Capítulo 7

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Ainda sentada no chão, já não choro mais. Ouço meu celular tocar e vejo o numero de Julie. Respiro fundo e atendo.

- Julie.

- Está com ele ou já chegou em casa? - decido não contar nada para ela agora. Se eu contar ela vai querer vir para cá e faz tempo que ela não vê sua mãe. Decido mentir.

- Acabei de chegar em casa.

- E como foi? Do que vocês conversaram? Acha que tem alguma chance de acontecer alguma coisa entre vocês?

- Julie, eu estou com dor de cabeça e a gente acabou que nem conversou por muito tempo. Amanhã a gente se fala, eu te conto tudo.

- Ahh... - ela fala um pouco triste. - Então te vejo amanha. Toma um remédio pra dor de cabeça passar.

- Certo. Beijo.

- Beijo.

Não gosto de mentir para Julie, a gente sempre conta tudo uma para outra, mas foi preciso. Amanhã já estarei "recuperada", e contarei tudo para ela. A atitude de Alex não sai de minha cabeça e o que me deixa pior, é saber que eu estava gostando dele.

Alguma coisa despertou em mim assim que o vi, desde a primeira vez. Levanto-me indo para o meu quarto, tiro minha roupa e coloco uma camisola. Não sei por quanto tempo fiquei pensando em Alex, nem sei que horas fui dormir.

Só sei que acordei assustada com a campainha que tocava varias vezes sem parar, olho no relógio e vejo que são duas horas da manhã. Vou até a porta depressa e pergunto quem é, mas, não tenho resposta.

- É você Julie? - a pessoa não responde, espero uns minutos e existe somente um silêncio. Vou devagar até a porta. - Se não falar quem é, não abrirei a porta! - falo com raiva.

- Sou eu Jane!- afasto-me da porta rapidamente.

- Alex? - sussurro paralisada.

- Abre essa porta, por favor. - sua voz ecoa pela porta.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto.

- Quero conversar. - ele suspira quando fala.

- Não tenho nada para conversar com você.

- Por favor... Abre a porta.

- Porque você acha que eu deveria abrir essa porta? - minha voz sai num tom raivoso.

- Por que eu não vou sair daqui. Vou ficar aqui até você abri-la. - sua voz está calma, diferente de horas atrás. - Só quero conversar... Abre.

- Você pode falar o que quiser, eu estou te ouvindo. - fingo não ter importância.

- Droga Jane! Eu quero te ver...

- Mas eu não quero vê você. - cruzo meus braços.

- Desculpa tá? - ele grita do outro lado. Encaro a porta. Não imaginava que depois do que aconteceu, ele viesse atrás de mim para se desculpar. Demoro alguns minutos em silêncio e ele grita meu nome.

- Jane!

- Você quer conversar?

- Sim. - ele faz uma pausa. - Mas preciso te ver.

Fico na duvida se abro ou não. Eu sei que não deveria abrir, mas também quero saber o que ele quer conversar. Sem falar que ele pediu desculpas e isso já é um bom começo de conversa.

Ando devagar até a porta e lentamente destranco, abrindo devagar. Olho pra ele que parece cansado e arrependido do que fez. Meu coração acelera e respiro fundo tentando me manter de pé, não posso deixar isso me afetar. Mantenho uma postura séria, limpo a garganta e falo.

- O que quer?

- Me deixa entrar.

- Você agiu como um idiota, por algo que nem mesmo sei o porquê. Se você tem uma boa explicação, estou ouvindo.

- Não vai me deixar entrar?

- Nós já estamos nos vendo, eu posso te ouvir perfeitamente, se quer conversar, pode começar a falar daí...

- Olha eu... Eu não sei o que deu em mim...

- Essa é sua explicação? - começo a fecha a porta de novo, mas ele coloca o pé impedindo. Olho para ele, que coloca mais força e abre a porta. Dou uns passos para trás e ele entra.

- Eu não deixei você entrar! - abafo minha voz perdendo o controle.

- Me desculpe pelo o que aconteceu.

- Você já me pediu desculpas... E eu aceito. Se for só isso, pode ir embora.

- Não vou embora. Eu preciso de você. - ele sussurra.

- O que? - minha voz quase não sai.

- Preciso de você agora.

Ele diminuiu a distancia que existia entre nós, me pegando pela cintura. Seu beijo exigente me fez se sentir viva e eu logo correspondi. A sensação de estar nos braços dele era tão boa, que não pensei em mais nada, apenas nele, no que estava acontecendo.

Sua mão deslizou pelas minhas costas me fazendo arrepiar, ele me apertou mais em seu corpo beijando meu pescoço. Arqueei meu pescoço para que Alex tivesse mais acesso, era tão bom ter seus lábios sobre minha pele.

De repente ele me pega pelos braços me levando até meu quarto. Deitou-me na cama ficando em cima de mim, senti seu corpo pesado, mas não me importei e toquei seus cabelos macios o puxando mais para mim.

- Eu preciso de você. - ele apertou o quadril com força contra o meu. - Pode sentir o quanto que eu preciso de você?

- Sim - sussurrei.

Meu corpo estava em chamas. Ele tirou sua calça, pegando do bolso uma camisinha, logo depois tirou a blusa e admirei seu corpo nu. Depois ele tirou minha camisola assim como a calcinha me deixando completamente nua, meu coração bate tão rápido que parece que vai explodir. Vejo em seus olhos desejo e admiração.

- Você é tão linda... - sussurrou ofegante.

Quando sua mão enfim tocou meu seio, gemi. Ele estremeceu em cima de mim. Sua boca agora mordiscava meu seio e eu queria mais. Alex parou para colocar a camisinha e devagar, bem devagar o senti entrando em meu corpo. Apertei seus braços com força e gemi alto. Ele então entrou e saiu devagar algumas vezes, isso estava me torturando.

- Mais rápido... - pedi ofegante e ele faz o que peço prontamente.

- Quero satisfazer todos os seus desejos. - sua voz rouca me faz o desejar ainda mais.

Senti o prazer começar a chegar, nossos corpos estavam suados. Ele manteve seus olhos fechados, mas quando meu sexo se apertou em torno dele, ele os abriu. Me vi em seus olhos, parecia que o mundo tinha parado. E o que antes era apenas duvida, agora eu tinha certeza, nas profundezas de seus olhos azuis e obscuros, eu me apaixonei.

- Deixe vir Jane. - ele murmurou contra meus lábios.

Agarrei suas costas e o arranhei com minhas unhas. Gritei seu nome enquanto liberava meu prazer. Logo depois foi a vez dele. Seu corpo caiu em cima de mim e eu o abracei. Ele beijou meu pescoço e lentamente saiu.

Deitou-se na cama ao meu lado e me abraçou. Senti sua respiração forte em minha nuca. Nunca me senti tão viva, tão completa. Nesse exato momento descobri que eu estava apaixonada por Alex, e agora, esperava com todas as minhas forças que ele estivesse por mim também.


Com Amor, Alex - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora