Miguel - (Degustação)

PRÓLOGO

"E fez um voto dizendo: Senhor dos Exércitos, se benignamente atenta resa aflição de tua serva, e de mim lembrares, e da tua serva não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha."– 1 Samuel 1:11

Desde que nasci, tinha duas coisas como certas. A primeira delas era meu nome, Miguel Schmitt e a segunda, era que deveria me tornar padre.Essas duas certezas não foram definidas por mim e sim impostas por minha amada mãe.

Descendente de alemães, minha mãe, dona Norma Becker Schmitt, casou-se cedo,como era de costume nas pequenas cidades de colonização alemã.Após casar-se com meu pai, o próspero agricultor Joseph Schmitt,tudo o que minha mãe desejava era uma casa confortável e uma família grande, mas isso não ocorreu.

Levou mais de cinco anos para que uma gravidez vingasse e após vários abortos antes dos três meses de gestação, a gravidez da qual eu nasci não foi fácil. Foi necessário muitos meses de repouso absoluto e muita oração, pedindo à Deus que conservasse aquele bebê.

Durante uma dessas orações, minha mãe prometeu que caso o bebê nascesse saudável, seria educado para servir a Deus. Se fosse menino, seria padre e se fosse menina, seria freira. Cresci ouvindo a respeito deste juramento e tendo a ameaça de ter a vida tirada por Deus caso não o cumprisse.

Sempre estudei em escola católica e, ao me formar no ensino médio aos dezessete anos, não havia outro caminho a seguir a não ser o seminário, e assim eu fiz. Porém, após cinco anos de estudos e,faltando apenas três para me tornar um diácono e fazer meus votos de celibato e fidelidade total a Deus, sucumbi às dúvidas e percebi que não tinha certeza quanto a minha vocação. Então com vinte e dois anos, joguei tudo para o alto e resolvi servir a Deus de outras formas. Afinal, Deus não era vingativo. Ou assim eu esperava.

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Recadinho:

Esse é apenas o pontapé inicial para que vocês conheçam o Miguel.

Com postagens fixas nas quartas, vocês vão se envolver, rir e se apaixonar pelo fofo, ingênuo e romântico Miguel, assim como irão gargalhar, odiar e amar a 'berrona', boca suja e divertidíssima Aurora.

Nos vemos na quarta.

Beijos