Capítulo 1

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Essa noite haverá show do Evil Monsters em Los Angeles. As garotas imploraram para irmos, então aqui estou eu escolhendo uma roupa adequada para um show de rock.

Elas parecem achar sexy os roqueiros com calça rasgada e cheios de tatuagem. Não é o meu caso, pelo menos não quando os rockeiros são dos Evil Monsters. E isso porque meu pai é o vocalista.

Uau.

É eu sei. Todos falam isso quando ficam sabendo. E é tão estranho porque as dizem que meu pai é um gato, sabe ele realmente é, mas não preciso escutar das minhas amigas. Porque eu sei que se ele souber que elas o veneram ele não se preocuparia em leva-las ao paraíso do rock dentro do quarto dele. Eca, isso é nojento só de pensar!

Já basta todas as mulheres que ele traz frequentemente. E eu nem posso reclamar porque ele é muito jovem, trinta e três anos apenas, a diversão ainda está no auge. Fico feliz que minha chegada quando ele tinha só dezesseis anos não tenha tirado isso dele.

Tomo um gole de whisky antes de finalmente começar a pensar sobre a roupa.

"Indecisa?" Meu pai pergunta da porta.

Não, ele não vai brigar porque estou bebendo, nós superamos essa fase quando eu tinha treze anos. Possivelmente você acha isso precoce, mas não quando você é quase uma integrante do Evil Monsters, você está envolvida muito cedo com festas, bebidas, fumo e sexo. Eu tive minha primeira vez aos treze com Nick, filho do Doug, baterista da banda.

Não teve nada de romântico, e eu não estava apaixonada. Foi mais ele perguntando se eu gostaria de saber como a coisa funcionava e eu aceitando. Foi legal.

"Eu quero saber se eu devo parecer uma fã, ou uma integrante?" Digo ao meu pai. "E então, qual a sua escolha Ben?"

"Obviamente uma integrante." Ele diz.

Depois balança a cabeça em negativa.

"Você está levando algum cara? Ou pretende ficar com algum?" Pergunta. "Se esse for o caso não tenho certeza de que dizer que é filha do Ben Teller, do Evil Monsters seja uma boa ideia."

"Nós sempre podemos dizer que sou sua irmã mais nova." Brinco. "Se bem que da mesma maneira eles ficariam mais interessados em estar perto de você do que de mim. Mas não há um cara essa noite, talvez você se lembre que eu estou tentando essa coisa de relacionamento fixo com o Taylor, mas ele não está na cidade, o que significa que eu devo me comportar."

Ele franze a testa.

"Me diz que isso não é sério." Pede.

Pego a roupa com ar mais rebelde e caminho para o banheiro para me trocar, mas deixo uma fresta aberta para que eu possa continuar conversando lá de dentro.

"Eu sei que esse lance de relacionamento sério é complicado, mas Taylor é maduro, está na faculdade já, então, eu acho que é hora de tentar." Falo. "Gosto dessa liberdade rock''n roll, mas as vezes pode ser bom experimentar coisas novas."

O fato de ser uma adolescente rebelde não implica que eu tenha que seguir uma cartilha, certo? Porque para ser bem sincera eu detestaria seguir a cartilha rock'n roll a risca, tipo usar coturno todos os dias, ou só preto nas roupas e nos olhos. Meu senso de moda é maior do que isso.

"Bem, você pode tentar." Meu pai diz. "Desde que não se torne uma careta."

Saio do banheiro vestida.

"Eu não vou, sabe que ser uma puritana conservadora não está na minha lista de prioridades. Acho que só está na lista de coisas que eu detesto." Digo. "Que tal?"

The Lana's SongOnde histórias criam vida. Descubra agora