Universo 1
- 2052 -
E se o acelerador de partículas de Ed fosse as vendas?
Ross pensava na questão que tomou sua mente durante todo o tempo de teste, O que Ed faria com o acelerador de partículas agora que ele certamente funciona? Não poderia apenas deixar a ideia com sigo, isso chegaria à ser egoísmo, uma invenção desse porte e não colaborar com o mundo? Fora de questão. Mas o que exatamente faria com aquela mini-máquinha estonteante e genial? Claro, aquilo era praticamente sua tese de Doutorado, e só? Apenas isto? Ross não aceitava.
Era 4 e 36 da tarde e o sol já se escondia entre as nuvens de cores variadas entre laranja e azul arroxeado, o ar estava começando a ficar frio e o no jardim só sobraram Ross, Ed, Mika e Tayler. Mika o ajudava à retirar a cadeira e todos os objetos que foram vítima do acelerador já haviam sido retirados por Tayler, garota usava o mesmo vestido preto de mais cedo e não parava de sorrir pelo sucesso do amigo. Tayler não usava jaleco, era como Aiden que também se recusava a vestir, conversava com Ed em um canto distante de Ross, segurava a prancheta de Mika e anotava algumas coisas em uma folha azul. O homem andou até os dois garotos e sorriu ao se juntar a eles.
- Parabéns - disse Ross dando uns fracos tapinhas no ombro de Ed - Bela invenção.
- Obrigado senhor, foi uma honra o ter como espectador. - disse sorrindo. Ross fez menção para Tayler os deixar sozinhos, o garoto depois de um tempo entendeu o sinal e foi de encontro a Mika que mexia em algo no celular.
- E agora? - perguntou ele, cruzou os braços na altura do peito e estreitou os olhos - Quer dizer... a máquina funciona, o que pretende fazer com ela?
- Bom, ela era uma ideia maluca, no começo era só uma brincadeira mas agora a registro como a tese do meu Doutorado. - disse pondo as mãos trêmulas no bolso do jaleco branco.
- Não pretende fazer mais nada com a máquina?
- Como o quê? - Ross pensava que Ed estava de brincadeira, mas seu tom era de pura dúvida e a única coisa que o homem pensava era "VOCÊ CONSTRUIU O PRIMEIRO TELETRANSPORTE DO MUNDO E AINDA ME PERGUNTA O QUE PODERIA FAZER COM ELE?" Ross sorriu gentilmente e o olhou em seus olhos verdes claros.
- Poderíamos vender.
Universo 2
- 2072 -
- Destruir a máquina.
- O.k, isso faz sentido - disse Lia - O que acontece depois?
Aiden a olhou em desespero interno, o que iria falar agora? Não podia dizer a real resposta para aquela pergunta. Olhou para os amigos no sofá em frente à ele esperando que eles o ajudasse, mas vendo que os mesmos também não queriam dar a notícia, decidiu apenas inventar alguma resposta. Suspirou. Voltou sua atenção para Lia que esperava ansiosa alguma coisa que a tirasse daquele estado, a curiosidade se acumulava dentro dela e a demora para que ela soubesse descia queimando como ácido pela sua garganta. Ela já esperava o pior.
- Não importa agora. - Aiden disse apenas sem muito alarme. Como se tivessem levado um susto, Tayler e Mika acordaram de seus devaneios subitamente e soltaram o ar que prendiam em perfeita sincronização, olharam um na cara do outro já sabendo o que pensavam. Tayler apenas acenou de cabeça como se Mika tivesse contado algo telepaticamente, ela sorriu e se virou para Aiden.
- Os braceletes não funcionam - Tayler se pronunciou secando as mãos suadas na calça jeans - Eram só protótipos.
- Eu estava pensando a mesma coisa - Aiden apoiou o antebraço nos joelhos e se aproximou deles - E já tenho uma solução.
- Tudo na ponta da língua, não? - Aiden sentiu um tom desafiador na voz de Lia, a garota semicerrou os olhos - Qual o plano garotão?
