sempre pensei que um beijo era apenas um beijo, apenas um colar de lábios e troca de salivas. Oh! Como eu estava errado, beijar Li era muito mais do que apenas isso. Pegávamos fogo com um simples toque, seus lábios tinham gosto de conforto, lar e uma pitada exótica oriental. Passamos a tarde e o começo do domingo perdidos em nós mesmos, ele nunca ficava cansado de mim e eu precisava dele como preciso de ar. A casa de Li virou palco para o nosso espetáculo, Li ainda se culpava pelas marcas que ele fez em minha pele ontem, mas isso não era empecilho para ele não me tocar, agora ele estava muito mais gentil, carinhoso ao extremo e eu estava adorando isso. Mas eu queria aquele Li que me dominou com força ontem.

- Li, eu não vou quebrar - Era o que eu sempre dizia para ele quando ele estava fazendo algo mais forte e parava.

- Você não tem amor por si próprio, Chris? - Isso era o que ele dizia, depois pegava a minha mão, elevando-a até a altura dos meus olhos e falava - Eu te marquei como se você fosse uma vaca.

- Li, deixa de ser bobinho - Dava um selinho nele - Qualquer coisa acima do peso de uma pena me machuca. Essa é a maldição de ter uma pele branca como sebo.

- Para mim é mais parecida com porcelana - Era geralmente nessa hora que nós começávamos a transar novamente.

Estávamos na sala de filme, com um telão colado na parede na nossa frente e comendo pipoca. Estava no colo de Li e ele quando ia pegar um punhado de pipoca me beijada, isso aconteceu muitas vezes. Eu tinha que confessar, não estava prestando a mínima atenção no filme. Depois de dez minutos que consegui olhar para a telona eu me joguei no pescoço de Li e nós acabamos transando no sofá de couro negro. Li e eu parecíamos animais no cio, cada toque, cada beijo, cada olhar parecia ser intensificado mil vezes, tornando quase impossível de resistir a atração de nós dois.

Eu ainda estava achando estranho todos esses acontecimentos, Li e eu passamos quase dois anos sem nenhum envolvimento romântico, quando eu perguntei para ele o por que dele nunca ter feito uma investida em mim antes, ele me beijou até me deixar com a respiração rasa e falou:

- Nunca tive a oportunidade - Estávamos no tapete da sala de estar, depois que o filme acabou Li me pegou no colo e fomos para a cozinha, lá rolou uns beijos e viemos parar no chão da sala, eu estava deitado em cima do seu peito, com a cabeça bem do lado do coração, Li massageava minha costa e eu dava selinhos em seu peito - Você nunca olhava para mim de outra maneira a não ser como amigo.

- Mas isso não foi empecilho para o que aconteceu ontem.

- Você precisava disso - Falou - E eu também.

- Li? - Engoli em seco, eu tinha que perguntar isso. Será que meus irmãos estavam certos? Li só queria transar comigo esse tempo? Acho que Li sentiu a minha aflição e se sentou comigo em seu colo, quando falei novamente minha voz estava baixa - Você sempre quis apenas transar comigo? Só transar? Nada mais?

- Por que você acha isso? - Tentei desviar meus olhos dos deles, mas ele segurou o meu queixo e me forçou a ficar parado - Posso te contar uma coisa? - Confirmei com um aceno de cabeça e ele suspirou - Ainda me lembro do dia que eu te vi. Mesmo através de todo aquele mar de gente que é aquelas pessoas da nossa sala eu vi primeiro você. Fiz questão de me sentar ao seu lado, queria olhar para aqueles olhos azuis gigantes...

- Você estar falando que eu tenho olhos grandes? - Dei um tapa fraco no seu peito e ele riu.

- Puxei conversa e você foi um poço de educação. Eu não me apaixonei a primeira vista, nós somos homens, Chris. Se tivesse um saco de arroz vestido em uma calça apertada eu traçava, isso estar na nossa natureza. É claro que eu fiquei com um puta tensão em você, mas resolvi não me ariscar. Odiei e odeio cada um daqueles babacas que fizeram aquela brincadeira tosca com você.

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