10| Capítulo

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O início de uma nova jornada

Henrique

Estou até agora muito perplexo. Não sei se é pelo fato de estarmos indo atrás do imperador, provavelmente iniciar uma guerra ou se é por termos a ilustre companhia de Katherine e toda a sua mirabolante história passada.

Depois da conversa que Pietro e ela tiveram, nos hospedamos na mesma pousada em que ela estava. Agora aqui estamos nós, a dois dias seguindo viagem em direção à um lugar desconhecido para mim. Eu, Pietro, Katherine e o moleque. Céus! Nunca pensei que estaria seguindo viagem com ela, e não posso dizer que não gosto, pois sim eu estou muitíssimo contente por tê-la aqui, e meu lobo está igualmente eufórico o que é estranho já que eu só conseguia sentí-lo quando não estava preso.
O que faz muito tempo. Só não entendo o por que dessa mudança.

O motivo pelo qual eu os estou seguindo é: Bem até parece que eu perderia a oportunidade de ajudar a Katherine mesmo não tendo nada a ver com isso.

_Hei, é verdade que o Pietro é um vampiro? _Sou tirado de meus pensamentos pelo garoto que acompanha Katherine.

_Hã... Mark não é? _Forço minha mente à voltar a realidade e lembrar o nome dele.

_Não, é Zack. Meu nome é Zack.

_Ah, certo, Zack. Sim o Pietro é mesmo um vampiro. _Digo ao garoto.

_Uau! Eu nunca vi um vampiro antes! _O garoto comenta com animação.

_Você não perdeu nada. _Digo.

_Mas você e o Pietro não são amigos?

_Sim, mas ele é diferente. Nem todos os vampiros são bons.

_Ah. Ouço-o dizer.
_Eu gosto dele. A Katherine também.

_O que você disse? _Ok, ok, agora o moleque conseguiu a minha atenção.

_Ah, a Katherine também gosta do Pietro. Ela não assume, mas eu sei que gosta, ela não estaria aqui se não sentisse pelo menos algum carinho por ele. Você não achou mesmo que ela engoliu toda essa história do rei e tal sem ter confiança no Pietro não é?

_É. _Digo olhando para os dois que estavam andando à nossa frente lado a lado.
_Ela não parece do tipo que acredita em qualquer um. _E de repente eu senti uma coisa estranha dentro de mim, de repente eu queria estar no lugar do Pietro ao lado dela, sim eu estava com ciúmes dele por ser tão sortudo de ter o afeto dela.

Fechei a cara, por que eu estava com ciúmes afinal? Não sou nada dela e me sinto um idiota por estar sentindo esse tipo de sentimento.

Paramos em um lugar próximo à um rio, não conseguimos um abrigo melhor que a mata já que estamos em um lugar deserto.
Sentamos envolta de uma fogueira enquanto comíamos um pouco da refeição que trouxemos de viagem.

_E aí. _Digo.
_Para onde estamos indo afinal?

_Para chegar ao palácio teremos que passar pelo pântano das trevas e depois pela floresta macabra. Teoricamente seria fácil. _Pietro diz.

_O que!? Teoricamente, até assim já me parece difícil. _Resmungo de cara fechada.

_Calma aí meu amigo, ninguém disse que seria fácil. _Pietro levanta as mãos em sinal de rendição.

_Se não quiser não precisa vir, ninguém o está obrigando. _Katherine fala.

_Ok, desculpa. Eu só estou cansado da viagem não queria ser grosso. _Por que eu estou me desculpando mesmo? Ah! o que há de errado comigo?

_Bem, teremos que ter cuidado lá, pois tanto o pântano quanto a floresta são moradia de seres  asquerosos que protegem a entrada do palácio. Dizem que quem entra nunca mais sai. _Informa Pietro.

_Pois então seremos os primeiros a saírem vivos. _Katherine fala determinada. E como eu a admiro.

_Determinada você heim. Gosto de mulheres assim. _Fala Pietro colocando um braço envolta do pescoço dela.

_Toque em mim outra vez, e eu arrancarei o seu braço. _Ela tira o braço dele o empurrando.

_Isso é que é mulher com atitude! Adoro isso! _Pietro rebate e da uma gargalhada.

Fecho ainda mais a cara agora, se é que isso é possível. Eu deveria estar lá. Foco Henrique, você não está aqui para isso.

Depois de comermos e traçarmos um plano, fomos dormir. Ou pelo menos eles foram, já que eu não consegui fazer outra coisa a não ser observar a Katherine dormir.
Me sinto um idiota adolescente e apaixonado.
Depois de algumas horas vejo-a se mexer de um modo estranho, parece que estava tendo um pesadelo, ela também estava murmurando algo. Cheguei perto dela preocupado, tentei acordá-la, mas não consegui.

_Katherine. _Chamei balançando o ombro dela.
_Katherine acorda! Katherine! _Agora eu já segurava os ombros dela com ambas as mão de cada lado e a sacudida de leve.
_Katherine! _Quase grito dessa vez.

_Não! _Ela grita finalmente acordando e me empurrando, eu obviamente caio sentado no chão pelo susto. Por sorte nem Pietro e o Zack acordam.

_O que você estava fazendo? _Ela pergunta com uma expressão brava.

Criada para matarOnde histórias criam vida. Descubra agora