Ainda embriagada pelo sono, ela estava.
Lutava para se manter acordada até o final do terceiro filme consecutivo.
Eu ria por dentro do tamanho 'sacrifício' que ela fazia pra me agradar.
Peguei o controle e desliguei a TV, ela se assustou e piscou demasiadas vezes.
- Por que desligastes ? - Questionou. - Estava tão bom. - Mentiu; colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.
Tão cabeça dura, mas o amor tinha invadido sua alma, lhe fazendo abrir mão de qualquer coisa.
Ela não havia se declarado, mas o fato era que eu estava longe de ser ingênuo.
Garota dos olhos grandes, e do sorriso timido, do olhar curioso, e do corpo desejavel.
Conheciamos há dois ou três anos; me tornei melhor amigo dela, e ela a minha única amiga. Não queria estragar isso, talvez fosse bobeira de nossa cabeça não.
- Ai! - Reclamei assim que levei uma almofadada na cara. Ela não se conteu e começou a rir.
A empurrei de leve, à fazendo cair no sofá rindo ainda mais.
- Você não me dava atenção. - Respondeu dando de ombros e arrumando o cabelo em seguida.
- Vamos, vou leva-la. - Eu disse levantando do sofá, ela fez o mesmo.
E descemos até a garagem e entramos no carro
Ela colocou uma das músicas que tanto gostava, e começou a cantar alto como sempre.
- Desde o dia em que eu te vi. - Cantou ou melhor gritou. - Continua Rodrigo. - Ela virou-se para mim com a mão fechada e a encostou perto de minha boca representando um microfone.
Eu balançava a cabeça em negativa enquanto ria de sua atitude.
Ela logo voltou a cantar, e sorria.
Ela era demasiada linda, e eu adorava teu jeito todo louco, espontâneo, sem medo.
Ela era determinada, marrenta, mas eu adorava tudo nela; até o jeito maluco que dançava quando estava apenas de baby doll.
Olhei de novo pra ela, que ainda cantava, envolvida na música; teus olhos tinham um brilho próprio, algo diferente.
- Loura Demasiada linda - Pensei comigo.
O problema era a moça ser minha melhor amiga, a única principalmente.
Como eu poderia ?
E se não desse certo ?
Poderia acabar com a amizade.
Jhenny era do tipo que queria sacanagem comigo, mas sacanagem pura, com direito á pergunta ' tá doendo? ' bem baixinho ao seu ouvido.
E eu não era assim, nunca fui com ninguém.
Chegamos em sua casa mais rápido do que eu imaginava.
Ela começou a tirar o sinto; ela iria me dar um beijo no rosto, me mandar ter juízo, agradecer por tê-la trazido em casa e sair do carro.
Ah, e claro, sorrir uma última vez ao entrar em casa para mim.
Era sempre assim.
- Juízo Rodrigo. - Ela disse brincalhona; e se aproximou para me o beijo no rosto que sempre me dava. Porém, eu virei o resto e beijei-lhe a tua boca.
Entreabrir seus lábios, e a beijei de forma tão doce e lenta.
Seus lábios tinham gosto de framboesa, eu adorava framboesa.
Ela retribuiu o beijo, e passou a sua mão por meu peito até chegar a minha nuca e fez carinho ali. Teu gesto fez um arrepio percorrer minha espinha.
E nenhum palavra encontrei para descrever o efeito dele sobre mim.
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Contos
RomanceEste livro trará vários contos, a cada capitulo um romance diferente cheio de emoção. Conheça as várias vidas, as personalidades, e os amores à cada capitulo.