- Me chamo Kevin.
Há dois anos fui preso por um crime que não cometi.
Perdi tudo o que eu mais amava no mundo.
Tudo por causa da escuridao.
Vou lhe esplicar melhor...Eu havia acabado de me mudar pra Nova York.
Minha esposa Sarah e minha filha Katty estavam contentes com o nosso apartamento.Katty, sempre foi muito sozinha. não tinha muitos amiguinhos,e era comum que inventasse alguns para brincar.
Certo dia,ela estava em seu quarto com uma amiga imaginária a qual chamava de "Kallie".
Ela dizia que Kallie morava embaixo da janela e que tinha 16 anos.
Geralmente,Katty dizia que seus "amiguinhos" moravam conosco e dormiam em seu quarto,e eram sempre crianças (e uma vez ela inventou um monstrinho.) Que tinham a sua idade.
Achei estranho que Katty inventasse alguém mais velho,mas não dei muita importancia,afinal,era apenas uma amiga imaginária.
Logo estaríamos no play ground dando adeus a ela,como fizemos com os outros.
***Eu estava de folga, e o dia estava frio e chuvoso.
Estávamos no quarto de Katty,ela adorava quando eu me juntava aos seus brinquedos para tomar chá.-Não se sente aí papai! - Katty grita,ao ver que ia me sentar em uma cadeirinha,ao lado de seus ursinhos.
-Por que não querida? Não vou incomodar seus convidados,eu juro. - Disse,alimentando a brincadeira.
- Não é isso, o senhor pode tomar chá conosco. Mas se não vê, esse lugar já está ocupado.
- Jura? Oh! me desculpe senhorita. - disse levando as mãos a boca com uma surpresa mal encenada.
- Quem está sentado ali?- sussurrei para Katty, como se seus brinquedos pudessem me ouvir. Adorava alimentar a imaginação de minha princesinha.-Kallie. - ela sussura de volta - Kallie está sentada ali. Ela é a nova amiga que disse papai.- ela diz,voltando ao tom de voz normal.
-Ah! É claro! Como pude me esquecer!?- dou um leve tapa na testa ao dizer a ultima frase. - Perdão,Senhorita Kallie - faço um leve aceno de cabeça em direção à cadeira vazia onde, segundo Katty,Kallie estava sentada.
- Papai,eu sei que não pode ver ela. - Katty diz,fazendo careta de desaprovação.
- Como sabe?
-Porque sou a única que pode vê-la.-Você me pegou.-faço-lhe cócegas- Como é a sua amiguinha? Pode descrevê-la? - pergunto em tom risonho.
Então Katty leva-me para o closet, pedindo licença educadamente à seus brinquedos.
Ao chegarmos,ela sussurra:- Ela é estranha papai.- faz uma careta.
-Estranha como? - sussurro também,para não estragar a brincadeira.
- Ela é bem mais velha que eu, disse que tem 16 anos.
Ela usa maquiagem como a mamãe,mas usa-a estranhamente borrada nos olhos.
E também usa blusa com mangas grandes,e sempre lava os braços.. o tempo todo. - Katty faz uma pausa,e inclina a cabeça para o lado- Sua cabeça pende para o lado papai,o pescoço dela deve doer.
Ela não fala muito,sempre olha para um ponto fixo,atrás de mim. Nunca para o meu rosto. Ela mora debaixo da janela.
Brinco com ela,porque o senhor Jack - o ursinho de pelúcia - a viu triste perto da janela e disse que seria educado chama-la para tomar chá com a gente. Então ela vem,todas as tardes. Ela não faz nada,só fica olhando para o nada.
As vezes me dá medo.Tudo o que Katty me disse me assustou um pouco,decidi não contar à Sarah. Ela já tinha muito com o que se preocupar.
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APARTAMENTO 703
ParanormalKevin foi preso injustamente,acusado de matar sua própria filha Katty, de 7 anos. Segundo a polícia, ele a jogou da janela de seu apartamento no 7° andar de um prédio em Nova York,NY. A notícia da morte espalhou-se rápidamente,e do mesmo jeito foi...