TUDO MENOS POESIA

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Amanheceu. Olavo acordou com os raios de sol em seu rosto, esfregou os olhos com as costas das mãos e levantou. Caminhou em direção a janela. Olhou para o mar, olhou para o sol, olhou para a vida.

Sentiu necessidade de um poesia, uma poesia que refletisse toda a beleza daquela manhã. Sentou se a máquina de escrever e começou a pensar, pensar, pensar...

Tinha o mar, o sol, a vida, a máquina, mas não tinha a poesia.

Entardeceu. Olavo resolve sair de casa, sentou se no banco da praça. Olhou para as pombas, olhou para as flores, olhou para a vida.

Sentiu necessidade de uma poesia, uma poesia que refletisse toda beleza daquela tarde. Colocou o papel sobre o colo e começou a pensar, pensar, pensar...

Tinha as pombas, as flores a vida, o papel, mas não tinha a poesia.

Anoiteceu. Olavo voltou para casa, caminhou novamente até a janela. Olhou para a lua, olhou para as estrelas, olhou para a vida.

Sentiu necessidade de uma poesia, uma poesia que refletisse toda beleza daquela noite. Voltou a máquina e começou a pensar, pensar, pensar...

Tinha alua, as estrelas, a vida, a máquina, mas não tinha a poesia.

Adormeceu.

Amanheceu. Olavo acordou com os raios de sol em seu rosto, esfregou os olhos com as costas das mãos e levantou. Caminhou em direção a janela. Fechou as cortinas e voltou a dormir.

Sonhou, sonhou, sonhou...

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