É difícil acreditar no que vejo. Alex está sentado em um sofá no fundo da boate, parece cansado e está sério, uma mulher em seu colo despeja beijos em seu pescoço e faz carinho em seu braço. Em um momento ela tenta beija-lo na boca, mas ele vira o rosto me encontrando.
Um nó se forma em minha garganta e me seguro para não ir até ele. Seus olhos parecem surpresos enquanto o meu é de pura dor e desprezo. Como ele pode me esquecer tão rápido? Vejo-o falar meu nome e uma lagrima involuntária cai em meu rosto. Viro de volta para o balcão e pego a champanhe ali em cima, saindo correndo da boate.
Sinto o ar frio de Londres bater contra meu corpo me congelando por dentro. Corro o mais rápido que posso até não ter mais fôlego. As lágrimas inundam meus olhos e meu pulmão clama por ar. Londres estava escura, fria e atipicamente silenciosa.
Aos poucos, começo a sentir gotas de chuvas cair em mim e me sento em um banquinho segurando o champanhe que peguei. As poucas pessoas que estão ali, me olham como se eu fosse uma louca e se afastam indo embora. O celular vibra em minha perna e vejo que é Julie ligando.
- Alô! - minha voz sai grossa e arrastada devido à bebida que tomei e ao choro.
- Onde você está? Já te procurei a boate inteira! - ela diz preocupada.
- Eu vi o babaca do Alex... Acredita nisso? Ele estava com outra! - riu e choro ao mesmo tempo.
- Certo. Agora me fala onde você está.
- Nossa... Quanta sensibilidade Julie.
- Jane Clark, onde você está!? - ela ordena e suspiro.
- Tô em frente aquela loja que a gente sempre vem comprar roupas. - aponto para a loja como se ela pudesse ver. - Vo-você acredita, acredita que ele estava com outra mulher?
- Fica aí que eu chego já.
- O que? - grito no celular. O barulho da musica na boate está tão alta, que até para escutar Julie é dificil.
- Fica aí! Eu vou te buscar, chego em cinco minutos.
- Julie eu essstou bem, tá? Eu quero ficar sozinha e daqui a pouco vou pra casa.
- Não acho uma boa ideia. - ela diz e escuto a voz de um homem que não reconheço.
- Preciso de um tempo sozinha. Me entende vai... Oh, tem até um taxi aqui em frente, daqui uns dez minutos vou para casa. - minto.
- Jane, não! Fica ai que...
- Aproveita a festa. Te amo.
Desligo rápido e coloco celular na bota novamente. O celular vibra de novo e dessa vez desligo. A chuva vai aumentando gradativamente e bebo mais do champanhe gelado, que me deixa com mais frio, mas eu não estou nem um pouco ligando para isso.
Encolho minhas pernas junto ao peito e enterro a cabeça entre os joelhos, deixando a garrafa de lado. Com o passar dos minutos a chuva cai mais forte e parece que a cada pingo meu corpo treme assim como meus dentes batendo uns contra os outros.
- Jane? - escuto a voz de Alex e não levanto minha cabeça. O que ele faz aqui? - Por Deus Jane, saia dessa chuva. - ele grita e levanto minha cabeça.
- V-vai embo-ora. - falo com dificuldade.
- Que droga Jane! Está tentando se matar? - ele grita com raiva.
- O-o que foi? - tento falar alto, mas não consigo. - Veio rir da idiota aqui seu b-babaca?
- Mas é claro que não! - o vejo tremer de frio também.
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Com Amor, Alex - Livro 1
ChickLitConteúdo Adulto (+18) COMPLETO NA AMAZON Ela acredita em amor verdadeiro. Ele é mulherengo, nunca se relacionou. Ela é garçonete de uma cafeteira. Ele dono de uma empresa renomada. Ela gosta de receber flores. Ele gosta de deixar bilhetes... "...