Capítulo 15

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Depois do banho me sentei na cama. Passei um tempo assim, nem sei ao certo o que eu pensava, ou se pensava em algo, só sei que a imagem de Lucas me atacando, vinha várias vezes em minha mente e por várias vezes tentei entender o que aconteceu. Com a blusa de Alex que já servia como um pijama para mim, deitei na cama em uma tentativa de descansar minha mente, no entanto a falta de Alex batia em mim, ele ainda não havia aparecido desde a hora que chegamos

Olhei no relógio verificando que estávamos com um novo dia e resolvi ir a sua procura. A porta do seu escritório estava um pouco aberta, ele falava com alguém no telefone. Não consegui ouvir muita coisa, pois ele falava baixo.

- Eu quero fazer isso logo, o mais rápido possível. Procure o... - não entendi mais o restante do que ele falava, mas ouvi outras frases. - Preciso saber o que está acontecendo... Sim, com muita frequência... As vezes é insuportável... Quero isso o quanto antes...

Ouvi quando desligou e jogou o celular na mesa. Abri a porta devagar, ele estava sentado bem a vontade em sua poltrona e a cabeça estava baixa. Havia uma garrafa de uísque pela metade em cima da mesa, quando ele levantou a cabeça, vi seu rosto suavizar e ele dar um leve sorriso tímido.

- Oi... - entrei e fui em sua direção.

- Ei... Como você está? - havia preocupação na sua voz, dei a volta na mesa indo me sentar-se em seu colo.

- Bem... E você? - eu falava baixo.

- Melhor agora. - falou me apertando em seus braços.

- Sinto muito pelo vestido de sua mãe.

- Não sinta. Você não teve culpa do que aconteceu. - sua voz era dura. - Foi aquele imbecil.

- Lucas.

- O quê?

- O nome dele é Lucas. - digo baixo.

- Você o conhece? - percebo uma pouco de raiva em sua voz.

- Ele é meu ex-namorado. O mesmo homem que foi na reunião buscar os avós... - ele pega o copo com uísque e toma de uma vez.

- Então eu deveria ter matado ele.

- Não... Não fala isso.

- Como você foi namorar com um cara desses? - ele pergunta indignado.

- Lucas não era assim... Não sei o que deu nele para agir daquela forma.

- Está defendendo ele?

- É claro que não. - digo em um suspiro cansado.

- Porque não me disse no dia da reunião?

- Porque não era importante.

- Se quiser voltar pra ele...

- Alex! - repreendo-o. - Mas que droga! - olho-o e ele parece surpreso. - Não estou defendendo ninguém e nem quero voltar com ninguém. Pare de ser infantil!

- Agora estou sendo infantil?

- Ah quer saber? Sei nem o que vim fazer aqui... Você estava melhor sozinho. - tento me levantar, mas ele me segura.

- Não, não...Não vai Jane. Tá, estou sendo infantil. - olho séria para ele. - Isso é novo para mim. Tenta entender... Prometo que não acontecerá novamente.

- O problema não é você ter ciúmes, é você insinuar algo errado de mim.

- Não farei mais isso, prometo. - ele diz e beija minha mão.

- Tudo bem. - beijo seu pescoço e sinto-o relaxar. Deito minha cabeça em seu peito e ele me abraça. Ficamos assim por alguns minutos.

- Quando cheguei aqui, eu vi que você estava no telefone... - Alex fica tenso e seus músculos retrair. - Não ouvi quase nada. Só ouvi algo que você precisava "saber o que está acontecendo" e "está acontecendo com frequência", enfim... - ele pega o uísque da mesa e bebe. - Quer me contar alguma coisa?

Com Amor, Alex - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora