- Amor? Ô meu amor... - Ota pegou na bochecha de Monica e seus olhares se encontraram. - Lembra de mim?
- Claro. - Ela falou baixinho. - Cadê os meus filhos?
- Eles estão bem, não se preocupe. Porque não respondeu o doutor quando acordou?
- Eu queria falar com você, não com ele. - Ela disse olhando ao redor, mas não viu ninguém além dele. - Eu quero ver meus bebês.
- Calma, eles vão vir aqui daqui a pouco e nós vamos conhecê-los. - Ela assentiu devagar e sentiu um aparelho respiratório.
- Porque estou usando isso no nariz? - Ela o perguntou.
- É só pra respirar, não é nada demais. Aposto que eles vão tirar daqui a pouco. - Ela segurou sua mão e a apertou devagar. - Está sentindo algo?
- Amor, promete que não vai deixar nada acontecer com o Pedro e o Lucas? - Ota assentiu.
- Prometo, também não deixarei nada acontecer com você. Mas porque você está falando isso, querida? - Ele questionou.
- Estou sentindo que... vão tentar algo com a gente.
Ela fechou os olhos e respirou fundo. Abriu em seguida e viu Ota beijando sua mão, furada pela soro.
- Não vão tentar nada com os nossos pequenos.
Alguém bateu na porta e entrou em seguida. Empurrando dois bercinhos, a enfermeira colocou os bebês no colo de Monica.
- Esse é o Pedro e este o Lucas. - A enfermeira disse checando as pulseirinhas. - Seus filhos são lindos.
- Eu sei... - Monica deus os seios para os bebês e fez uma careta. - Ai, isso dói.
- Logo vai se acostumar, como são dois é bom tirar e deixar na mamadeira quando estiver em casa. - A enfermeira disse. - Eu vou sair para um casal entrar, com licença.
A moça saiu e os pais de Monica entraram. Se aproximaram e viram os gêmeos puxando o peito da mãe.
- Nossa, lembro quando era você puxando meu peito. Eu chorava de dor! - Vanda disse rindo.
- Hoje nossa bebê está dando de mamar a dois bebês. - Joaquim falou olhando os netos. - Tem cara de joelho igual a mãe quando pequena.
- Ótimo avô você será pelo visto. - Ota disse baixo para Monica e ela riu.
- Filha, eu tenho dois presentes pra você. - O pai continuou: - Você se mostrou responsável quando estava grávida, e por isso eu aceitei a proposta da sua mãe. Vou lhe dar a empresa da Barra da Tijuca, você ficará responsável por erguer ela mais ainda.
- Sério? Pai, eu não sei o que falar! - Ela sorriu e olhou os filhos. - A mamãe acabou de ganhar mais um presente, meus amorinhos...
- E tem o segundo. Eu andei procurando e encontrei um apartamento no Leblon que é a sua cara. - A mãe disse agarrada ao braço do marido. - Agora você tem seu próprio apartamento.
- Mãe, eu podia comprar com meu dinheiro.
- Aceite como um presente da sua mãe, não de seu pai. Você já me deu dois netos, achei que se eu desse o seu maior sonho, um apartamento próprio, ficariamos quites. - Monica rolou os olhos e assentiu.
- Tudo bem. Mesmo com aquele contrato idiota que o senhor assinou, obrigada pela empresa.
- Falando nesse contrato, a Monica disse que quer se divorciar. - Ota falou se metendo.
- Quem é você? - Vanda perguntou.
- Otaviano Costa. Prazer. Então, estava falando com a Monica e ela disse que queria o divórcio de Felipe imediatamente, se precisarem eu conheço um ótimo advogado.
- Monica acabou de ter dois filhos e quer divórcio do pai deles? - Joaquim falou.
- Pai, depois a gente fala sobre isso, eu preciso descansar e terminar de amamentar. - Ela olhou os bebês caírem nos sono. - Ota, pega o Lucas, ele já dormiu.
Ota pegou Lucas com cuidado e pôs no ombro, dando leves batidas para arrotar.
- Você é tão cuidado, será um ótimo pai. - Vanda disse olhando Otaviano. - Já tem alguém em vista?
- Ah, tenho sim. - Ele respondeu colocando Lucas no berço e rindo para Monica.
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O Casamento
FanfictionEla foi obrigada a se casar com ele mesmo não o amando. Ela ama outro cara.