MEDO

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Aquelas mãos tocaram o ombro de Hanna e ela estremeceu.

-Olá princesinha, senti sua falta- disse o homem em tu tom sarcástico.

-ME DEIXE EM PAZ- gritou a menina, o medo era quase palpável em sua voz.

-Hanna, minha querida eu sinto muito pelo seu amigo...- ele dizia em um tom irônico que a dava nojo, quando foi interrompido.

-SENTE MUITO? ELE MORREU POR SUA CULPA! E AGORA VAI FAZER O QUE? VAI DEIXAR FLORES AQUI? EU TE ODEIO! VOCÊ ACABOU COM A MINHA VIDA, VOCÊ É UM MONSTRO!- Hanna chorava muito, tinha ódio e raiva do homem que lhe causava tanta dor.

-Minha querida, precisamos conversar, não quero fazer o serviço agora e co minhas próprias mãos, meu docinho- ele levantou o moletom, mostrando seu revolver. Imediatamente um nó formou-se na garganta de Hanna e ela passou a encará-lo - bem, como sabes, a regra era "Não tentem suicídio, ou todos pagarão pelo erro"- Um sorriso maléfico surgiu em seus lábios, deformando ainda mais aquela cicatriz horrível e temerosa que marcava o rosto do homem. Os olhos de Hanna fecharam-se, ela não sabia como reagir, sabia que Steven não brincava com suas palavras.

Steven tirou do seu bolso um canivete, e passou-o no ombro de Hanna, o sangue começava a escorrer, Hanna sentia a ardência do ferimento e o cheiro de sangue adentrando suas narinas, mas era preciso ser forte.

-Isso é só o começo, lindinha. Nos vemos em breve.- disse o homem retirando-se do cemitério.

Hanna deitou-se sobre o túmulo, suas lágrimas novamente começaram a rolar, e Hanna não fez questão de impedi-las, seus olhos pesavam até fecharem-se a Hanna adormecer.

Estavam ali em um extenso gramado, Hanna e Taylor, sorridentes tomando sorvete, Taylor saboreava o sabor abacaxi e Hanna seu sabor predileto, Baunilha.

-Taylor, meu sorvete está uma delicia quer provar?- disse oferecendo o sorvete a ele.

-Claro, tu sabe que não resisto a nenhum sorvete- respondeu Taylor.

Quando Taylor foi deliciar-se do sorvete de Hanna, ela simplesmente sujou a bochecha do menino com sorvete fazendo cair em sua camisa branca. Taylor a lançou um olhar furioso e logo em seguida um enorme sorriso e começou a correr atrás de Hanna, aqueles adolescentes pareciam crianças brincando, o sorriso estampado no rosto e já quase sem fôlego de tanto correr e gargalhar. Taylor a alcançou derrubando-a na grama e começou a enche-la de cócegas. Ambos estavam sujos de sorvete, Hanna perdia o ar de tanto rir, quando Taylor deitou-se ao seu lado, pegou em sua mão e lhe disse:

-Hanna, tu és a melhor amigo que alguém pode ter, eu te amo.

-Ah Taylor que romântico isso- disse Hanna rindo- Eu também te amo seu chato. Tu é o irmão mais velho que eu nunca tive.

Hanna acordou-se, já estava anoitecendo, ao levantar-se Hanna sentiu a dor em seu braço direito, lembrando-se do ferimento, olhou para o local e viu que sua blusa estava toda suja de sangue e o ferimento embora pequeno ainda ardia muito e o sangue estava coagulado, resolveu então ir para casa.


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