Capitulo 7

47 4 0
                                    

Haviam dois lobos a minha frente, um cinza e um branco, os dois estavam rosnando um para o outro, eles não paravam e de repente um avançou no outro, e começaram a brigar tentei separa los mas não consegui, até que ouvi um som estranho e quando me dei conta o lobo branco tinha quebrado o pescoço do cinza, comecei a chorar desesperada por que agora o branco estava atrás de mim, me senti paralisada não conseguia me mecher então o lobo avançou em mim.

Então acordei assustada olhando pra todos os lados, então fui tranquilizada ao ver um "bichinho" ainda roncando alto no meu colo, acariciei sua cabeça e me levantei, então me deparei com uma linda melodia sendo tocada, procurei por quem estava tocando, até que cheguei na outra ponta do barco e vi Diego empuleirado na Barra de proteção do barco ele estava tocando aquelas flautas que geralmente representam os índios tocando.

Me aproximei ele estava bem distraído e não tinha me percebido ali parecia estar viajando em pensamentos.

- que linda melodia essa.

-PUTS - ele disse quase deixando cair sua flauta na água - quer me matar por acaso? -me olhou irritado.

-desculpa não pensei que você fosse se assustar.

Ele continuou me olhando irritado, virou e começou a tocar de novo.

- essa melodia é linda...

-minha mãe cantava ela pra mim quando era pequeno.

- ela deve ser uma pessoa muito legal...

- é ela era - ele falou sem mais nem menos emburrando a cara.

- sinto muito.

Coloquei minha mão sobre a dele que agora estava na Barra de protecao do barco, ele se assustou um pouco mas não a retirou e eu fiquei ali acariciando a mesma.

- obrigado...

Não tinha sido nada de mais, mas pelo menos ele estava sorrindo. Então o "capitão" do barco, anunciou que já tínhamos chegado na Ilha ele soltou minha mão e voltou a ficar carrancudo, essa cara que ele fazia me irritava.

Ele foi pra saída do barco pegou minha mochila com muita facilidade pelo visto, por que ela tava cheia e muito pesada, Mas nem pareceu notar.

Acordei o Sam e ele deu um pulo pra cima de minha pessoa me derrubando no chão, então ouvi uma risada, virei o rosto e vi que o Diego estava rindo de mim fechei a cara e mostrei a língua pra ele e o mesmo continuou rindo, mas infelizmente fechou a cara outra vez.

Descemos do barco e reparei que o Sam fechou a cara também. Chegamos perto da moto que já estava fora do barco, montamos eu e Diego e partimos.

Havia um caminho que passava por uma floresta, tinha vários animaizinhos pequenos mas também haviam vários animais grandes como um alce, ele era enorme ainda bem que ele não estava perto. Então chegamos a uma clareira enorme e dentro dela estava uma cabana de madeira ela er a bem pequena, mas era linda, simples e modesta. Descemos da moto e não senti a presença do Sam em lugar nenhum.

- cadê o Sam?

- ele deve estar correndo atrás de algum esquilo.

- mas ele nunca se distanciou tanto assim sem me avisar.

- Léa, ele está bem, não se preocupe vamos entre.

Mesmo estando preocupada e triste eu entrei na cabana ela era linda por fora, tinha uma pequena varanda na frente e um balanço.

Abri a porta e entrei, havia uma pequena sala com dois sofás em forma de meio quadrado e uma pequena teve em cima de um rack pequeno, um pouco do lado da sala havia uma pequena cozinha com uma ilhazinha a separando da sala, não tinha mesa nem nada.

- venha vou te mostrar onde vai dormir - ele continuava carrancudo.

Ele chegou em um corredorzinho pequeno e abriu uma porta, nessa havia um pequeno quarto com uma cama de madeira, um guarda roupinha também não muito grande, um criado mudo do lado da cama com um abaijur em cima do mesmo. Ele deixou minha mochila em cima da cama.

