Hanna abriu lentamente os olhos, sua visão ainda estava um pouco turva, mas foi ficando nítida em poucos segundos. Ao levantar-se sentiu uma forte dor na região da nuca, com um pouco de esforço levantou-se, sobre a sua cama ainda estava o buquê de flores, o qual havia deixado sobre o tumulo de Taylor, e misteriosamente teria surgido ali. Hanna pegou as flores amarelas e sentiu seu doce e leve aroma. Ela não sabia ao certo quanto tempo se passara desde o desmaio, logo se recordou de que Lipe estava em casa, e provavelmente estaria com fome. Hanna pegou as flores e as levou para a cozinha, coloca-las em um recipiente com água, decidiu que as colocaria na mesa de centro da sala de estar, pelo menos até entender melhor o que estava acontecendo, no entanto aquela não era a hora certa para refletir sobre isso, pois provavelmente Lipe estava na sala, já que ela podia ouvir o som do vídeo game, quando ela chegou ao ambiente, Felipe estava lá concentrado em seu jogo, mas ao contrario do que imaginava o menino não estava sozinho. Ao seu lado estava o homem que ela mais odiava na vida, Steven, que jogava com o garoto. Assim que ela adentrou a sala, sua presença foi notada por Steven, que logo pausou o jogo de futebol, em meio a uma partida, e em seguida colocou o braço ao redor dos ombros pequeno garoto.-Olha só, a bela adormecida acordou- disse Steven com um sorriso sarcástico.
-Olá Steven- disse Hanna tentando esconder o medo.
-Hanna, o tio Steven queria falar contigo, mas você estava no quarto e não respondia e ele resolveu aguardar aqui me fazendo companhia- Quando Hanna foi largar as flores sobre a mesinha do centro Felipe reconheceu as flores- Hanna, essas flores são idênticas as que deixamos no cemitério, hoje mais cedo.
-E realmente são as mesmas flores. Elas estavam sobre a minha cama quando retornamos para casa- Hanna falou com um tom de acusação, direcionando o olhar para Steven que mantinha um sorriso frio nos lábios, deformando ainda mais a cicatriz que marcava seu rosto.
-Hanna, precisamos conversar. Felipe você pode nos dar licença?
-Lipe vá brincar com seus amigos, meu anjo- disse ela envolvendo o em um leve abraço seguido de um beijo no topo da cabeça do menino que saiu correndo para fora.
Assim que se ouviu o barulho do portão batendo, Steven teve a certeza de que agora estaria a sois com Hanna. O silencio ali presente era quase ensurdecedor, mas o foi quebrado quando Steven tocou nas delicadas flores sobre o centro da mesa.
- Encantador esse garotinho não acha? Espero que tenha mais sorte que o irmão - Steven falou de forma displicente, enquanto brincava com as pétalas de uma flor.
- Não ouse tocar no Felipe, muito menos falar no Taylor... - Hanna disse em um tom ameaçador, mas ao olhar para o homem viu que estava sendo ignorada, e sua fala foi cortada quando ele começou a falar.
-Então tu recebeste um presente, escolhido por você mesma, minha querida?- O tom sarcástico na voz de Steven causava nojo em Hanna- Eu devo admitir você realmente tem um ótimo gosto, e que quase chorei quando vi a cena do abraço choroso diante do tumulo. - Aquele sorriso psicopata permanecia no rosto de Steven, e cada vez mais crescia a vontade de Hanna cuspir na cara daquele homem escroto que lhe causara tantas dores. -Mas agora precisamos conversar minha linda- completou Steven.
-Vá direto ao assunto Steven!- Hanna falou irritada, embora tentasse esconder o medo.
-Acompanhe-me!- ordenou Steven dirigindo-se para o quarto dos pais de Hanna, que qual hesitou em acompanha-lo, mas sabia que era melhor não deixa-lo mais frustrado. Então ela o seguiu, sentindo suas pernas tremerem como varas verdes, e soando frio, prevendo o que aconteceria dentro de poucos minutos.
Ao adentrarem o quarto, Steven fechou a porta em um baque, trancando-a, e sem que Hanna pudesse reagir, em uma fração de segundos ele a arremessou sobre a cama com uma bofetada no rosto.
