Uma mão de Will desce por meu quadril, enquanto ele segura meu cabelo com a outra.
"Viu?" Pergunto escapando de outro beijo dele. "Eu disse que era bom dar uns amassos."
"Eu nunca disse que não era." Ele rebate.
Demorou dois dias para eu "fazer as pazes" com Will depois do fora que ele me passou na dispensa da lanchonete, mas depois de alguns bomboms, ligações e muito charme ele conseguiu me dobrar de novo. E em troca eu fiz o mesmo com ele e o convenci que ser um pouco mais ousado é bom.
Por isso estamos nos agarrando no meu carro.
"Odeio ser o estraga prazeres, mas..."
Beijo-o antes que ele termine a frase, porque sei que ele vai encerrar a noite por aqui. Aperto mais meu corpo contra o dele e seguro seu cabelo. Eu não quero deixá-lo ir hoje.
"Minha mãe acendeu a luz." Ele fala.
Olho para fora do carro e vejo a luz da sala da casa dele que não estava acesa há cinco minutos atrás.
A moto dele está no mecânico e por isso estou trazendo-o, isso e porque nos dá um momento a sós todas as noite.
"Ela sabe que você tem dezessete anos? E que é um homem, que tem hormônios, e um pênis no meio das pernas que precisa aliviar de vez em quando?" Pergunto.
"Meu Deus Lana!" Will exclama. "Você é muito direta."
"Eu sou." Afirmo. "E eu quero transar com você, se me permite ser ainda mais direta."
"Vai me ameaçar de novo dizendo que vai fazer isso com outro?" Ele pergunta.
Desisto. O clima já foi todo embora mesmo. Encosto minha cabeça no ombro dele e dou risada.
"Eu já falei que falei sem pensar." Falo. "Eu quero você, só você, é muito triste ficar imaginando como vai ser e não poder comprovar."
Will está fazendo carinho atrás dos meus cabelos e eu me sinto relaxada. Sei que estou aficionada com esse negócio de transar com ele, mas a verdade é que se Will quisesse ficar comigo só de mãos dadas, sem nem me beijar, desconfio que aceitaria, porque só estar com ele já me faz um bem incrível.
"É melhor você entrar." Digo baixinho no ombro dele.
"Não está chateada?"
"Não. Tudo bem." Afirmo. "De qualquer forma eu vou ter que dirigir um pequeno pedaço e é melhor ir antes que fique tarde."
Desço do colo dele e destravo a porta do carro. Nós dois rimos e ele sai.
"Eu te vejo amanhã, certo?"
"Aham."
Encosto a cabeça no banco e suspiro antes de rir de mim mesma. Quem diria que eu ia um dia passar por isso? Estar praticamente implorando para um cara, sem nem me sentir ridícula por isso. Sento-me direito e dirijo o carro.
Chego em casa depois das dez e meia.
"Demorou." Stacey fala quando entro.
"Eu e Will somos... alguma coisa." Falo meio sem saber o que dizer de verdade. "Nós estávamos no carro, sozinhos, aposto que já fez isso, dar uns amassos, quando era jovem."
"Lana." Ela tenta me repreender, mas falha rindo. "Se quiser comer tem lasanha, é só esquentar, eu vou para o quarto. Boa noite."
"Boa noite."
Nossa relação está muito mais leve nos últimos dias. Nós conversamos, rimos, e não brigamos.
Vou para a cozinha esquentar a lasanha, eu comi na lanchonete antes, mas é lasanha, quem recusa lasanha? Não eu.
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The Lana's Song
RomanceEra uma vez... É isso que muitas crianças escutam toda noite antes de dormir. Não era o que eu escutava. Eu escutava os ensaios exaustivos do Evil Monters ou estava nos bastidores de um dos shows deles, e isso porque Ben Teller, o vocalista, é meu p...