Capítulo 6

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- Quem está falando? - Monica perguntou tentando não pensar no pior. - Cadê o Otaviano?

- Ele está aqui. Vou passar pra ele. Otinha! - Ela chamou e entregou o telefone.

- Alô? - A voz de Ota soou grave.

- Quem é essa mulher que está com você?

- Calma, é uma amiga. - Ota deu um risinho. - Onde você está?

- Eu insisti pro Tomate me dar um quarto sozinha né? Pra te ver pela última vez antes de viajar pra Paris, - Monica respirou fundo, - pena que você encontrou uma diversão melhor.

Monica desligou a ligação e colocou o celular na cama, já chorando. Foi até o banheiro e lavou o rosto, tirando os cílios postiços e o delineador, borrando o rosto. Tirou a aliança e jogou contra o espelho.

Com gritos, descontou toda a sua raiva nos travesseiros da cama, jogando-os no chão e na parede.



Recepção do hotel

- Por favor, me deixa subir no quarto presidencial! - A recepcionista o encara sem entender. - A noiva é minha prima, ela me ligou pedindo ajuda por causa da viagem, o marido dela é um tapado e não sabe.

- Senhor, eu tenho que ligar pro quarto.

- Tudo bem, pode ligar. - Ota entregou uma nota de cem reais a garota, disfarçadamente. - Eu espero.

- Ela autorizou. Aqui o cartão reserva. O quarto é o único do andar. - Otaviano sorriu e correu para o elevador com o cartão na mão.

Ao chegar no quarto, bateu à porta. Monica não escutou por conta do choro e da ira. Ota abriu a porta, fechou com o pé e notou que a amada chorava sentada na cama. Abraçou-a por trás e ela deu um gritinho.

- Calma, sou eu! Sou eu, o Ota...

Ela se livrou de seus braços e limpou as lágrimas. Se levantou e começou a andar pelo quarto, o observando.

- Monica, quem estava comigo era a Camila Queiroz, ela vai trabalhar comigo em uma novela! - Ele explicou.

- E se ela vai só trabalhar com você porque atendeu o seu celular? - Ela cruzou os braços e fungou. - Íntimos?

- Oh meu amor, pára com esses ciúmes! - Ele se aproximou e ela recuou. - Eu amo você, vim atrás de você.

- Porque não ficou com ela? - Monica arqueou as sobrancelhas e depois riu. - Ah, porque já tinham transado né? Desculpa atrapalhar a sua noi...

Otaviano segurou seus braços e a encostou na parede.

- Cala a boca e me beija. - Ela trincou os dentes. - Se eu quisesse ela, estaria com ela até agora transando.

- Admitindo que transou? - Monica riu, nervosa para que não fosse verdade.

- Eu não transei! - Ele segurou mais ainda seus braços. - E se eu tivesse transado, o que iria fazer?

- Eu iria te matar! - Ela o empurrou e ele caiu deitado na cama. - Como vou fazer agora.

Ela subiu em cima dele e começou a dar tapinhas. Ele a virou na cama e ficou por cima.

- Você fica linda com ciúmes, com raiva de mim sabia? - Ela rolou os olhos. - E linda vestida de noiva.

- Se quiser se desfazer do vestido, eu deixo. - Ela segurou o cabelo do amado, o puxando para trás e depois trazendo ao encontro de sua boca. - Eu te amo, seu traste.

- Eu sei que você me ama. - Ele pára o beijo com lábios vermelhos e sorri. - Eu também te amo.

Ota se mexeu em cima dela e escutou um rasgo. Os dois se olharam assustados. Ota pulou pro lado e ela notou que o vestido tinha rasgado ao lado.

- Meu Deus, você tá gorda hein amor? - Ele brincou e ela o olhou séria.

- 10 mil nesse vestido! Vou pagar mais 10. - Ota a olhou e riu da situação. - Pelo menos isso é bem feito, quem mandou ter esse casamento ridículo? Meu pai paga.

- Deixa eu rasgar o resto. - Ota pediu com um sorriso travesso. - Vai ser bem legal.

- Seu bobo! - Ela o puxou pra cima dela pra morder seu pescoço, já sentindo mais rasgões no vestido e um volume contra sua coxa.

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