BÔNUS: Mark Wring.

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SEM REVISÃO E POSTADO PELO CELULAR.

- Eu espero que você já esteja pronto Jones! -- Grito impaciente da sala. Phillip esta a quase meia hora se arrumando dentro do quarto mais parecendo uma mocinha.
Como Henry diz: Preciso rever minhas amizades!
- Nunca vi uma coisa dessas! Demora mais que mulher pra se arrumar. -- murmuro enquanto caminho pela sala do apartamento de Phillip.
Paro em uma estante lotada de porta-retratos dele com a família e um sentimento de vazio invade meu peito com a lembrança da minha família e de como era ter uma.
- Mark? -- Jones praticamente grita, me tirando do transe e me fazendo olhar para ele. -- Ta tudo bem cara? To te chamando faz tempo.
Respiro fundo e balanço minha cabeça numa tentativa de fazer todas aquelas memórias saírem da minha cabeça.
- Tudo tranquilo irmão! Só acabei dormindo em pé esperando a donzela acabar de se arrumar.
- Vai a merda!
Solto uma risada e o acompanho, caminhando em direção a porta.

Eu, Thomas, Phillip e Tracy estamos em uma festa na casa de um dos médicos do Saint Grace que trabalha conosco. É engraçado ver Jones tão caído por alguém e preciso admitir que o bastardo fez uma ótima escolha!
Tracy além de ser quente é inteligente e engraçada. As vezes me assusto de como somos parecidos e até acho que isso foi o que me fez gostar dela de imediato. Não demorou para que ela conquistasse os outros caras sem ao menos se esforçar. Ao contrário das outras namoradas que eles tiveram, sair com Tracy e Phillip não é chato, ao contrario, se torna algo mais divertido. Ela se junta conosco na zoação e não é cheia de frescuras como certas mulheres por aí. Sobra até pro Jones!
Thomas bem que tentou trazer a loirinha dele, mas a mulher é esquentadinha toda e deu um baita de um não para ele e por conta disso ele esta com um péssimo humor.
Cumprimentamos alguns conhecidos e fomos direcionados a uma mesa que havia sido reservada para nós. Tomamos alguns drinks, dançamos, rimos dos outros convidados e de nós mesmos e então Tracy começa a tagarelar, nos fazendo rir.
- E você Mark? -- Pergunta sentando no colo de Jones.
- Eu o que loira?
- Quando vai arrumar alguém para fazer par com você nas nossas saídas?
- Ué! Olha o meu par aqui. Quer mais gostosa do que essa galega musculosa? -- Falo com a voz afeminada e aperto o bico do peito de Thomas.
- Sai viado! -- Ele bate na minha mão, empurrando-a. -- Seu macho é outro e te trocou por uma pediatra.
Todos caímos na gargalhada.
- Aquele ali é um traíra! -- Finjo-me de ofendido.
- Ela chegou primeiro querido, agora chora! -- Tracy zomba. -- Mas sério Mark. Você não pensa em casar, ter filhos e essas coisas?
Sua pergunta tao simples causou um tornado dentro de mim, trazendo a tona lembranças que luto diariamente para esquecer.
- Não acredito mais nisso. -- Tento soar normal, mas pela fisionomia de Tracy não fui bem sucedido.
Os caras percebem meu estado e começam a puxar outros assunto, tentando me fazer esquecer, mas a imagem de Katie vem com um golpe certeiro, sem me dar chances de desviar.

Eu sou um cara quebrado sem chances de concertos. Levo comigo uma bagagem que poucos aguentariam carregar sem se perder no meio do caminho.
Eu acreditava no amor, na familia e sonhava em construir uma, mas tudo mudou naquele dia que ficou marcado em mim como uma maldita cicatriz.