- vou fazer algo pra gente comer você deve estar com muita fome-ele deu um pequeno sorriso de lado .

- pera e você vai dormir aonde?

- não se preocupe comigo Léa, eu durmo no sofá não tem importância.

- okay.

Ele saiu, e eu comecei a tirar as minhas roupas e acessórios da minha mochila, minhas blusas e calças, então percebo que ainda estava com o casaco do Diego, percebi que tinha um banheiro no quarto e fui tomar banho, como estava muito frio liguei o chuveiro no quente e então fiquei por um tempo lavei o cabelo me lavei, me sequei e coloquei uma blusa de agasalho com capuz e estampa de um gato e uma calça grossa mas por incrível que pareça um pouco agarrada também da mesma cor. Me dirigi a cozinha, Diego estava cozinhando e estava de novo perdido em pensamentos já dentro da cozinha me encostei na ilhazinha.

- não sabia que cozinhava.

Ele pulou de susto e quase deixou a frigideira com ovos cair no chão, de novo não me contive e comecei a dar risada, ele me olhou com cara fechada, Me assustei e me calei, ele continuou me encarando, colocou a frigideira na bancada da pia e começou a se aproximar de mim, como um tigre espreitando sua presa, chegou perto e encostou as nossas testas, ele continuou me encarando, eu não conseguia me mover por que ele me imobilizou na Ilhazinha, então subiu as mãos pelas minha costas e... puxou o capuz da minha blusa pra frente do meu rosto.

Diego se afastou e soltou uma gargalhada, eu mostrei a língua pra ele e comecei a rir também. Olhei pra janela da cozinha e pro relógio, já eram mais de oito da no ir e nada do Sam voltar, um desespero tomou conta de mim, mesmo que se ele se machucar eu puder sentir, ainda estava preocupada, Diego me olhou e fitou o relógio.

- Léa não se preocupe, pela idade que ele tem Sam ja de um adulto ele pode se cuidar.

- mas... Ele nunca esteve fora da minha cidade, ele... Ele... -comecei a chorar por falta dele que nem uma criança que perde sua bonequinha favorita(eu sou chorona e não to nem ligando).

Senti braços me envolverem e chorei ainda mais nos braços de Diego que acaricou minha cabeça tentando me acalmar, quando estava mais calma eu me afastei e agradeci voltei a encostar na Ilhazinha da cozinha e pensei em como o Sam estava.

Quando me dei conta Diego ja tinha feito a janta, nos sentamos e comemos, era uma coisa simples pão com ovo apenas isso mas não me importei porque pelo menos ele tinha feito comida e pão com ovo era muito bom.

- desculpa não ter feito uma comida melhor é que estou sem carne aqui. - ele falou meio triste.

- a não tem importancia eu gosto de jantar assim, não sou de comer comida mesmo na janta, sempre como lanche ebtao não tem por que ficar desse geito.

Terminamos de comer e eu ajudei ele a lavar a louça, quando terminamos sentamos na sala pra assistir um pouco de TV eu sentei em um sofá de dois lugares que estava encostado em baixo da ilhazinha e ele sentou no de três lugares ao lado. Ficamos vendo uns programas meus olhos estavam pesados então adormeci.

Sonhei outra vez com os lobos mas dessa vez havia um lobo diferente esse não tinha pelagem branca, ele tinha pelos negros, e olhava atentamente pra mim ao lado do lobo cinza, quando uma sombra caiu por eles nós tudo ficou escuro e outros lobos me mordiam com força e então desmaiei.

Acordei assustada, o quarto estava escuro, olhei para os lados e não havia sinal de ninguém, fora do quarto nenhuma luz acessa nem nada,com um medo crescendo na barriga, afofei o colchão ao meu lado e senti um pelo fofo olhei pra baixo e com a pouca luz que tinha, eu vi um lobo cinza deitado ao meu lado, o medo foi se esvaindo e adormeci.

The White WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora