Capítulo 34

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Rio de Janeiro

- Estou indo pro Projac! Qualquer coisa me liga, Maria. - Ota disse pegando a chave do carro e o celular, junto com a carteira.

- Tudo bem, vou tentar fazer o almoço. - Ela disse apontando os gêmeos engatinharem pela casa.

- Juro que hoje eu procuro uma babá, certo? Esperar pela Monica vai ser bem puxado. Preciso ir, beijo.

Ota saiu escondido dos filhos e foi pro Projac. Pegou contato com Juliana Paes de uma babá e ligou.

- Olá, aqui é a Thaís. - Ela atendeu.

- Oi, então, aqui é Otaviano Costa, peguei seu número com a Juliana Paes. Então, eu soube que você é babá e eu estou atrás de uma.

- Certo. Então, eu preciso do seu endereço.

- Eu lhe passo, você pode ir amanhã de manhã? Como experiencia, estou desesperada atrás de uma pessoa. - Ele falou sem graça.

- Amanhã estarei lá.

Ota passou o endereço de Monica e desligou em seguida.

Los Angeles

(inglês)
- Querem abrir uma filial aqui em Los Angeles?

- Sim.

- Mas a minha empresa é herança do meu pai. - Disse Monica olhando a todos da reunião.

- Sabemos. Porém, queremos a sua empresa, ou seja, você organizando, ajudando com as coisas da filial. - Monica sorriu.

- Então vou ter que ficar vindo pros Estados Unidos? - Eles assentiram. - Eu preciso pensar, posso dar a resposta amanhã?

- Claro. O contrato está pronto. Amanhã você assina.

Monica se despediu e encontrou Bruno na recepção.

- Como foi a reunião? - Ele questionou entregando-lhe um milk shake do McDonalds.

- Tenho novidades. - Ela colocou o casaco e saiu tomando o milk shake com ele. - Eles querem abrir uma filial da minha empresa aqui, não do meu pai, mas sobre meus cuidados.

- Sério!? Então estávamos certos. - Ele disse a olhando e mordendo o canudo. - Você aceitou?

- Não ainda, mas disse que amanhã trago a resposta. Vou ligar pro meu pai e conversar, vou perguntar ao Ota o que ele acha. - Bruno estalou a língua e jogou o copo do milk shake no lixo. - Que foi?

- Você deveria aceitar logo, você está crescendo muito. Aquele pequeno curso de administração deu certo, olha como você está! Foram oito meses de curso e você cresceu a empresa e ainda querem uma filial em Los Angeles, em menos de um ano. Seu pai conseguiu isso fácil?

- Não, foram anos e anos com apenas uma empresa pra depois conseguir um novo local, na mesma cidade. - Ela disse e chupou o canudo da sua bebida. - Bruno, me deixa pensar, por favor.

- Tudo bem, só estava falando minha opinião. Mas mudando de assunto, como você almoçou com eles e eu almocei sozinho, que tal jantarmos juntos?

- Acho que vou comer no quarto, estou cansada, preciso dormir, eu nunca consigo dormir bem em avião. Faz mais de 24h que não durmo. Desculpa.

- Ah, tudo bem. A gente pode sair outro dia então. - Ele sorriu e os dois entraram no hotel.

- Vou subir e ligar pro meu pai. Qualquer coisa te ligo. Se quiser passear pela cidade, tudo bem, é uma ótima ideia. - Ela piscou e riu.

Monica subiu pro quarto e ligou pro pai, começando uma conversa sobre a empresa. Depois de quarenta minutos, ligou pra Otaviano, mas ele não atendeu.

No dia seguinte...

Rio de Janeiro

- Bom dia. - Uma moça loira, alta e dos olhos verdes disse assim que Ota abriu a porta. - Sou a Thaís.

- Ah, prazer. Otaviano Costa. - ele deu espaço para ela entrar e fechou a porta. - Então, a Juliana disse que você é uma boa babá.

- Sou, eu cuidei do filho dela pelos dois primeiros anos, depois tive que sair por problema na minha família.

- Essa é a babá, Otaviano? - Maria falou entrando na sala com Pedro no colo, dormindo.

- Ah, ela veio aqui conhecer, mas a Ju disse que ela é ótima, não tenho tantas perguntas assim. - Ota disse beijando a mão de Pedro.

- A Monica já sabe? Você contou que está contratando uma babá antes dela voltar dessas viagens dela? - Ota olhou pra Maria, a reprovando. - Tudo bem, vou pro quarto.

- Me desculpe. - Ota disse a Thaís assim que Maria saiu da sala. - Então, aquele que estava com a Maria é o Pedro, o Lucas deve está no berço.

- Peraí, são gêmeos?

- Sim, eles tem dez meses. Estão engatinhando a casa toda, só vai precisar observar, a Maria ajudará com banho e comida. - Thaís assentiu receosa. - Não se preocupe com nada, se quiser a vaga já é sua e você começa quando quiser.

- Posso parecer chata, mas tenho duas perguntas. - Ota arqueou as sobrancelhas. - Sua esposa não sabe?

- Ah, claro que ela sabe, contei a ela essa noite. Monica está viajando por negócios da empresa, ela chegará quinta a noite, pra sexta de manhã. Pode ficar tranquila. Qual a outra pergunta?

- Posso começar agora? Assim já pego o jeito com os meninos. Pedro e Lucas, certo?

- Certíssimo! Então, você trabalha de manhã e tarde, até Monica chegar do trabalho. Em alguns dias, talvez você terá que ficar a noite, mas não é o caso tão cedo.

- Tudo bem, começo agora. - Ela sorriu e Ota sorriu de volta.

- Vou pedir pra Maria te mostrar a casa. Tem câmeras por toda a casa, não ache estranho, é pela segurança da mãe e dos meus filhos. Preciso ir pro Projac, qualquer coisa pergunte a Maria, ela vai me ligar se não souber resolver.

Ota pegou suas coisas e saiu correndo. Quanto a Monica, ela tomava café da manhã junto com Bruno quando recebeu uma mensagem de seu amado.

Ota: "Tenho uma novidade, mas contarei quando você chegar. Assine o contrato, amor! Te amo."

Monica: "Espero que não tenha queimado minha casa. Te amo."

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