Capítulo 19

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"Vamos Lana, se solte." Will manda.

Eu me debato embaixo dele e como não tenho força o suficiente para me soltar, inclino-me e mordo a bochecha dele próximo ao maxilar.

Ele me morde de volta no braço.

"Chega!" Grito dando risada.

Ele solta meu braço e nós dois rimos. Lembro de quando disse a ele que namorados as vezes brincam dessas coisas, de briguinhas, de bater e morder, e é divertido, mas até então eu não sabia quão bom podia ser.

"Você tinha razão, é legal fazer isso com a minha namorada." Will diz me fazendo entender que ele está pensando na mesma coisa.

"Namorada?" Pergunto.

"Eu tenho que fazer um pedido oficial?" Ele pergunta.

Minha intenção inicial não era nem oficial e nem não oficial, era não ter um namoro, mas agora, mesmo sabendo que temos prazo de validade, eu gosto da ideia de ser namorada dele tanto gosto de Will.

"Não. Eu sou sua namorada." Falo.

Puxo a camiseta dele fazendo-o me beijar finalmente depois de muitos minutos de brincadeira. Eu realmente não estou com más intenções dessa vez, mas Will aperta minha coxa e sobe a mão por dentro do short. É a primeira vez que ele está tomando a iniciativa.

Enrosco minha outra perna ao lado do corpo dele.

"Isso está ficando bom." Digo levando meus lábios até a orelha dele.

Levo minha mão até a barra da camiseta dele e a puxo. Will precisa se sentar para me ajudar a tirá-la dele. Aproveito que estamos assim, sento no colo dele e deslizo minha mão pelo abdômen dele.

"Eu queria fazer isso desde aquele dia que te vi sem camisa." Admito.

Passo a unha de leve por ele até chegar no cós da calça dele. Will segura minha mão, mas mesmo assim insisto e desço por cima da calça o acariciando. Ele solta um pequeno suspiro.

"Não é justo eu não tocar você." Ele diz.

"Você quer?"

"Claro."

Puxo minha blusa pelos braços e pela cabeça e fico de sutiã na frente dele. Ele sobe as mãos pela lateral do meu corpo e meu corpo me trai tremendo um pouco e reagindo ao toque dele sobre minha pele. Will continua e só para as mãos quando encontra meus seios e aperta ambos.

Minhas costas se arqueiam e eu acabo empurrando-os ainda mais nas mãos grandes dele. Eu estou nervosa por alguma razão, como se eu nunca tivesse feito isso antes.

Will me deita de volta no sofá e abaixa sua cabeça até estar de frente a minha barriga, ele roça seus lábios de leve em minha pele e faz um rastro em linha reta até chegar ao meio dos meus seios e me beijar.

Suspiro, ou gemo baixo, nem sei mais.

"Tire." Peço me referindo ao sutiã.

Ele assente e seus dedos vão para o fecho.

"Willian!"

Will joga a blusa em cima de mim, para eu a vestir de novo, e depois sai de cima de mim. Antes de colocar a blusa olho para a direção que o grito de Avery veio e lá está Samantha com ela.

Dou risada.

"Sério Will? No sofá!" Avery grita. "Você tem um quarto, mas mesmo que fosse no sofá, tenho certeza que a mãe não aprovaria esse tipo de coisa dentro da nossa casa."

"Avery, desculpe." Will fala.

Visto minha blusa e encaro Samantha que parece estar em estado de choque ou está encarando Will sem camisa. Abraço-o por trás.

"Avery desculpe, a gente só se empolgou." Digo com sinceridade.

Não estava nos meu planos vir a casa do Will pela primeira vez e transar com ele no sofá.

"E você espere que eu acredite em você? O que você diz, o que você faz, vale tanto quanto você, ou seja nada." Avery fala para mim. "Você é só uma vadia que quer interferir na vida das pessoas."

"Espere, o que?" Pergunto. "Eu achei que gostasse de mim."

Avery mudou comigo do dia para a noite? Ou na hipótese mais provável Samantha colocou ela contra mim. Olho para Samantha que está tentando conter um sorriso sem muito sucesso.

"Avery Bailey!" O grito de Will ecoa pela casa quando ele pega o braço da irmã. "Peça desculpas a Lana agora."

"Não." Ela diz.

"Agora." Will repete.

"Ou o que? Vai contar para a mãe? Se toca Willian, você estava quase transando com ela no sofá, eu posso contar isso também." Avery o enfrenta.

Will solta o braço dela e a deixa ir para o quarto com Samantha.

"Eu sinto muito Lana, vou falar com ela depois." Will se desculpa comigo.

"Não, está tudo bem. De verdade mesmo." Digo e o abraço.

"Não está nada bem. Avery não tem o direito de falar assim como você."

"Que eu sou uma vadia? Ela não está muito errada amor." Falo para ele.

"O que você disse?"

Will está sorrindo e eu estou confusa, o que é aconteceu para a expressão fechada virar um sorriso no rosto dele?

"Eu disse que ela não está muito errada." Repito.

"Depois disso." Diz.

Penso bem na minha frase e só então me dei conta da palavra que usei. Amor. Eu não posso acreditar que disse isso, eu nunca chamei ninguém de amor e agora a palavra fluiu no meio de uma frase como algo natural.

"Repete. Por favor." Will pede.

Ele gostou disso de verdade, não foi?

"Venha para o sofá, amor." Falo e sorrio achando graça de como soa. "E coloque a camiseta antes que Samantha desça e coma você com os olhos de novo."

"Alguém está soando romântica e possessiva."

Will começa a dar passos até o sofá e pega sua camiseta.

"Na verdade estou soando como alguém há um passo de entrar em uma briga física com Samantha." Desabafo. "Ela está tentando veementemente tornar minha vida um inferno."

"Por que?" Ele pergunta.

Will senta-se no sofá e me puxa para o seu colo.

"Não é óbvio que ela envenenou Avery?"

"Você acha?" Will pergunta de volta.

"Sei que essa carinha de anjo engana, mas eu não te contei que foi ela que me fez ficar insegura sobre Caitlin e disse que eu só era uma substituta." Conto a ele. "Sei que a conhece a vida toda, mas ela está chateada e algumas garotas se tornam umas vadias vingativas nesses casos."

Ele fica calado, pensando e encosta cabeça no meu ombro.

"Vamos ignorar isso e então ela para. Ok?"

"Ok."

"O que acha de irmos ao cinema no sábado?" Ele pergunta mudando de assunto.

"Tipo um encontro? Parece fofo." Brinco. "E eu adoraria."

"Sabia que tinha algo de romântico ai dentro da minha namorada."

O jeito que ele fala namorada é uma mistura de carinho, de posse, de orgulho.

"Está adorando dizer isso." Noto.

"O que teria para não adorar?"

Antes que eu responda ele me joga outra vez no sofá e recomeçamos a brincadeira boba de luta.




The Lana's SongOnde histórias criam vida. Descubra agora