Bullying - Liam Payne {Terminada}

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Antes de começarem a ler, queria pedir que vissem o cover de ''little things'' que fiz com as minhas melhores amigas, obrigada e boa leitura!

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P.O.V Emily
-Mãe, cheguei!- disse entrando em casa.
Como não obtive nenhuma resposta, calculei que ela tivesse ido ao supermercado, ou ao cabeleireiro, ou até mesmo estaria a tratar da roupa.
Dei de ombros e subi as escadas duas em duas, até ao meu quarto.
Fechei a porta atrás de mim, e fiz deslizar a mochila pelos meus ombros, atirando a mesma para a cama, e coloquei com cuidado, a guitarra no chão, apoiada na parede.
Ainda nem acredito que alguém se preocupou comigo, se importou em me ajudar!
Eu e Liam ficámos bastante tempo em silêncio, mas não um silêncio constrangedor, um silêncio que dizia mais que qualquer palavra poderia dizer.
Depois de algum tempo envolvidos naquele ambiente, sem dúvida, acolhedor, eu lembrei-me que teria de vir para casa, e Liam apenas disse que também tinha outras coisas a fazer. Ele depositou um beijo na minha testa, e cada um seguiu o seu caminho.
Suspirei, relembrando os momentos, o quanto perfeitos eles foram e o quanto eu estava iludida, nestes últimos tempos.
É incrível a facilidade com que ele baralha a minha cabeça, a facilidade com que ele aquece as minhas bochechas, fazendo-me ficar corada, a facilidade com que ele me deixa feliz.

Eu realmente não quero imaginar o que seria a minha vida se nada disto tivesse acontecido! Dizem que todas as coisas da nossa vida, tem um ''porquê'' e agora eu consigo perceber porque o dizem.

Se eu não tivesse começado a sofrer bullying, eu não teria esta amizade tão forte com Liam, mas provavelmente, a minha amizade com Amy, ainda existiria.

Fico triste quando penso nisso, pois estou a passar uma fase sem duvida má, (atrevo-me a dizer péssima) da minha vida, e simplesmente Amy não está aqui para me ajudar a superar tudo isso, para me dizer que vai ficar tudo bem, quando na realidade eu sei que vai ficar tudo, menos bem.

Mas pelo contrário, Liam do meu lado, para me apoiar em tudo o que eu precisar, e fico realmente feliz, por saber que tenho alguém em quem confiar.

Os meus pensamentos foram interrompidos pelo bater da porta principal, calculei então que alguém teria chegado a casa, provavelmente a minha mãe, ou Niall, pouco provavelmente.

O meu pai nem se digna a vir a casa, e para ser sincera, nunca pensei que ele fosse capaz de fazer isso, ele levou algumas das suas roupas dias atrás, e calculo que deve vir buscar o resto mais tarde, para depois se poder mudar de casa definitivamente, e nunca mais necessitar de nos dirigir a palavra. Este não é o pai que eu conheci, que me criou, ele sempre foi uma figura materna muito importada com o bem-estar da família, e agora simplesmente faz isto?

Decidi parar de me preocupar com coisas do género, e fui ver quem á pouco tivera entrado em casa.

-Que susto!- a minha progenitora leva a sua mão ao peito depois de me ver descer as escadas, o que me fez gargalhar infinitamente

-Boa tarde também para ti!- disse quando finalmente consegui controlar a minha respiração

-Assustaste-me filha- ela andou na minha direção depositando um beijo na minha testa

- Onde foste?

- Ao café- ela respondeu rápido, retirando o casaco, e colocando o mesmo num cabide, que estava no hall de entrada

- Sozinha?

-Hum... sim!

- Tão, hum- fiz uma pausa- tão, como ei de dizer, bem vestida?- olhei-a de cima a baixo

- Sim!- ela esboçou um sorriso, e passou por mim, indo até á cozinha

Caminhei novamente até ao meu quarto, ''será que a minha mãe me anda a esconder alguma coisa?'' era a pergunta que mais predominava na minha cabeça.

Tranquei a porta atrás de mim, e fui até a ultima gaveta do meu armário, abri a mesma, desviei todas as roupas e retirei de lá a caixa. Agarrei na mesma, e sai do quarto.

-Mão, já volto!- avisei, enquanto sai de casa

Ela estava na cozinha a falar com alguém ao telefone, que não consegui perceber quem era, e o meu interesse por descobrir, era praticamente nulo.

Corri até ao caixote de lixo mais próximo de minha casa, e sem pensar duas vezes, atirei com a maldita caixa azul para o interior do mesmo, deixando escapar um suspiro.

Suspiro esse que não era de alivio, nem de tristeza, mas sim de orgulho, orgulho de mim mesma.

Fi-lo por Liam, pois tivera-lhe prometido, antes de nos despedirmos, mas sobre isso, e sobre tudo, eu prometi a mim mesma.