Criada para matar

14.5| Capítulo

Pântano das trevas

Katherine

       Já faz algum tempo que nós andamos pelo pântano, todos estamos quietos, atentos a qualquer movimentação externa.

Ainda não sei ao certo como poderemos derrotar o imperador, e eu realmente não sei se quero. Agora que a raiva passou não entendo muito bem toda essa história, tenho dúvidas que talvez Pietro não saiba responder. Por isso seria bom primeiro descobrir tudo e depois fazer algo realmente.

O pântano era muito úmido e escorregadio, com árvores tortas algumas podres cobrindo a passagem do sol, o que tornava o ar mais frio. Lodo se espalhava por todo o lugar e o cheiro de lama não era la muito agradável.

_Eca mais um pouco eu vomito aqui. _Hendrik reclama, ele está com o nariz franzido fazendo cara de nojo, imagino o quão desconfortável deve ser para ele já que seus sentidos são mais sensíveis que os nossos. Olho para Henrique e estranhamente ele não esta com a mesma reação que o seu irmão, curioso. Ele não deveria ter o olfato apurado? Deixo essa questão de lado assim que Pietro para bruscamente nos deixando alerta.

_O que foi? _Henrique pergunta baixo.

_Alarme falso. _Pietro diz após olhar atentamente os arredores certificando-se de que era seguro prosseguir.
Continuamos a caminhada em silêncio, ninguém queria chamar a atenção.

_Eu não sei o que ele tanto procura, o que nos atacaria? _Zack reclama e quebra o silêncio ao sussurrar após ficarmos lado-a-lado.

_Não subestime este lugar Zack. _Aviso me afastando de uma raiz, quando piso em uma parte mais enlameada sinto uma pressão em meu pé, quando olho para baixo vejo uma mão gosmenta sair de dentro da lama agarrando meu tornozelo o puxando para baixo. Puxo meu pé bruscamente conseguindo me soltar, mas quando olhos para frente vejo vários seres emergirem de dentro da lama e água verde como mortos-vivos saindo dos seus túmulos.

_Gente, temos companhia. _Comento quando todos param ao mesmo tempo em que o ser gosmento que puxou meu pé e estava mais próximo soltar um grito estranho, mais como um guincho de um bicho em agonia.