CAPÍTULO 14

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Sem revisão

ATENÇÃO: O capítulo esta extremamente pequeno. Postei para não deixar aqui no vazio, então me perdoem! Espero que gostem.

Alicia.

Alterno meu olhar entre a limousine e Henry numa tentativa de processar o que estou vendo.
- Pra que tudo isso? -- Viro-me para olhar diretamente para ele.
- Eu disse que preparei algo especial! -- Dá de ombros e sorri.
- Mas isso -- Aponto para o carro -- É exagero, Henry!
- Você não gostou? -- O tom de sua voz muda completamente e seus olhos me analisam.
- Eu adorei! -- Apresso-me a falar.
E eu realmente adorei, só estou surpresa!
- Então o exagero valeu a pena! -- Ele se aproxima de mim. Tento recuar, mas é em vão. -- Vamos? Ou esta com medo da limousine?
"Eu estou com medo do que pode acontecer dentro dessa limousine!" Penso, mas não falo. Apenas respiro fundo e caminho com ele até o carro onde o motorista abre a porta para nós entrarmos. Noto um sorriso presunçoso nos lábios de Henry e isso me faz sorrir junto. Quão idiota eu sou?
O interior do carro é inacreditávelmente espaçoso e aconchegante, sem falar na decoração cheia de luzes, bebidas e petiscos. Durante todo o percurso, Henry e eu conversamos sobre tudo ao som de Bon Jovi (O que me deixou surpresa ele lembrar do meu cantor favorito e me perguntei novamente quantas coisas ele ainda lembrava sobre mim).
Ele queria saber tudo o que aconteceu comigo durante esses tempos que passamos afastados e me disse tudo sobre ele.
Fiquei surpresa quando ele me contou que, depois de mim, apenas se envolveu seriamente com duas pessoas. Já ele fechou a cara quando contei que havia namorado três cara, sendo que o ultimo cheguei a noivar.
- E por que não se casaram? -- Consigo sentir o desgosto em sua voz.
- Éramos muito jovens e percebemos que queríamos coisas diferentes. -- Dou de ombros. -- Depois ele recebeu uma proposta incrível para trabalhar em um ótimo centro cirúrgico em Londres e eu dei o meu total apoio.
- Então você despachou o cara para outro país? -- Sorri.
- Não né, idiota! -- Gargalho. -- Sam é um excelente neurocirurgião e recebeu a proposta dos sonhos dele. -- Sorrio com a lembrança do orgulho que senti quando Sam me contou sobre a proposta. -- Eu apenas o deixei ir. Não dizem que quando ama, deixa a pessoa livre?
- Então você o ama? -- Seu olhar estava gélido e sua voz mais rouca do que o normal. Não sei se fico com medo ou excitada... Segure-se, Alicia!
- Sim, eu o amo! Mas hoje em dia como o ótimo amigo que ele é para mim.
Ele desvia o olhar do meu, virando o rosto para fitar a janela e ouço-o respirar fundo.
Ele esta com ciúmes de Sam? Reprimi um sorriso e sinto o carro parar. Henry desce primeiro, dando a volta por trás e abrindo minha porta, ajudando-me a sair.
Arregalo meus olhos e sinto meu interior se alarmar ao ver o prédio luxuoso a nossa frente.
- Pensei que iriamos a um  restaurante. -- Digo desconfiada.
Ele segura a minha mão e me conduz para dento do prédio, parando em frente ao elevador.
- Preparei algo melhor! -- Aperta o botão do elevador com um sorriso estampado no rosto.
Ele esta olhando fixo para as portas do elevador enquanto eu estou olhando para ele feito idiota esperanto uma resposta.
O que ele esta aprontando?
Tenho até medo de imaginar. Se em um local público como a Alpha já nos atracamos feito dois selvagens, imagina em um apartamento a sós?!
Jesus me ajuda!
- Henrique! -- Falo mais alto para chamar sua atenção.
- Argh! -- Faz uma careta e então tudo acontece muito rápido.
As portas do elevador se abrem e ele me puxa para dentro do mesmo, prensando-me contra a parede com o seu corpo. Arrepio-me tanto pelo metal gélido do elevador quanto pelo calor eminente do seu corpo contra o meu e e essas sensações me causam mais efeitos do que um choque térmico. Sua respiração pesada bate contra minha boca e isso estranhamente faz meu interior se contrair. Nossos olhos, como sempre, nunca deixam um ao outro e seu rosto esta a centímetros do meu. Merda!
- Não me chame de Henrique! -- Sua voz rouca me quebra e seus lábios tocam os meus ao falar.
Fecho os olhos para controlar a vontade louca de agarra-lo que toma conta de mim e a voz de Raquel dizendo "Não seja fácil. Não ceda." invade minha consciência e eu o empurrou para o outro lado da cabine.
- Que eu saiba, esse ainda é o seu nome. --Minha voz esta totalmente tremula, assim como todo o meu ser.
Viro-me para frente tentando normalizar minha respiração. Finjo arrumar o meu vestido e assim que olho para frente meus olhos e os de Henry se encontram no espelho do elevador. Ficamos nos encarando até chegarmos ao andar que até então não tinha notado que era a cobertura.
Assim que as portas do elevador se abrem, um corredor iluminado apenas por velas fazendo um caminho até a única porta dupla se faz visível. Olho boquiaberta para Henry que por sua vez sorri para mim. Ele põe uma das mãos em minhas costas e me guia pelo caminho iluminado. Noto pequenos vasos ao lado das velas com orquídeas e rosas brancas.
Ele também se lembra das minhas flores favoritas.
Paramos em frente a porta e ele a abre, dando-me a visão de uma sala ampla, com uma decoração impecável e uma parede inteira de vidro que nos proporciona uma visão privilegiada de Seattle.
Henry segura minha mão, enlaçando nossos dedos e nos conduz até uma porta de correr que dá na área externa da cobertura. Quando ele a abre e saímos, minha boca vai ao chão e não sei se choro ou se sorrio.
Viro-me para olha-lo embasbacada, ele percebe o quanto estou em choque e me dá um beijo suave na testa.
- Henry, isso são... - Tento perguntar, mas minha voz se perde no meio de tantas emoções.
- Sim. - Ele sorri - São nossas recordações!
Toda a área externa da cobertura estava coberta de flores, apenas as luzes da lua e das velas iluminavam o local e havia no meio uma mesa posta para dois. Mas o que me deixou nesse estado mesmo foi as nossas fotos espalhadas pelo local junto com xerox de cartas que trocavamos quando mais novos, algumas minhas outras dele e algumas que nunca havia visto antes. Ao fundo tocava Pensando em Você da banda Pimentas do Reino.
Nossa música.
Sinto meu rosto arder e uma lagrima escorrer pelo meu rosto.
É tudo tão lindo, tão romântico! Nunca ninguém fez algo desse tipo para mim e jamais imaginaria que logo Henrique o faria.
- Está tudo incrível! -- Minha voz falha.
Ele aproxima-se de mim envolvendo os braços ao redor da minha cintura, puxando-me para mais perto dele e eu repouso minhas mãos sob seu peito, sentindo como o seu coração está tão acelerado quanto o meu. Ele encosta a testa na minha e uma das suas mãos toca o meu rosto, fazendo-me fechar os olhos ao sentir o seu toque.
- É o minimo que você merece, anjo! -- Sua voz baixa e rouca causa-me arrepios por todo o corpo.
Sinto seus lábios macios e quentes tocarem minha testa em um beijo singelo e um sorriso involuntário surge em meus lábios.
- Vamos. Temos um jantar para devorar. -- Sorri, afastando-se de mim para segurar minha mão e me conduzir até a mesa.

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