Capítulo 6

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Fiquei admirada com o restaurante. Era muito bonito e tinha um tapete vermelho estendido até a entrada. Alex segura minha mão novamente e andamos até um rapaz que sorrir assim que o vê.

- Alexander! - ele estende a mão para Alex que pega com firmeza.

- Como vai Mateus! Estou vendo que a inauguração está sendo um sucesso.

- Melhor não poderia estar, e você tem uma parcela nisso.

- Só fiz o meu trabalho. - Alex sorrir para o homem. - Essa é a senhorita Jane Clark, minha acompanhante.

- Boa noite senhorita Clark! Espero que você tenha uma boa recepção aqui. - ele diz e eu agradeço. - A mesa de vocês já está pronta, vou pedir para alguém levá-los até lá.

Ele chama alguém e uma mulher elegante de vestido preto até os joelhos aparece. Ela fica sem jeito quando vê Alex e riu mentalmente.

Não sou só eu que fico nervosa perto dele. A mulher nos leva até uma mesa em um canto reservado do restaurante, sentamos e rapidamente um garçom aparece. Alex faz nossos pedidos pedindo que ele traga logo o vinho. Lembro-me do homem da entrada do restaurante e inicio uma conversa.

- O cara que nos recebeu disse que você 'tem uma parcela' nisso - imito o homem falando e Alex rir. - O que ele quis dizer?

- Eu desenhei esse restaurante. - ele diz orgulhoso.

- Não brinca... - ele balança a negativamente me dizendo que não está brincando. - Você é arquiteto? - pergunto curiosa.

- Sim. Sou dono da empresa 'Tuner's Desing'.

- É bastante conhecida... - ele afirma e continuo. - Como começou?

- Meu pai era o dono e desde criança ele me ensinou a entrar para os negócios.

- Seu pai acertou em cheio então.

- É, eu gostava de ficar com ele no escritório, ir a reuniões, mas meu pai era um homem bastante exigente e quando me tornei adolescente só queria saber de festas.

- Isso é bem sua cara... - digo baixo, mas ele escuta e cerra os olhos. Dou de ombros me desculpando com um sorriso. - Desculpe, continue.

- Continuando... Quando ele morreu, todos esperavam muito de mim e como filho único, a empresa seria minha, eu teria que dar as ordens. No começo eu não liguei, coloquei alguém de confiança para trabalhar no meu lugar, mas depois de uns acontecimentos... - seu olhar fica perdido. - Resolvi tomar as rédeas da empresa e estou nisso até hoje.

Ele falava calmo, seguro das palavras que dizia e eu ouvi atentamente.

- Sinto muito por seu pai. - digo lamentando sua perda.

- Isso foi há muito tempo. - o garçom chega deixando o vinho já aberto na mesa.

- Há quanto tempo?

- Uns oito anos atrás. Eu tinha 20 anos, quando ele morreu. - ele coloca o vinho nas taças.

- Você falou de uns acontecimentos, o que aconteceu? - ele fica um pouco incomodado com minha pergunta.

- Não quero falar sobre isso. Talvez outra hora. - ele bebe um pouco do vinho.

- Tudo bem... - tomo um gole do meu vinho observando-o. - Você disse que só queria saber de festas, e agora? Isso mudou? - pergunto desviando aquele assunto.

- Podemos dizer que sim. - ele sorrir.

- Por quê?

- Me tornei um homem reservado.

Com Amor, Alex - Livro 1 Onde histórias criam vida. Descubra agora