*Bônus Erick

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Erick Donavan

Algumas pessoas se perguntavam, porque um advogado como eu estava em uma cidade do interior, porém eu estava ali por um motivo,  eis a minha história.
Quando eu era pequeno, meu pai era o maior produtor de cana de açúcar da região, sempre trabalhou duro na terra, plantava e colhia com seus funcionários, tinha sempre muitos amigos a sua volta, um deles era o senhor Clarke, mas mamãe dizia que ele não era um amigo de verdade, porque vivia oferecendo dinheiro pro meu pai tentando comprar a fazenda, mais meu pai nunca se rendeu porque realmente amava tudo o que tinha construído, meu pai era carinhoso com os filhos, com mamãe e bom para os funcionários, porém tinha um grande defeito ele bebia muito, e gostava de jogar baralho e sempre fazia isso em um bar na encruzilhada que ficava a caminho  da cidade, certo dia ele estava feliz porque a fazenda estava indo de vento em polpa, então chegou a visita de seu amigo, o senhor Clarke, ele trouxe cachaça de seu alambique para o meu pai e o convidou para jogarem uma partida de baralho,   no começo estavam se divertindo, porém meu pai começou a beber e quando bebia o ego também aumentava e ele começava a se sentir invencível,  porém, mal sabia meu pai que aquilo não passava de uma cilada, o senhor Clarke desafiou meu pai a apostarem suas fazendas no jogo quem ganhasse ficaria com as duas, e meu pai topou na mesma hora levado pelo auto teor de álcool que corria em suas veias, sempre foi um bom jogador, mas quando bebia tudo ficava diferente, por isso acabou perdendo a partida, e levado pelo momento, para não perder a pose de homem de palavra assinou todos os documentos constando como que a terra agora pertencia ao senhor Clarcke. 

Quando meu pai chegou em casa não nos contou o que havia acontecido, apenas caiu na cama e dormiu, quando o dia amanheceu, meu pai se levantou e como de costume juntou a família ao redor da mesa para tomarmos o café da manha como de costume, então um dos empregados anunciou que um advogado da família Clarke precisava estava a espera de meu pai, não nos preocupamos muito afinal meu pai e ele eram amigos, então meu pai pediu que ele se sentasse a mesa conosco, mas o advogado disse que seria breve no que tinha vindo fazer, meu pai franziu a testa com ar de preocupado e disse para que ele falasse logo do que se tratava, assim, o advogado retirou alguns papeis da maleta que carregava e entregou a meu pai, a princípio meu pai negou e até tentou debater, dizendo que aquilo não passara de uma brincadeira com seu amigo Clarcke na noite passada, porém quando começou a ler percebeu que havia caído em uma cilada,   entre os documentos estava a escritura da fazenda assinada como que agora pertencia aos Clarkes, meu pai ficou desolado, pois percebeu tarde demais que fora enganado por seu melhor amigo, o advogado então disse que teríamos um prazo de dez dias para desocupar a fazenda, pois juntamente com a fazenda meu pai havia perdido tudo o que havia nela, aquele fora um ano no qual o papai não havia poupado muito, por causa da bebida vinha fazendo muitos negócios sem lucro nenhum, por isso o que nos restou foram uns míseros centavos que dariam para comprar uma casa muito pequena na cidade, só para termos um teto para morar, a partir daí meu pai ficou ainda mais amargurado, passamos por necessidade muitas vezes porque meu pai não sabia fazer outra coisa que não fosse a lida com o gado e nem sempre aparecia serviço, outras vezes quando aparecia ele acabava gastando o dinheiro com bebida para curar sua dor, vi muitas vezes ele chorar pelos cantos escondido, aquilo fazia crescer dentro de mim um sentimento de aversão por quem havia piorado a situação de nosso pai, agora ele não nos dava mais carinho e era na maioria das vezes rude conosco, sentia a amargura em seu olhar, não demorou muito tempo para que o pior acontecesse, um vento gelado corria naquela dia, quando nos levantamos, encontramos meu pai pendurado em uma viga da casa com uma corda no pescoço, havia se enforcado de tanto desgosto, ficamos paralizados com o cena, mas no fundo eu já sabia o porquê daquilo estar acontecendo conosco, para um garoto de 11 anos, toda aquela cena fora um grande e devastador furacão, mamãe gritava desesperada dizendo que sabia que a amizade com os Clarkes iria terminar em tragédia, mas que meu pai nunca a havia ouvido, e chorava dizendo que odiava aquela família e eu apenas observava a feição amargurada do meu pai, depois que retiraram o corpo uma vizinha me levou pra sua casa, e tentava me distrair, mais eu não falava nada só conseguia ver aquela cena diante de mim, mamão não aguentou a pressão e enlouqueceu de vez, precisou ser levada a um sanatório pois ficava falando coisa com coisa e se arranhado, depois que enterraram meu pai, todos saíram e somente eu fiquei ali observando o túmulo de meu pai, aquele homem havia destruído minha família, cai de joelhos e jurei diante do túmulo que me vingaria da família Clarke e tiraria tudo o que eles tivessem.