*Flashback*

- Amor, estou indo para o plantão. - Digo entrando no quarto e me deparo com a cena que de uns tempos para cá se tornou a minha favorita.
Katie, minha esposa, apenas de lingerie passava hidratante em sua barriga já protuberante com 5 meses de gestação.
Me encosto do batente da porta sorrindo feito besta e me sentindo o cara mais sortudo do mundo. Ela vira-se para mim com aquele sorriso que é capaz de iluminar todo o meu mundo.
- Okay amor, bom trabalho. -- Caminha em minha direção e se estica para selar nossos lábios.
Não perco tempo e envolvo meus braços ao redor dela, aprofundando o beijo. Ela sorri com os lábios contra o meu e me empurra.
- Você vai se atrasar, doutor Wring! -- Morde o lábio inferior me deixando mais duro do que já estou.
- É por uma boa causa.
Avanço, mas sou empurrado por ela.
- Nada disso! Vai logo trabalhar e quando você chegar resolveremos isso! -- Diz e aponta para meu membro duro.
- Você me deixa louco! -- Abraço-a e aproveito para roçar minha ereção contra ela que geme em resposta. Sorrio e selo nossos lábios demoradamente. -- Amo você!
- Amo você! -- Ela sela nossos lábios mais uma vez antes de se afastar e eu ir trabalhar.
Saí de casa com uma sensação ruim, um mal pressentimento, mas ignorei e continuei o meu caminho. Durante todo o dia a sensação não me abandonou se tornando difícil de ignorar.
Quando deu 4:00 PM meu celular toca e estranhamente um aperto se instala em meu coração.
- Alô?
- Alô, Mark Joseph Wring? --- Uma voz forte fala e consigo ouvir sirenes ao fundo.
- Ele mesmo!
Tento manter minha voz firme, mas o medo já esta instalado em mim.
- Me chamo Bobby Robinson e sou comandante do Corpo de Bombeiros de Seattle. Preciso que venha até a casa de sua mãe com urgência.
Sinto o ar se esvair do meu pulmão. Algo esta errado... Muito errado!
- O que houve? Minha mãe esta bem? -- Tento não surtar.
- Senhor, preciso que mantenha a calma e venha para cá!
- Okay!
Não esperei uma segunda resposta e parti feito jato para a casa da minha mãe que não ficava muito longe do hospital.
Quando saio do carro a cena que vejo me devasta por inteiro. A casa havia sido queimada e ainda tinha bombeiros apagando fogo no primeiro andar. Polícias estavam pegando depoimento com os vizinhos e meu coração falhou quando vi o carro da minha mulher desconfigurado até a metade dentro da enorme árvore.
Uma equipe medica carregava uma maca com um corpo coberto com um cobertor branco e eu já sabia quem era que estava ali por conta da barriga.
Katie. Minha mulher.
- KATIE! -- Grito correndo em direção a minha esposa, mas dois bombeiros enormes me seguram tentando me controlar.
- ME SOLTA! É A MINHA MULHER E MEU FILHO. ME SOLTA DROGA!! -- Grito tentando me soltar, mas é em vão.
- Senhor precisa se acalmar ou teremos que seda-lo.
Acompanho com o olhar a maca que carrega a mulher da minha vida e meu filho ser levado até um carro do necrotério.
Sem conseguir aguentar meu próprio peso que parecia ter dobrado naquele momento, caiu de joelhos chorando desesperadamente e então apago.

A claridade do quarto branco do Saint Grace incomoda meus olhos assim que acordo. Phillip e Henry que estavam sentados nas poltronas próximas a cama se aproximam assim que notam que acordei.
- O que aconteceu? Cadê Katie? E o bebê? - Disparo, sentando-me.
Na minha cabeça eu fantasiava que tudo não havia passado de um terrível pesadelo, mas sinto meu peito afundar ao notar as feições dos meus amigos.
- Eu sinto muito cara. - Henry diz com a voz tremula.
A porta do quarto se abre e o doutor Robert e um cara com colete a prova de bala e coldre entram.
- Mark Wring, sou o delegado Thompson e estou aqui junto com o doutor Stone para responder todas as suas perguntas.

Daquele dia em diante meu mundo se transformou. O Mark que acreditava no amor e queria construir uma familia morreu no momento em que a minha familia foi destruída por um dos seus "membros".

*********
Bônus para compensar a demora e capítulo pequeno!
Seguindo a ideia de uma amiga me aprofundei na historia do Mark e dependendo do resultado vejo se continuo ou não.
E ai, gostaram? Espero que sim!!
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