III- Aquele caipirão

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Anne

Meu pai havia deixado alguns recados para os gerentes das fazendas parece até que ele sabia tudo que ia acontecer.
Uma das ordens que meu pai havia dado era a de deixar o gado passar a cerca para o pasto daquele vizinho encrenqueiro o único que ainda não tinha aceitado suas propostas de compras, e como ele era burro meu Deus! Será que ele não via que seria melhor para todos.
Dei ordem aos meus funcionários pra que fizessem o que meu pai havia ordenado antes de falecer e eles obedeceram.
Horas depois estava tomando vinho tranquilamente sentada a grande mesa de madeira rústica da sala, onde a decoração era combinada perfeitamente,  simples mas sem deixar o alto nível de elegância, pensando ainda no que fazer com tudo aquilo estava perdida em meu mundo quando de repente um dos funcionários adentrou o ambiente me assustando e me tirando do meu devaneio.

_Dona Anne, a senhora há de nos descurpá, tentamos impedi, mais ele tá muito irritado e insiste em falar com a patroa.
Eu ainda meio confusa comecei a andar em direção a porta e ouvi uma voz grave e máscula que me estremeceu por dentro, não sei o porquê, então fui em direção a saída, estaquei na porta quando o vi, cruzei os braços, para disfarçar minha surpresa, porque ali parado na cerca da fazenda estava o homem mais lindo que eu já tinha visto com uma calça jeans velha um cinto de fivela grossa escrito pbr, sem camisa com o corpo cheio de músculos a mostra com uma tatuagem, era incrível como nem os homens malhados que eu havia conhecido nas melhores festa de São Paulo e por onde passei tinha o corpo tão perfeito (verdadeiro deus grego),seu corpo bronzeado e suado provavelmente do sol escaldante que fazia lá fora e um chapéu branco com uma pequena fivela de couro e um cruz preta no centro, em seu pescoço brilhava um cordão de ouro com pingente de ferradura grande que o tornava ainda mais lindo.
Mas quem ele pensava que era para chegar perto de minha propriedade daquele jeito e ainda por cima o brutamontes estava com cara de nojo pra mim_ gritei com um dos funcionários para que me explicasse o que estava acontecendo, mas antes que eu terminasse de falar ele já estava cuspindo palavras me ofendendo e fazendo ameaças, ora, mas quem esse caipira pensava que era? com aquela voz rouca e grossa que estremecia até meu último fio de cabelo e ainda por cima puxava os r todas as palavras que me desconcertava ao mesmo tempo parecendo charme e ao mesmo tempo odiando aquele jeca.
Mal ele terminou de falar deu as costas pra mim saiu pisando fundo e montou em seu cavalo e foi embora a galope e eu ali parada ainda em estado de nervo irritada com aquela criatura e comigo mesma por não ter conseguido dar uma palavra.

E aí mores estão gostando da história? Espero que sim.
Estarei postando sempre que puder durante a tarde, está meio corrido aqui mais farei o possível.

Beijocas!!!
Até o próximo capítulo.

Laçada por um cowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora