Universo 1
- 2052 -
Flashes de câmeras cegavam a visão de Aiden.
O garoto de apenas 23 anos estava estampado nos jornais de todo mundo. Nos últimos tempos nada nem ninguém fora tão genial. Os noticiários de TV de todo o lugar de cada pedaço desse planeta, não importava a fonte, estavam naquela coletiva de imprensa o qual Aiden mais alguns parceiros de laboratório tiveram a decência de organizar, para anunciar seu grande feito. O enorme auditório do Instituto de Ciência M.A, abria as portas para qualquer sangue suga de notícia que estava disposto a fazer perguntas, alguns apenas eram de blogues pequenos, porém outros eram de revistas dedicadas só a ciência, e aquela entrevista valia ouro.
- Pessoas de todo mundo... - falou Ross ao microfone. O diretor e dono do grandioso Instituto que fundara à vários anos atrás, pela primeira vez teve algo que lhe trouxesse orgulho. O homem ao seus plenos 37 anos de idade já tinha em seus cabelos lisos pequenos fios brancos cobertos pela tinta preta que já estava desbotando. Suas rugas surgiam aos montes pela a preocupação com o seu Instituto falido. Ross iria despedir todos e fechar aquele prédio um dia redigido de sonhos, pena que sonho nenhum paga as contas. Até que gloriosamente como um milagre Aiden apareceu ali. Um genial garoto que só permanecia parado em frente as grandes portas do Instituto por causa de toda a pressão de seu pai. O terno bem arrumado todo preto de Ross o servia bem, ajeitou a gravata cinza e arrumou sua postura. Sorria com os braços abertos, não continha a felicidade, e nem queria conter. - Presencie o inventor da máquina do tempo!
Todos aplaudiram e vieram mais flashes.
Aiden se levantou de uma das cadeiras que ali dispuseram para ele e mais 2 colegas sentarem ao longo da entrevista. Com os olhos um pouco fechados desconfortável com todas aquelas luzes, andava com a mão sob o rosto até o meio do palco. O cientista jovem que nem jaleco usava tentava dar seu melhor sorriso. Não era bom com simpatia, Ross fazia esse trabalho por ele. Cumprimentou o diretor e se pôs no lugar dele em frente ao microfone.
- Aqui, no meu pulso está o bracelete temporal - disse Aiden levantando o braço para que todos vissem o objeto prateado feito de metal massivo. Aquilo demorou anos de pesquisa e trabalho. Com certeza esperavam algo mais rústico, como aquelas bugigangas enormes de filmes que retratam a viagem no tempo ou uma caixa telefônica azul, nunca esperariam que a futura máquina do tempo se reduziria a um bracelete. - Isso é o resultado de anos que finalmente valeram a pena!
- Como sabe que funciona? - gritou alguém que Aiden não conseguia enxergar. A pessoa dona da voz estridente se levantou para que o garoto pudesse vê-lo com mais clareza.
- Nós testamos em vários objetos...
- Mas são apenas objetos! - gritou outra pessoa, que também se levantou, dessa vez uma mulher. Aiden começara a ficar nervoso, público nunca foi seu forte, e dali já previa uma grande multidão fazendo inúmeras perguntas. Pingos de suor por conta da timidez e o nervosismo caiam sob sua testa. Não que ele tivesse algum tipo de problema hormonal que causasse tal coisa em níveis alarmantes, mas que normalmente ao estarem nervosas com algo, pessoas suam.
Aiden mexia nas mãos geladas que mantinha atrás de si.
Ficam inquietas.
- É-é, não, e-eu já ten-tentei com alguns an-animais...
Problemas na fala.
- Ratos de laboratório? Como espera que um organismo simples de um ratinho branco tenha a mesma função que um corpo complexo humano? - falou a mesma mulher que se pronunciou antes. Permanecia em pé com a postura impecável. Mesmo que esteja ali fazendo uma entrevista sobre viagem no tempo, não parecia acreditar muito que isso finalmente seria possível. Talvez só tenha ido naquela coletiva apenas por uns trocados a mais, nada "em nome da ciência".
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Paradoxo
Science FictionTudo começa em 2052. Foi aberta uma coletiva de imprensa para anunciar a criação da primeira máquina do tempo. Uma coisa que antes todos achavam praticamente impossível. Em um ato involuntário, Aiden Jay Collins, criador da máquina, planeja viajar...