Ajuda
Henrique
Acordamos e após eu comer algo caminhamos pela floresta até sair na estrada que estava deserta, andamos por meia hora até chegar a Vila Côrcova. Seu nome vem do fato da vila situar-se entre duas montanhas o que para mim não faz o maior sentido, mas quem sou eu para dar palpite.
Por onde passávamos às pessoas nos olhavam torto, afinal não é normal um lobisomem ser visto com um vampiro, mas eu não ligo Pietro é meu amigo e jamais o negaria.
_Estamos perto. _Disse Pietro animado após andarmos por um tempo. Reviro os olhos por sua animação.
O local era um pouco mais afastado da aldeia, mas de fácil acesso, localizada na periferia. Chegamos em frente a pequena casa de cor cinzenta, as janelas de madeira branca com uma plaquinha escrito “casa dos sonhos” em alto relevo prateadas davam um ar meio simples ao local.
Entramos e fomos recebidos por madame Margareth._Sejam bem vindos rapazes. _Cumprimentou ela com um sorriso nos lábios.
_Espero poder ajudar._O se pode. _Comentou Pietro com um sorriso largo.
Pigareei.
_Madame, precisamos de sua ajuda... _Nem terminei a frase e Margareth me interrompeu fazendo um sinal de mão e várias garotas apareceram.
_Podem escolher. _Dito isso saiu nos deixando rodeado de mulheres. Várias nos seguraram pelos braços.
_Então do que precisam hoje hum? _Perguntou uma jovem ruiva a mim, é eu sabia qual sentido aquela pergunta estava.
_Bem precisamos de algumas peças de roupas, e queríamos saber se vocês poderiam nos arrumar algo. _Falei de uma vez.
_Bem. _Ponderou.
_Talvez possamos ajudá-Los, mas... o que ganharemos em volta?
_Er… _gaguejei sem saber o que dizer.
_Ora garotas, que tal divertimento. _Disse Pietro com malícia estampada no rosto, envolto por várias garotas.
_Hum... _A ruiva me olhou com certo desejo, engulo em seco.
_Ótimo, feito. _Abriu um enorme sorriso.
Depois de um tempo tínhamos roupas sociais elegantes e até mesmo duas gravatas, me pergunto onde essas garotas conseguem esse tipo de roupa.
_Muito obrigado senhorita. _Disse após receber as roupas.
A jovem pôs um dedo no meu queixo.
_Agora, hora do pagamento. _Disse puxando a mim e Pietro para os quartos.
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Pietro
_Adeus. _Disse dando um último beijo na bela morena ao meu lado.
_Voltem mais vezes, adorariamos ajudar mais vezes. _Ela disse dando uma piscadela.
_Foi um prazer visitá-las. _Disse Henrique.
_O prazer foi todo meu. _A mulher ruiva falou com um enorme sorriso no rosto, deixando Henrique meio sem jeito. Juro, eu não sei como ele fica assim envergonhado, ele é um lobo -ex quase alfa- deveria agir por instinto, mas pelo contrário ele é tão respeitador que chega a queimar meu filme.
Nos despedimos mais uma vez e saímos elegantemente vestidos.
_Fala sério _Falo após estarmos a uma distância considerável da casa de madame Margareth.
_Senhorita. Ah Rick você é uma piada. _Gargalho na cara dele.
_Não vejo graça nisso. _Disse ele irritado.
_Mas aí. _Continuo rindo
_Como foi lá com a ruiva? _Pergunto e praticamente choro de rir da cara que ele faz.
_Não quero falar sobre isso. _Ele diz emburrado.
_Você é tão antiquado quanto esse mundo. _Gesticulo com as mãos indicando nosso, como posso dizer...nosso lado da realidade.
_Bem, precisaremos de um transporte. _Diz mudando de assunto. Nunca disse o disse o quão ruim ele era nisso, resolvi deixar o assunto “senhoritas” de lado.
_Você tem razão, precisaremos roubar algum transporte. _Vejo-o franzir o nariz, Rick é um vigarista, mas não gosta de ser. Faz isso por necessidade já que um licantropo exilado não recebe ajuda da sociedade o que significa sem moradia, emprego ou dinheiro.
_Ok, vamos fazer logo o que precisamos e bolar um plano. _Ele diz de repente decidido como se ditasse uma ordem e segue andando a frente e eu o sigo.
É, você pode tirar o alfa do poder, mas não pode tirar o poder do alfa.
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Henrique
Estávamos agora a caminho da capital, tivemos sorte de encontrar uma carruagem no meio do caminho com apenas um “lord” -riquinho mimado- como passageiro.
Não gosto de roubar, mas necessito e dois cavalos não farão falta alguma para aquele idiota engomado, isso mesmo dois cavalos, não somos idiotas de levar a carruagem e sermos reconhecidos.
Entramos na cidade, Ravina, que mesmo sendo a capital, possui uma aparência antiquada.
Seu nome provém da primeira rainha em nosso mundo, como forma de homenagem a mesma.
Vivemos em basicamente dois mundos, dimensões como queria chamar, o fato é que estamos entre e ao mesmo tempo separados dos humanos normais -por que eu me considero humano, só que mais evoluído- nosso mundo é protegido por uma barreira a muito tempo criada, talvez tenha a idade do mundo, que permite nos ocultar dos "naturais”.
Humanos e seres místicos nunca foram permitidos viverem juntos portanto permanecemos cada um no seu canto o que resultou em épocas distintas, veja somos especiais de modo que não precisamos de toda a tecnologia humana sendo que temos a magia, ou seja, mesmo estando em pleno século XXVIII com todo o avanço tecnico-científico, vivemos como no século XIX, mas nem todos os costumes dessa época são seguidos, como a questão do vestuário e a forma de se falar.
Pietro me tira dos meus devaneios ao chegarmos na joaillerie de Mercier Pierre, entramos e avistamos um senhor atrás do balcão de madeira escura.
Ele era magro com cabelos grisalhos penteados para trás, usava um óculos redondo pequeno na ponta do nariz adunco, o olhando mais detalhadamente se assemelhava a um abutre.
_Bom dia mercier Pierre. _Digo ao senhor.
_Bonjour meus jovens. Em que posso ajudá-los? _Ele diz com um sorriso cauteloso, estranho mas deve ser o fato de ter dois predadores distintos juntos a sua frente.
_Queremos vender uma jóia de família. _Digo mostrando o colar. Os olhos dele quase pulam para fora ao ver os diamantes.
_Sem dúvida é algo inestimável, mas preciso me desfazer dessa peça por questões particulares. _Digo fazendo meu teatro de bom moço desesperado.
O homem retira o pequeno óculos e o limpa com um lenço que retirou do bolso e avalia a jóia fascinado.
E após muita conversa e manipulação da parte de Pietro, pois o cara é simplesmente expert em barganha, saímos da loja com uma boa quantia nos bolsos.
Já estávamos fora da cidade conversando amenidades e decidimos apostar uma corrrida quando alguém atravessa nosso caminho correndo, um garoto, consigo parar o cavalo praticamente em cima do garoto que nesse momento está protegido nos braços de uma mulher.
_Você é louca! _Grito descendo do cavalo e prendo a respiração quando ela me encara com uma expressão de raiva. Vejo uma mistura de cores, dourado e prateado os olhos mais lindos que já encarei.
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Criada para matar
FantasyUma garota marcada pela tragédia. Katherine perdeu sua família muito cedo vítimas de um assassinato. cresceu sozinha, sem ajuda e sem carinho. A luta pela sobrevivência a tornou em um ser sem emoções. Mas a chegada de um jovem em sua vida mudará tud...