Capítulo 8

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É estranho como as semanas passam rápido. Já foram três desde aquela noite que voltei para casa com Will.

Como eu tinha me comprometido eu conheci os amigos dele, Rolland e Mackenzie, e esses são boas pessoas, é por isso que durante o período de aula estou com eles. Fora isso, ainda me tranco no quarto e ainda brigo com Stacey diariamente.

"Um X-Salada, uma batata media e uma soda." Entrego a ficha para Stacey. "Mesa quatro."

Essa é outra coisa que faço, atender mesas, eu combinei com Robert e Stacey um salário de meio período, não que eu precise porque a mesada do Ben vai continuar, mas eu detesto ficar em casa com Samantha.

"Vai querer atender a mesa seis que acabou de encher ou..."

Olho para lá e vejo Rolland, Mackenzie e Will.

"Eu atendo." Digo.

Pego o cardápio e levo até a mesa deles.

"Ei!" Exclamo. "Não me disseram que iam vir aqui hoje."

"Decisão de última hora." Rolland diz. "Willian conseguiu uma folga."

"Que bom. Então podem dizer seus pedidos."

Mackenzie e Rolland pedem imediatamente, mas Will parece um pouco distante olhando para o celular.

"Tudo bem Will?" Pergunto.

Ele dá um meio sorriso que não é muito a cara dele, Will não dá meio sorrisos, ou ele sorri, ou está sério.

"Eu preciso de um minuto." Ele se levanta e vai para fora da lanchonete.

"Qual o problema com ele?" Pergunto aos seus amigos.

"Hoje faz cinco anos que o pai dele morreu." Mackenzie responde. "Ele não fica muito legal nessa data. Caitlin era a única que conseguia conversar com ele."

Caitlin é a garota das drogas, eu descobri isso nas ultimas semanas.

"Eu já volto." Falo.

Entrego o pedido deles e depois vou para fora da lanchonete também, eu não sou Caitlin, mas talvez eu consiga fazer Will melhorar de humor. Isso se eu achá-lo lá fora. Talvez ele já tenha ido.

Ele está subindo na sua moto quando o vejo.

"Will!" Grito.

Como ele desiste de ligar a moto eu corro até ele.

"Aonde está indo?" Pergunto.

"Para casa, eu nem devia ter saído." Diz.

"Por causa do seu pai?" Eu digo e ele me olha curioso. "Mackenzie me disse."

"Todo dia é difícil sem ele, mas hoje, especialmente, é muito difícil de lembrar." Ele fala.

Seguro a mão dele que não está ocupada com o capacete. Eu não faço ideia de como confortar alguém que perdeu o pai tão jovem.

"Vem, conversa comigo." Digo.

Talvez tudo que ele precise é falar e eu tenho dois ouvidos muito bons para poder fazer isso. Ele me deixa guia-lo até a mureta do canteiro de plantas ao lado da lanchonete.

"Pode me falar sobre ele, sobre o que quiser."

"Você é muito ligada ao seu pai pelo que sei, então deve imaginar como deve ser difícil conviver com a ideia de que nunca mais vai poder vê-lo. É desesperador." Ele fala. "Eu estava começando a ter consciência de mundo aos doze anos, eu precisava dele para muitas coisas ainda, e então um policial entra na sua casa e diz que ele não vai voltar."

The Lana's SongOnde histórias criam vida. Descubra agora