Capítulo 41

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Monica chega na avenida em minutos e corre até o carro de Ota. O grisalho já estava numa maca, indo para uma ambulância. Ela se aproxima e pega em seu rosto, imobilizado.

- Ota, fala comigo! Cadê os meninos? - Ele fecha os olhos como forma de dor e abre novamente.

- Deixei na portaria do seu prédio, pedi pro porteiro colocar eles no elevador. - Monica pega o celular e liga. novamente, pra Maria.

- Maria, procura os meninos por todo o prédio, eles devem estar por aí. - Desliga e olha Ota. - Meu amor, eu vou com você pro hospital.

- Você precisa procurar... Eles.

- Maria vai achá-los. - Os enfermeiros colocam ele na ambulância e Monica entra junto. - Estou aqui, amor.

- Não me deixa, por favor. - Os dois ficam de mãos dadas enquanto os socorristas fazem os primeiros procedimentos. - Eu sou um idiota. Perdi o controle do carro.

- Tudo bem, fica quietinho, é melhor. - Mo fala e ele a olha. Fica observando a amada ao seu lado.

Logo chegam no hospital e levam Otaviano para uma sala. Monica recebe uma ligação de Bruno.

- Monica, o carro do Otaviano está sendo rebocado, vou resolver toda a papelada, oficina, seguro... Tudo bem pra vocês?

- Sim, muito obrigada, Bruno. Não sei... Como agradecer. - Ele ri sem graça.

- Não precisa agradecer, eu faço tudo pela senhora, sou seu funcionário e amigo. Agora preciso ir. Qualquer coisa me liga.

- Certo, digo o mesmo. - Monica desliga a ligação e já recebe uma de Maria. - Oi Maria.

- Encontrei os meninos! Eles estavam no salão de jogos. O porteiro colocou eles no elevador, mas eles apertaram outro botão e foram parar lá. - Monica respira aliviada e sorri. - Eles já estão comigo.

- Muito obrigada, Maria. Estou no hospital com o Otaviano.

- Que? O que houve?

- Acidente de carro. Ele bateu no poste, está mal aqui, mas espero que fique tudo bem com ele. Vou dormir aqui, cuida dos meninos?

- É claro, Monica. Ai meu Deus, o Lucas está puxando o Pedro pelo cabelo, preciso ir! - Maria desliga e Monica ri.

Monica fica esperando alguma notícia, quando sente alguém atrás dela.

- Oi, querida. - Ela se vira e vê Felipe, seu ex. - Como você está?

- O que você acha!? - Ela enxuga as lágrimas.

- Poupe suas lágrimas. Você ficará viúva daqui a poucos minutos. - Ele diz com um sorriso.

- Retire o que disse. - A voz do pai soou atrás de Felipe. - Mandei retirar o que disse, Felipe.

- Senhor... Me desculpe. Não quis... Assustar. - Felipe fala nervoso e Monica abraça o pai.

- Onde está seu marido?

- Não sabia que ia aceitar ele tão...

- Bem? Ele é o pai dos meus netos. Maria nos ligou e falou tudo. Melhor você ir atrás de Otaviano lá dentro, vou cuidar desse rapaz aqui.

Joaquim, colocou a mão no ombro de Felipe e ele engoliu em seco. Monica entrou pra dentro das salas a procura de Otaviano. O encontrou recebendo alguns cuidados, deitado na cama do quarto.

- Ai, meu amor... Você está tão machucado... - Mo beijou a testa arranhada do grisalho.

- Estou bem, só com dores musculares. Você... - As enfermeiras saíram deixando Ota no soro. - Porque está aqui?

- Porque preciso cuidar de você. Você é o pai dos meus filhos, o meu marido. Eu te amo muito. - Monica beija o rosto de Otaviano e olha em seus olhos. - Me perdoa por aquela briga idiota.

- Você não acreditou em mim.

- Porque eu sou idiota e trouxa. Eu te amo, sei que você me ama e que confiamos um no outro. - Ele assente com um sorrisinho e lhe dou dois selinhos. - Só isso?

Monica dá um beijão em Otaviano. Separam quando o médico entra.

- Desculpa atrapalhar o clima do casal. - O médico diz com um sorriso.

Depois da consulta, Monica dorme com Otaviano. De manhã, Monica decide ir pra casa descansar e ficar um pouco com os filhos. Enquanto isso, Bruno vai ficar com Otaviano no quarto.

- E aí? Está melhor? - Otaviano assente com um sorriso de lado. - Já resolvi as coisas do seu carro.

- Obrigado. A Monica me disse hoje de manhã. - Bruno engole em seco ao escutar o nome da patroa. - Algum problema, Bruno?

- Nã-não. Porque?

- Falei o nome da Monica e você meio que congelou. Ela reclamou de algo?

- Não, eu sou um bom funcionário. - Os dois riem.

- Eu sempre tive curiosidade de perguntar uma coisa. Você se aproximou demais dela na época da separação dela com o Felipe. Você teve alguma coisa com ela? - Bruno nega.

- Não vou mentir. Tive uma queda por ela na época, mas aí ela subiu pro seu apartamento um dia, ainda casada com o Felipe, e desceu com o pescoço roxo. Ou seja, nunca iria olhar pra mim. Logo desencanei, a partir daí apenas a olhei como amiga, como olho até hoje. Ela ama você, não tem olhos pra mais ninguém, disso eu tenho certeza. - Ota sorri abobalhado. - E eu estou conhecendo uma pessoa aí.

- Ah é? - Bruno assente. - Boa sorte, então. Monica vai ficar feliz em saber disso. Agora eu não sei o que fazer.

- Sobre o que?

- Ela viu a Thaís na minha frente de joelhos e achou que estávamos juntos, mas eu havia me machucado. Olha o que deu.

- Mas ela passou a noite com você.

- Sim, disse que me ama e pediu desculpas, mas eu sinto que ela continua com o pé atrás.

- Não tem nada que você possa provar? - Bruno pergunta e Ota nega. - Vou tentar te ajudar.

(Não sei se postou, então vou postar esse, ignorem se já leu antes)

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