-Achou realmente que eu não saberia de nada, não é?- perguntou Steven em um tom rude. Hanna sabia que ele se referia a ela ter contado a Bianca - Você quis buscar ajuda novamente, e agora terá de pagar pelos seus atos e por não permanecer calada- Ele falava, olhando para o corpo de Hanna, podia-se ver o desejo aos olhos dele, e um misto de desespero e nojo nos olhos dela.
-Eu não...
- Cale a boca, depois de todos esses anos ainda não aprendeu que prefiro que fique quieta. - Steven disse rasgando a camiseta de Hanna - Fique quieta e aproveite todo o prazer que vou te dar agora.
Após sentir sua camiseta ser rasgada, e arrancada de seu corpo, Hanna sentiu a boca do homem alcançar seu pescoço, antecedida pelo ar quente da respiração dele, enquanto ele começava a tirar seu short de forma rude e brusca. Ela tentava manter sua mente afastada dali, mas a sensação de asco crescente, que fazia sentir a bílis chegar garganta, fez retornar para a consciência que Steven estava agora a observando de lingerie, e dizendo coisas obscenas que ela se negava absorver em seus ouvidos.
- Vai tirar esses, ou quer que eu os rasgue também? - Steven disse com um sorrisinho de lado - Sei que é uma putinha que gosta de força, mas não quero estragar as peças que vou levar para mais tarde.
Ele deu espaço para que ela se sentasse, para tirar o sutiã, o que ela fez tentando demorar o máximo possível, ainda na esperança de achar uma saída.
- Sua putinha, eu não pedi um strip-tease - Steven pareceu nervoso - Deixe que eu mesmo faça isso,
Ele arrancou peça de uma vez, fazendo com que a garota arqueasse o corpo, em direção a ele, que a jogou na cama, e em outro lance rápido tirou sua calcinha de renda. Depois de observa-la totalmente nua, e balançar a cabeça em afirmação, ele levou suas mãos aos seios dela, e os apertou com força. Esse gesto fez com que fosse impossível que a ela segurar a vontade crescente de vomitar, e o conteúdo do vomito voou boa parte sobre ele.
- Sua vadia nojenta imunda - O homem olhou para si sem acreditar por alguns segundos, mas então seu rosto se iluminou, como se uma ideia lhe ocorresse. Rapidamente agarrou os cabelos de Hanna, e em salto saiu da cama - Você escolheu assim, eu já devia saber que adora assim. É mesmo uma vadia.
O homem a puxou pelos cabelos a fazendo cair da cama, em um baque, e continuou a arrastando pelos cabelos até o banheiro da suíte, onde a jogou dentro do Box e ligou o chuveiro.
- Agora vou te comer do jeito que você mais gosta - Ele sorriu - E novamente ninguém vai nos atrapalhar.
Durante vários minutos seguintes, sons grotescos saíram daquele banheiro. Urros, gemidos, gritos de dor, e pedidos aflitos para que a tortura parasse, encheram a casa vazia. Uma hora depois Steven saiu do banheiro, deixando a Hanna jogada em no chão sobre uma mistura de água, sangue, e outros fluidos corporais. De sua boca apenas gemidos fracos saiam, enquanto seu algoz ia se afastando por hora.
Depois de um bom tempo, a garota se recuperou um pouco, e conseguiu ligar o chuveiro para se lavar das coisas nojentas que estivera mergulhada. Novamente se sentia imunda, suja demais para ver coisas boas. Mas o pensamento que logo o pequeno Felipe chegaria, fê-la criar força, e se envolver no roupão de sua mãe, saindo então para arrumar a bagunça que Steven tinha deixado no quarto. Aquilo não poderia continuar por mais tempo, teria que ter um basta.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Onde Você Está?
RomanceUma amizade verdadeira deixa marcas pela vida inteira de quem a viveu, erros são comuns, e geralmente perdoados. Taylor e Hanna sempre compartilharam suas dores, perigos, lágrimas, e também assim como toda amizade suas paixonites, e momentos bons, o...