 Então comecei a trabalhar,fazia o que pudia para conseguir dinheiro, não importava se fosse machucar alguém para isso, já tinha tudo arquitetado em minha mente, consegui dinheiro subornando politicos corruptos, eu descobria seus podres e pedia algo em troca de não revelar seus podres, geralmente era dinheiro, muito, com isso conseguia bancar minha faculdade,me tornei advogado, agora eu ganhava melhor, voltaria pra Rondônia e me vingaria da família Clarke, e olha só, o destino foi favorável comigo, tive um colega de classe que topava tudo por dinheiro, e por coincidência ele já trabalhava pra família Clarke, então começamos a bolar um plano onde tiraríamos tudo o que pertencia aos Clarkes,  ele receberia uma parte considerável do que eu tirasse deles, tudo estava, pronto para darmos início, mas acabamos recebeido a notícia de que o Sr.e senhora Clarke morreram teoricamente em um acidente de avião, porém que não era um acidente, foi tudo planejado pelo sócio dos clarkes, pelo visto mais alguém não gostava deles,  o sócio só conseguiu levar a parte que cabia a empresa de São Paulo e algumas fazendas, eu fiquei decepcionado em parte porque eu mesmo queria te-los feito sofrer, queria poder ter visto a cara de sofrimento dele antes de morrer, e tirado tudo deles antes de mata-los, mas como não foi possível meu amigo advogado deles juntamente com o gerente de algumas das outras fazendas, deram um golpe na filha dos clarkes e fugiram com o dinheiro, restando apenas uma, que era uma das maiores da região, agora o único advogado da cidade era eu portanto os serviços que a fazenda Clarke precisaria só eu poderia oferecer e essa era a chance perfeita pra ter o que era meu de volta e ainda me vingar pelo meu pai, e já que não havia conseguido fazer isso com o pai, faria com a filha e ela saberia a causa na hora certa, sentiria a mesma dor que eu senti, estava em um momento frágil e por isso facilitaria muito para que eu pudesse por meu plano em prática, precisava por meu plano em prática, e agora estava mais perto do que nunca, diziam que ela era uma patricinha mimada que não entendia nada de negócios e principalmente da fazenda, então seria como tirar doce da boca de uma criança.

Primeira parte do plano era aproximação, tal que foi bem sucedido na cafeteria, segunda parte seria no Country bear, retroceder pra conquistar a confiança, depois dar a cartada final.
O plano era simples, recuperaria uma de suas fazendas para ganhar confiança, e depois seduziria ela pra que fizesse o que eu quisesse sem problemas, então era só esperar pra noite do Country bear.

Olha só meninas ja não bastava tudo que a nossa patricinha favorita já viveu, imagina agora aparecer mais um vilão na sua vida, será que ela vai cair no golpe, será que o Jhorge e ela vão mesmo ficar juntos, será que as coisas vão se acertar?
Ansiosas? Não percam os próximos capítulos dessa história linda e quente.
Estrelinhas por favor meninas, ajudem a divulgar o livro
Beijocas!!!!

Laçada por um cowboyOnde histórias criam vida. Descubra agora