ENGANO

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Toca o telefone:

- Alô?

- Alô, a RÊ taí?

- É ela, quem ta falando?

- Oi RÊ, aqui é o FÊ.

- Oi Fê, come que cê tá?

- Tô bem. Eu queria vê se cê sabe por onde anda a TÊ.

- Sei sim. Ontem mesmo eu a encontrei na festa do PÊ.

- PÊ? Que PÊ?

- O mano do GÊ, aquele que é chegado na RÔ, lembra?

- Mas o PÊ não morreu?

- Esse PÊ não. Quem morreu foi o PÊ da LU.

- Ah, é mesmo! E por falar nisso, como tá a LU?

- A LU sofreu muito, mas agora tá boa, até já arranjou outro namorado, o GU. Cê manja?

- GU..., GU... Ah! Agora me lembro, é o cunhado da DÊ, aquela que faz medicina, né?

- Não, não. Esse aí é o JU, marido da ZÊ, se formou o ano passado em comunicação.

- Puxa! O JU conseguiu se formar? Como?

- Lembra da SÔ, aquela japinha cê-dê-efe?

- Sei.

- Então, ela passava cola pra ele na hora da prova.

- Mas, vamos falar sobre a TÊ, tá? Se cê encontrar com ela de novo, diz pra ela ligar pra mim, OK?

- UE, cê não tem telefone aí na república, eu tô no apê da VI.

- Pô, FÊ! Então cê mentiu pra gente.

- Cê deve tá enganada, eu nunca falei que morava em república.

- O quê? Cê tá me chamando de mentirosa? Pois fique sabendo que cê que é mentiroso.

- Pô, vê se não enche, Renata!

- Renata? Mas aqui quem tá falando é a REGINA.

- Regina? Então foi engano, me desculpe.

- Mas então quem é você?

- Fernando.

- Fernando? Cê me desculpa também, pensei que fosse o FERREIRA.

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