Piloto.

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Essa história não é minha, ela pertence ao Luizinho 2 da CDC.
Este é um dos melhores contos de lá.
Ela já foi postada aqui mas foi retirada, vou começar a posta-la aqui agora.
Espero q gostem tanto qnto eu gosto dela.

Link: http://www.casadoscontos.com.br/perfil/177504

***

Acordar, significado: ato de despertar do sono. Para minha pessoa significar a pior coisa do mundo, exagero não a pior mais empata. Estava de férias, alias não tenho mais aula, terminei a escola. Ok, mas tenho que levantar. Esse será meu ultimo dia aqui nessa casa, nesse quarto e nessa cama.

Será mesmo que eu quero ir morar com uma família desconhecida? Certo que eles são meus tios, mais não os vejo já faz muito tempo. Lembro-me que eles eram estranhos. Minha mãe tem receio de eu ir morar com eles, coisa de mãe. Mas

essa foi uma decisão muito pensada.

Minha tia Clara é irmã dela, ela é uma pessoa boa, apesar de me lembrar pouco dela. Mas o que sempre me intrigou foi o marido dela, o tio Ronaldo. Ele é estranho, parece que saiu de uns daqueles filmes de terror. Eles têm dois filhos, desses não me lembro, sei que é um casal, a Sofia, e o Douglas.

- Filho vem ajudar a mamãe- grita minha mãe da cozinha.

Minha mãe é minha heroína, sou filho único. Meu pai morreu quando eu tinha dois anos. Ele teve câncer. Então ela teve que ser virar sozinha, entre o trabalho e o serviço de casa. Mas sempre achei que minha mãe se dedicava demais para me criar. Nunca arrumou um namorado, e nem queria, ela fala que o único homem na vida dela era eu. Mas agora eu iria embora, e ela ia ficar sozinha, e não sabia como ela iria fazer.

Eu nesses últimos dias ando depressivo, ela também estar. Sempre fomos nós dois. E agora eu estava mais uma vez chorando, ando fazendo muito isso.

- Se não me ouviu...

Ela falou ao entrar no quarto, mas parou quando me viu chorando. Sua expressão mudou para preocupada.

- Meu amor, por que estar chorando?

Eu odiava que ela me visse chorar, caramba, era só 500 km de distancia dela. Eu tinha que me foca na ideia que ganhei

uma bolsa, que vou entrar numa ótima universidade, e que apesar da saudade nós teríamos que enfrentar isso.

- Desculpe mãe, mas eu não sei se vou conseguir - falei entre as lagrimas.

Ela sentou na cama, e me abraçou. Molhei seu ombro com meu choro, e percebi que ela também estava chorando.

- Eu te amo mãe.

- E eu te amo mais meu anjo.

E nos abraçamos mais forte ainda, nessa hora queria desfazer todas minhas malas e nunca mais sair de perto dela.

- Meu amor eu te falei que você pode voltar à hora que você quiser, aqui tem faculdade boa perto. Fica assim não, todo feriado e férias você vai vir para me ver.

Ela me falou numa voz calma, que sempre usava para me acalmar, e como magica abrir um sorriso.

- Agora vem me ajudar com as compras.

Segredos De Um Estranho (Luizinho 2) Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora