A noite fora longa para Hanna, apesar de adormecer no colo de seu pai, ela teve vários pesados durante a noite, tudo lhe lembrava Taylor, era complicado pensar em seguir a vida sem ele e pior ainda era não pensar. A dor consumia-lhe, era como uma navalha afiada cravada no peito, era uma sensação estranha, uma mistura de dor, saudade, falta e agonia.Hanna levantou-se com dor de cabeça e olhos inchados, banhou-se, arrumou seu cabelo cacheado e amarrou um lenço no cabelo, como de costume, vestiu uma camiseta preta e larga juntamente com um shorts desfiado e uma sapatilha, passou uma maquiagem preta e esfumada, o que disfarçou um pouco suas olheiras, pegou seu celular e seu fone de ouvido e dirigiu-se ao lago que ficava a quatro quadras de sua casa, tudo que precisava era ficar sozinha, dos seus fones ouvia-se aquela voz calma de Renato Russo cantando Catedral. Hanna cantarolava baixinho:
-Tentei dizer mas vi você tão longe de chegar mais perto de algum lugar. É deserto onde eu te encontrei você me viu passar correndo só nem pude ver que o tempo é maior olhei pra mim me vi assim tão perto de chegar onde você não está...- os olhos de Hanna transbordavam e as lágrimas começavam a roçar sua face, borrando sua maquiagem. Ao chegar no lago, a moça sentou-se na grama em beira ao lago e via seu rosto refletido na água.
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Do Outro lado da Cidade
No centro de uma sala funerária, estava o caixão preto com flores brancas e um corpo vestido com roupas de proteção de moto cross. Não haviam muitas pessoas ali, apenas alguns familiares e amigos de Taylor e sua namorada, Hanna optara por não ir a despedida, não queria recordar-se dele em um caixão. Felipe, irmão de Taylor também não se encontrava naquela sala, o menininho nem sabia do ocorrido ainda, assim como Taylor havia pedido.
Os ponteiros do relógio na parede marcavam 16:00 horas, era hora de aceitar a perda, após uma breve despedida cerimonial e muitas lágrimas a tampa do caixão foi fechada.
Seis homens vestidos em traje social carregaram o caixão preto até uma cova aos fundos do cemitério. Todos choravam baixinho, era difícil aceitar que Taylor com apenas 16 anos não estava mais entre eles. Bianca prendeu seus cabelos negros ondulados em um coque mal feito, um vestido preto cobria seu corpo até a altura dos meus joelhos, em suas mãos ela tinha uma rosa amarela, a qual jogou sobre o caixão, juntamente com um bilhete.
Após alguns minutos todos deixaram o cemitério...

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Onde Você Está?
Любовные романыUma amizade verdadeira deixa marcas pela vida inteira de quem a viveu, erros são comuns, e geralmente perdoados. Taylor e Hanna sempre compartilharam suas dores, perigos, lágrimas, e também assim como toda amizade suas paixonites, e momentos bons, o...