Capítulo 11 ❤️

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Um tempo depois...
         
LUCAS

   Já fazia um tempo que eu e Luna estávamos orando, então acho que chegou a hora de eu a pedir em namoro.
   Hoje seria um dia perfeito, domingo de almoço, essa era minha deixa.

LUNA

   Um tempo havia se passado, Camila havia sumido. Cássia tem ficado triste. Eu e Lucas estamos tão bem!
   Desci para receber Lucas, ele iria almoçar conosco hoje, almoço de domingo.
   Nós sentamos na mesa que estava cheia de comida.
    -Bom, eu preciso dizer algo- Lucas começou.- Sabe senhor João, a um tempo eu e Luna estamos orando e sabe, surgiu um sentimento. E eu não vou prolongar. Senhor João, eu posso namorar sua filha? - ele fez o pedido . Espera... ELE FEZ O PEDIDO AAAAA.
    -Olha por mim tudo bem, agora você tem que ver com ela! - papai falou sorrindo.
    -Eu aceito, é claro que aceito!- respondi animada.
   Lucas me abraçou e me deu um beijo na testa.
   Mais tarde recebi uma mensagem de Leonardo.

   -"Oi Luna, é que eu queria ir na igreja hoje!"
   -"Oh, claro! Será um prazer."
   -"Tudo bem se eu for junto com você?"- perguntou
   -"Tudo bem sim! Passei aqui para me encontrar 18:30!".

   Mais tarde Lucas foi para casa e nos encontraríamos mais tarde na igreja, dormi um pouco no sofá e quando acordei já eram 18:00. Eu estava bem atrasada talvez.
   Me arrumei bem rápido e meu celular tocou, mensagem de Leonardo avisando que estaria me esperando em frente minha casa.
   Ao sair encontrei seu carro.
    -Então podemos ir?- perguntou
   Entramos no carro e fomos. Notei que Leonardo não estava indo no caminha da igreja.
    -Onde estamos indo? - perguntei.
    -A um lugar legal moça, você vai gostar- ele riu e fiquei com medo.
    -Eu não quero ir!- disse já com medo
    -Eu não lhe perguntei nada! - ele dirigia e colocava a mão na minha coxa. Eu estava sentindo tanto medo.
    -Eu quero descer!- pedi desesperada
    -Fica calada!
   Uma luz forte afundou meus olhos, e a partir dali, não pude ver, nem sentir mais nada.
LUCAS