Mika tentou conter o riso, mas Tayler nem pensou nisso, após ouvir o que Lia tinha dito se fez em gargalhadas altas e roucas. Aiden riu fraco e olhou para os próprios tênis. Pensou que em meio aquele desastre, o senso de humor dos amigos não tinha mudado, ou é apenas o sistema nervoso tentando relaxar a tensão que desabou nas costas deles. De qualquer forma estavam rindo, e isso, era bom.
- Garotão? - ele repetiu voltando sua atenção dos pés para o rosto de Lia, abriu um sorriso sem graça e viu a garota ruborizar encolhendo os ombros. Ela o encarou e por um momento Aiden pensou que estavam sozinhos na sala. Tudo desaparecera e aquele brilho castanho profundo era a única coisa que focava sua visão. Lia sorriu e involuntariamente ele sorriu de volta. Seu coração se acelerou e naquele momento, quis abraça-la. Foi a sensação mais estranha da sua vida.
- Eu elaboro outro mais aceitável na próxima vez. - Lia disse rindo de si própria desviando a atenção para qualquer lugar da sala já voltando a cor branca novamente.
- O.k... - Mika disse voltando ao estado normal, respirou fundo e soltou o último riso, baixo e curto - O que vamos fazer?
- Bom, não sei se é o mais correto, o que com toda a certeza não é - ele olhou para Mika com um sorriso de canto - Vamos comer.
Olharam para Aiden em dúvida. "Essa era a sua grande ideia? Genial". E pensando bem no assunto, para o momento, comer alguma coisa era bem mais aceitável do que o real plano na cabeça de Aiden. Tayler desfez a expressão de dúvida e relaxou no sofá.
- O que vamos pedir?
- Pizza - disse Lia, puxou do bolso da calça um panfleto que encontrou em algum lugar da cozinha - É desse ano, então faz sentido pedirmos, certo?
- Me dá isso - Mika pediu e Lia jogou o panfleto azul em forma de bola amassada. Mika se levantou do sofá até um telefone fixo no hall da sala - Me surpreende ainda ter um telefone fixo, estamos em 2072.
- Me surpreende você já não ter ligado pra pedir a pizza. - disse Tayler à provocando com um sorriso brincalhão. Mika revirou os olhos e começou a discar os números.
- Oi, alô? Sim. Er...pepperoni. Grande. Isso. Como? O quê? 10 segundos? Mas... - Mika tirou o telefone da orelha e nos olhou assustada e surpresa, mesclados em uma expressão irreconhecível - Eles disseram que era pra contar até 10.
- O que? Por que?
Antes mesmo que alguém pudesse formular alguma teoria sobre o que Mika tinha dito, um homem com o uniforme amarelo e laranja apareceu no meio da sala puxando lugar sob o vácuo que ali estava e distorcendo a realidade, se materializando em pé. Sem barulho. Sem luzes. Não era uma máquina do tempo. Todos estavam perplexos com caras de possíveis idiotas para o entregador de pizza. Era 2072. Tudo é possível. Até mesmo um acelerador de partículas. Teletransporte. E pra aquele cara era algo completamente comum e rotineiro.
- O total é £39.
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Então gente, explicando...
1) Esse capítulo ficou bem pequeno porque estou planejando um Especial, sem muitos detalhes se não estraga a surpresa kshdusskak
2) PARADOXO CHEGOU À 1K ESTOU PULANDO DE ALEGRIA. Sério, eu nunca imaginei um número assim, eu só postei essa história porque a ideia martelava na minha cabeça à tempos! Sério, muito obrigada mesmo, À TODOS!
3) Eu estava sem contato total com o Wattpad, entrei por menos de 10 minutos para editar os capítulos e atualizar algumas coisas.
É só isso gente, já sabem, votem, comentem, e divulguem apenas é claro SE QUISER!!!
Beijos Amoras e...
Até o próximo!
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Paradoxo
Ficção CientíficaTudo começa em 2052. Foi aberta uma coletiva de imprensa para anunciar a criação da primeira máquina do tempo. Uma coisa que antes todos achavam praticamente impossível. Em um ato involuntário, Aiden Jay Collins, criador da máquina, planeja viajar...