Estava uma tempestade lá fora; chovia forte como não chovia há muito tempo.
Nem o jogo de futebol que passava no televisor conseguia concentrar minha atenção. Eu não sabia se me arrependeria do que havia feito há pouco menos de uma hora. Hagi como um moleque qualquer, quebrando todo o nosso vinculo daquele quase relacionamento com uma simples curta,rispida e rude mensagem. Mas estavámos apenas ficando, ficando há pouco mais de um mês, e apesar do pouco tempo, eu estava me envolvendo demais.
Desliguei a TV, baguncei os cabelos exasperado e suspirei pesadamente deixando meu corpo cair desajeitadamente no sofá outra vez.
Batidas fortes na porta soaram junto com mais um trovão; levantei-me devagar e claramente irritado, mas seja quem for estava com pressa porque pela força parecia que ia derrubar a porta; abri a porta de vez com qualquer resposta para dispensar quem quer que fosse, mas palavra alguma não saiu de minha boca ao vê-la sem guarda-chuva nenhum, estava toda molhada e brava, claramente brava comigo. Ainda na porta ela colocou o dedo em meu peito e me encarou nos olhos
- Agora diz na minha cara o que você falou por uma mensagem. Diz na minha cara agora! - Gritou pra mim; a garota era mais maluca do que eu pensava, ela realmente tinha vindo atrás de respostas ou de uma simples explicação.
- Você veio andando nesse temporal ? - Perguntei incrédulo.
- Isso não tem impor... -
- Entra você está encharcada, literalmente encharcada. - à interrompe puxando ela pelo braço; ela até tentou resistir. - Vem, me deixa tirar esse casaco. -
- Eu estou aqui para conversar! - Gritou outra vez
- É o que estamos fazendo, não ? Agora pare de gritar, e tira a porcaria do casaco. - Mandei; ela me olhou irradiando raiva, eu sustentei o seu olhar e logo ela cedeu e começou a tira-lo; dei a volta e terminei de ajuda-la. Ela respirou fundo várias vezes, até que se virou para me encarar. Ela envolveu seus braços ao redor de seu corpo que insistia em tremer essecivamente por estar toda molhada há sabe lá quanto tempo ela devia estar andando na chuva. Sua calça, seus cabelos, seus sapatos estavam tudo encharcado da chuva.
- Dá pra me dar uma simples explic... - Ela começou a dizer suavemente, mas parou assim que lhe dei as costas e subi as escadas à largando lá na sala. - Vais me deixar falando sozinha ?! - Gritou brava outra vez. Peguei uma toalha, uma coberta, uma blusa de frio minha, e uma calça de moletom - se ela puchasse o cordão poderia não ficar caindo na cintura, apesar de que ficaria grande nela, mas este seria o menor dos problemas -
Assim que terminei de descer as escadas ela arremessou um de seus sapatos e se eu não tivesse me jogado ao chão teria acertado em cheio ao meu rosto.
- Qual o seu problema ? - Perguntei incredulo enquanto me levantava.
- Dá pra você me escutar por um minuto ?! - Gritou ela outra vez, brava, furiosa enquanto eu apanhava as coisas que tinha deixado cair ao chão.
- Dá pra você tomar um banho quente antes ? -
- Eu não quero tomar banho nenhum, então dá pra você conversar comigo e eu vou embora e desapareço da droga da sua vida - Disse outra vez irradiando raiva.
- Então tira a droga da sua roupa e eu converso com você. - Propus. Ela arqueou as sobrancelhas e quando iria abrir a boca pra gritar comigo outra vez, joguei o cobertor e todo o resto em cima do sofá. - Tira a porcaria da roupa - Mandei outra vez. Ela cruzou os braços sobre o peito e me encarou com um sorriso de canto no rosto. Avancei em direção à ela que assustada abaixou a guarda; passei as mãos por suas costas e comecei a puxar a camisa, ela apertou minha cintura e aquelas malditas unhas afundaram em minha pele. - Levanta a droga dos braços - Mandei.
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Contos
RomanceEste livro trará vários contos, a cada capitulo um romance diferente cheio de emoção. Conheça as várias vidas, as personalidades, e os amores à cada capitulo.