  Eu estava no culto e foi quando meu celular começou a tocar.
    -Boa Noite, eu gostaria de falar com o senhor Lucas- uma voz desconhecida disse atrás da linha.
    -É ele.
    -Você reconhece Luna Barone?- perguntou.
    -Sim, eu conheço!- falei meio aflito.
    -Pode vir ao hospital agora?- perguntou e foi quando meu coração se partiu.
   Peguei o meu carro e dirigi rápido até o hospital para ver Luna, meu coração estava aflito e preocupado.
    -Onde está Luna?- perguntei em uma balcão para uma moça que usava jaleco, provavelmente uma médica, talvez uma enfermeira, mas seu crachá não disfarçava quando li "Fisioterapeuta".
    -Você quem é? - perguntou tranquila.
    -Sou Lucas, eu sou namorado da Luna- falei muito aflito e chorando.
    -Espere aqui, vou chamar o doutor Júnior! - disse e foi caminhando para um corredor longo, o de talvez eu não poderia entrar. Lembrei da minha carteirinha de estudante de medicina, talvez aquilo me ajudaria a ver Luna o mais rápido.
    -Ei, você pode me ajudar? - perguntei para uma moça que estava sentada em frente ao computador na recepção.
    -O que precisa?- perguntou sem ao menos olhar em meus olhos.
    -Eu estou procurando minha namorada, disseram que para mim vir para cá. Olha eu sou estudante de medicina, talvez minha carteirinha possa ajudar? - perguntei tentando me controlar.
    -Senhor, você precisa esperar a chegada do médico responsável- ela respondeu novamente sem olhar em meus olhos, como se não se importasse.
   Olhei para as pessoas que estavam a minha volta, tinha apenas uma família esperando na recepção da emergência, o pai, um menina que aparentava ter em torno de 10 anos, um menino que parecia ter entre 3 a 5 anos, que estava chorando, mas chorando em silêncio e a mulher ao seu lado, que poderia ser a mãe ou madrasta das crianças. Olhei novamente para a mulher da recepção, ela me parecia concentrada, quando cheguei mais próximo do seu computador notei que estava aberto em uma página de uma rede social, Facebook, ou Twitter, talvez. O sangue subiu sobre minhas veias sanguíneas e me irritei.
    -VOCÊ PODE FAZER O FAVOR DE ME ATENDER? A MINHA NAMORADA PODE ESTAR AÍ SOFRENDO SEM NINGUÉM PERTO DELA! E VOCÊ NÃO SE IMPORTA COM NADA! - gritei sem pensar em quem estava ao lado.
    -Hey cara, relaxa - o pai de família chegou perto e me olhou.
    -Eu preciso ver minha namorada, eu estou preocupada!- eu expliquei ao senhor.
    -Senhor, você precisa esperar a chegada do médico- a recepcionista continuou dizendo sem olhar em nossos olhos.
    -Hey, que tipo de emergência é essa?!- o pai de família se exaltou.- O rapaz precisa de notícia e a senhora está apenas olhando para o computador!- ele também se irritou.
    -Senhor, eu não posso fazer nada! - a recepcionista não olhava em nossos olhos ainda.
    -O que está acontecendo Kássia? - um senhor com um jaleco e com roupas sociais chegou perguntando.
    -Olha... Eu- ela tentou se explicar mas ele fez menção para ela se calar.
    -Vejo que no seu computador tem uma rede social aberta, é para isso que estou lhe pagando?!- perguntou autoritário.
    -Não senhor- ela respondeu envergonhada.
    -Então, o que estão precisando?- perguntou o senhor com jaleco.
    -Minha namorada, me disseram para vir para cá, uma médica com jaleco saiu e não voltou, disse que chamaria um médico chamado Júnior, e sua secretária parece não se preocupar com a situação!- expliquei tentando me acalmar.
    -Meu filho, ele chora de dor, e não aparece nenhuma enfermeira aqui para ajudar! Qual é o problema do seu hospital? Sabe que pago todos os dias por este hospital não é?! - o pai de família se explicou.
    -UMA ENFERMEIRA! - O homem ordenou e logo apareceram várias enfermeiras.- Leve esse garoto para uma sala de emergência agora!- ordenou e a enfermeira foi até a criança com a mãe.
    -Obrigado senhor!- o pai de família agradeceu, me fez um "tchau" com os olhos e eu assenti.
    -E você? Vamos encontrar sua namorada de pressa.
    Fomos andando por um corredor longo. O senhor olhava para mim e viu a carteirinha na minha mão.
     -Estudante de medicina? - perguntou.
     -Sim, é meu último ano.- respondi olhando para frente.
     -Parabens por isso!
     -Muito obrigado!
    Paramos em frente a uma sala a ao abrir a porta lá estava Luna, cheia de aparelhos ligando ela. Seu cabelo estava penteado apesar da sua situação. Ao chegar mais perto peguei sua mão, que estava gelada. Sua bochecha estava pálida. Pálpebras fechadas como quem esteve ficado três dias sem dormir e agora havia tomado a grande decisão de descansar.
     -Ela sofreu um acidente de carro.- um médico disse colocando a mão em seu ombro.- ela está só dormindo, pode acordar a qualquer momento, mas é 80% de chances que ela tenha sequelas.- o médico disse cabisbaixo. Eu não olhava para o médico, apenas sentia sua mãe gelada sobre a minha, suas unhas estavam pintadas de rosa, um rosa bem delicada, cor que uma garota de sete escolhe para pintar um desenho na escola.- Bom, vou deixá-los a sós. Os médicos disseram e saíram.
    Ver Luna daquele jeito havia feito meu coração doer, eu poderia totalmente me entregar no lugar dela para aquilo. Em seus braços tinham muitas agulhas, soro para hidratar, dramin para dor e algumas vitaminas.
    Peguei o celular e enviei mensagem para a dona Teresa, que disse que viria com o marido o mais rápido possível. Foi difícil dar a notícia para eles, mais difícil do que saber do que estava acontecendo, era dizer, explicar doía depois.
    Voltei a olhar para mão de Luna que parecia ter ganhado força, pois a senti apertar.
     -Luna?- perguntei esperançoso.
     -Lucas? Onde você está? Por que as luzes estão desligadas?

CONTÍNUA...
  
  
   
 

1º| Eu Sou Cristã : Sou Filha Do Rei E Herdeira De Suas Promessas Onde histórias criam vida. Descubra agora