Sem receios, por favor. Sem Receios

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- Diga-me de uma vez! - Eu exigi. Ela balançou a cabeça em exaspero, como se tentasse ao máximo expulsar a hipótese de me dizer a verdade. - Vamos Eliza. Eu quero ... - Pede outra vez, desta vez passei minhas mãos por seu rosto, enxugando as lágrimas que caiam de seus olhos. Ela engoliu em seco, e olhou para o lado desviando seus olhos dos meus. Eu a soltei, e me virei de costas para ela. Passei minhas mãos por meus cabelos claramente irritado, inconformado; fechei uma de minhas mãos em punho na parede.


Está era a segunda vez, que eu a tentava fazer confessar, mas como na outra vez ela não cedia. Tinha medo, receio; mesmo depoia de um ano e meio.


Se eu encontrasse com aquele desgraçado, o faria pagar por tê-la feito sofrer da tal maneira. Até hoje ela sofria, não por saudades dele - disto eu sabia - Ela sofria, se arrependia amargamente pelo fato de ter se entregado tanto à o que achou ser um amor, quando o cara só à queria por desejo.


Mas não foi tudo só assim, ele à ganhou, ele à conquistou, e ela ... menina boba; tão boba na época.


Ele à largou, a deixando com suspeita de estar gravida.


Ele se desesperou, não só pelo fato da suposta criança, mas pelo fato de depois de tantas e tantas juras de amor, ele à ter abandonado.


Alguns de seus amigos tinham à alertado sobre ele só quere-la usar, brincar e depois ir embora. Ela ria daqui. E quem não riria ? Ela estava apaixonada, e quando se está apaixonado não se haje com a cabeça, mas se é guiado pelo coração. Ficamos cegos, e perdidos. Nossos caminhos são guiados por vozes, que acreditamos que nos levará para o paraiso, mas que nos leva lá para baixo.


Ela não havia ficado gravida, e isto foi-lhe um alivio.


Tempos depois eu a encontrei, numa festa, ela estava demasiada linda: Salto alto, saia justa e uma blusa preta que chamava à atenção, e foi isso que ela fez, me chamou à atenção.


Eliza me ganhou de primeira, de uma forma arrebatadora.


Ela sorria, e dançava na pista com as amigas, nada de garotos; ela só queria se divetir, sem ninguém para à encher. Foi o que ela me disse quando tentei chegar nela.


Modo errado, mas eu não desistiria.


Encontrei ela novamente em outras festas, eu apenas a observava a distância; o modo como dançava, de forma doce e envolvente.


Os cabelos caíndo sobre seu rosto; uma menina despreocupada, mas responsavel. Foi tudo que ela passava.


Lembro-me que ela parou de dançar e foi até o bar pedir algo para beber, e então lhe apareceu um otário; mesmo a distância peecebe que ela o dispensou com um simples não. Mas ele não desistiu, e começou a aperta-la no balcão, enquanto sua mão começava a passear pelo corpo dela.


Eu vi o desespero em seus olhos, suas amigas dançavam, a boate estava demasiada cheia, a música alta.


Ela o tentou afastar, mas ele era forte demais, foi aí que não me contive. Como poderia ?


Em um piscar de olhos eu estava ao seu lado, ela me olhou assustada; ela havia me reconhecido, e isto me deu ainda mais ânimo


- Aí, caí fora cara. - Ele mandou, começando a beijar o pescoço dela, que tentava desesperadamente se afastar dele.


- Hoje não é seu dia de sorte. - Alertei-o. Ele me olhou por cima do ombro, não perde tempo, e o arranquei de cima dela, o jogando sobre algumas pessoas que nos olharam feio. Não me importei. Ele se levantou, e veio rapidamente até mim; esperei que ele atacasse, e ele o fez, tentando acertar um soco em meu rosto, fui rapido o suficiente para desviar do mesmo. Ele passou direto, por causa da força exercida.


A adrenalina gritava dentro de mim.


Ele iria pagar! - Jurei.


Antes que ele percebesse o arranquei do meio da multidão ao qual havia meio que caído, lhe soquei a cara várias vezes, e demasiado sangue saia de seu nariz e de sua boca. O empurrei, fazendo que ele caísse sobre uma pequena mesa, onde havia vários coquetéis. Ainda não havia acabado, apesar dele já estar péssimo. Comecei a caminhar em sua direção, mas fui empedido, por dois caras enormes que me seguravam demasiadamente forte.


Eram os seguranças da boate.


Os malditos haviam aparecido, e agora me levavam para fora da boate; me empurraram porta à fora, me xingaram, e deram ordem para eu não voltar mais.


Comecei a caminhar, ainda estava furioso com aquele maldito, mas havia lhe dado uma boa surra. Eu estava preocupado com ela, não sabia se ela estava bem, se ele havia machucado ela. E isto era o que mais me atormentava.


Finalmente encontrei minha moto, coloquei o capacete, e subi na mesma.


- Espera! - Gritou.


Olhei para trás, e lá estava ela, com os olhos manchados pela maquiagem borrada, devia ter chorado e por isso havia borrado a mesma.


Odiei ainda mais aquele desgraçado pelo fato de à ter feito chorar.


Tirei o capacete e desci da moto, ela começou a dar passos em minha direção, e parou em minha frente, e voltou seu olhar para o meu rosto. Ela de perto era ainda mais linda.


E sem dizer nenhuma outra palavra, me abraçou. Não sei ao certo quanto tempo ficamos daquela forma, mas fora o melhor abraço que ganhei.


Lembro-me que à levei para casa naquele dia, nos tornamos amigos desde então, melhores amigos. Ela era ainda mais impressionante do que eu achava. Mas depois de um ano de todo aquele acontecimento, do inicio de minha amizade, eu me declarei. Lhe disse o quanto eu era demasiado apaixonado por ela.


Mas ela?


Eu sabia que Eliza poderia gostar de mim, mais do que bons amigos, mas também sabia que ela se contia, que ela não se permitia se entregar à esta paixão, à este amor, à mim.


E pela segunda vez, eu gritei naquela noite dizendo que a amava, que era apaixonado por ela desde que a conheci, o quer realmente era verdade. Mas Eliza ?


Eliza tinha medo, tinha traumas do passado por causa do ex-namorado, tinha medo de estragar nossa amizade, tinha medo de se entregar à mim, ao amor que eu sentia por ela.


Cortava-me o coração, ela não me querer.

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