Capítulo 28

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Quatro dias depois

- A senhorita já encaixotou tudo? - Maria perguntou parando na porta do quarto dos gêmeos. - O Bruno está aqui para ajudá-la a levar as duas últimas caixas da mudança.

- Ótimo! Manda ele subir? Ainda bem que deixei os meninos com a Giovanna hoje, se não estaria maluca com tudo. - Maria riu e desceu.

Bruno apareceu na porta do quarto e ae encostou na parede, cruzando os braços.

- Hum, faltam essas duas caixas? - Monica assentiu e sorriu. - As outras já estão lá?

- Sim, como eu não tinha muita coisa, além das roupas dos meninos e alguns objetos, eu levei ontem com minha amiga. - Monica deu uma batidinha de leve no berço e disse: - Essas coisas vão ficar aqui, comprei tudo novo pro apartamento.

- Nesse caso com o dinheiro do seu pai. - Bruno lembrou, pegando a caixa mais pesada.

- Não, eu tinha economia de alguns projetos que fiz, como modelo de alguns catálagos. Eu levo esta caixa. - Ela tentou erguer, mas não conseguiu. - Tudo bem, você leva as duas.

- Pode deixar, patroa. - Ela o encarou e riu. Bruno desceu com a caixa e Monica o seguiu.

Enquanto ele foi deixar a caixa no carro, Monica se aproximou de Maria que estava de braços cruzados, triste, na porta.

- Acho que você não precisa ficar triste. - Monica falou lhe dando um tapinha no ombro. - Tenho uma proposta de emprego. Seja minha babá e empregada.

- Sério? Mas eu não posso largar o senhor Felipe. - Ela falou baixando a cabeça.

- Claro que pode. Vamos combinar que ele nunca notou direito a sua presença aqui. Se você trabalhar pra mim, terá uma amiga dentro de casa, igual como sou aqui. - Monica disse e viu Bruno subir as escadas novamente. - O Bruno vai ser meu motorista, já que vou precisar ficar andando pra todo lugar e ainda tem os meninos.

- Eu posso pensar? A senhora vai dormir aqui hoje, certo? - Monica assentiu, suspirando.

- Pela última vez.

- Então pronto. Eu penso hoje e amanhã de manhã lhe falo a resposta. - Monica assentiu e abraçou Maria.

Bruno apareceu carregando a segunda caixa e piscando pra Maria. Bruno dirigiu o carro de Monica até seu novo apartamento.

- Uau! - Ele falou estacionando o carro na garagem. - Até a garagem é de gente rica.

- Minha mãe exagerou no apartamento, mas vou precisar de espaço com duas crianças correndo daqui a pouco. - Ele riu e saiu do carro.

Colocaram as duas caixas no elevador e subiram. Monica abriu a porta e Bruno empurrou as caixas.

- Caramba, que decoração! - Bruno disse olhando ao redor.

- Talvez na empresa do meu pai tenha uns arquitetos. - Ela riu e puxou Bruno pra mostrar o resto do apartamento.

- E aí? Gostou? - Ela falou quando voltaram a sala.

- Está ótimo! Espero que a Maria venha trabalhar aqui. E também espero que o Lucas e Pedro gostem de morar aqui. - Monica assentiu e sentou no sofá.

- Você acha que o Felipe vai tentar alguma coisa ainda? Desde aquele dia que você o segurou, ele se afastou. Isso é estranho. - Monica disse e Bruno ficou na frente dela.

- Eu acredito que não, mas se ele tentar alguma coisa me avise que eu faço questão de quebrar o braço dele. - Monica riu. - Não se bate em mulher, nunca!

- Eu gosto desse seu lado protetor das mulheres. - Ela levantou e o olhou: - Sua namorada deve ser uma mulher de sorte.

- Não tenho namorada, então nesse caso eu sou um cara de azar. - Monica riu e o puxou pela mão, para irem embora.

- Vamos, você tem que passar na casa da Giovanna para eu pegar o Pedro e o Lucas, depois me deixe na casa do Tomate. - Bruno assentiu.

- Não sabia que já estava trabalhando pra senhorita. - Ele falou rindo e apertando o botão do elevador.

- Ai, desculpa! Se quiser começar amanhã ou segunda, vou super entender. - Ela falou colocando a mão no peito.

- Tudo bem! Estou brincando. Prefiro trabalhar do que ficar largado sem fazer nada em casa.

O celular de Monica tocou e era "AMOR". Bruno desviou o olhar, sem graça de estar ali. Monica atendeu assim que entraram no carro.

- Oi, meu amor.

- Oi, amor. - Ota falou, rouco. - Você vai dormir na casa dele?

- Infelizmente, sim. Porque você está rouco? - Ela perguntou baixando a voz. - Andou fazendo algo errado?

- Claro que não, peguei um pouco de sol no Projac. Fui acertar um programa. Você pode passar aqui em casa hoje? Rapidinho. Tipo, vinte minutos. - Ele falou com a voz falhando.

- Tudo bem. Hum... - Ela olhou o relógio do pulso e disse: - Chegarei aí em cinco minutos.

Ela desligou e mandou uma mensagem pra Gio: "Preciso passar na farmácia, um remédio pra minha mãe. Deixarei na casa dela e pegarei os meninos. Aguenta mais aí, dinda."

Gio respondeu em seguida: "Tudo bem, Pablo e eu estamos treinando pra quando for a nossa vez."

- Por favor, mude de caminho. Preciso resolver uma coisa.

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