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O fim de semana e o feriado passaram muito rápidos. Pude matar a saudade da minha mãe e dos meus amigos. Só que minha mãe percebeu que eu não estava feliz.

-Querido, você não ta gostando de lá? Quer voltar embora? –Ela perguntou olhando para mim, estávamos jantando, já era domingo, fazia um dia que tinha chegado, ia embora somente na terça, mas percebi que iria passar muito rápido.

-Ah mãe, meus tios e a Sofia são ótimos comigo, me trata super bem, e até fiz amigos lá. Mas vou se sincero com você, não to bem. Mas eu quero continuar.

-Tem certeza amor? Eu já te falei que quando quiser…

-Sim mãe, se eu quiser eu veio embora, só que quero tentar mais um pouco. –Abrir um sorriso, fazendo-a sorrir também.

Eu tinha visto todos meus amigos, eles estavam me esperando em casa quando eu cheguei de viagem, puder ver todos.

Não vi a Mônica, o André disse que ela tinha seguido em frente, e eu fiquei feliz por isso.

Realmente me fez muito bem voltar para minha cidade, eu estava esquecendo quem eu realmente era, os meus sonhos e minhas prioridades. Percebi que Campinas, e as pessoas de lá estavam me fazendo ser alguém diferente. Mas eu ia lutar para continuar o mesmo Luiz de sempre, e nada iria conseguir me mudar.

Sobre o Douglas, eu evitei em pensar nele o máximo possível, mas quando chegava à noite e colocava minha cabeça no travesseiro, eu me pegava pensando nele, de tudo que aconteceu. Eu o amava isso era verdade, comprovei quando nós beijamos. Mas eu não sabia o que fazer. Então sempre tentava matem minha cabeça ocupada.

Já era segunda feira, tinha ido jogar futebol com meus amigos, eu estava com saudades disso. Volto para casa e abro a porta e grito minha mãe. Eu estava todo suando e sem camisa.

Ela me chama, devia está na sala. Eu vou lá ver, mas me deparo com uma assombração na minha sala, sentando no sofá, e ainda comendo os biscoitos junto com minha mãe. Eu estava branco, apavorado, pisquei os olhos para ver se era ele mesmo.

-O que… o que faz aqui? –Falei, e ele me olhava com uma cara de malicia, e ainda mastigando os biscoitos, o seu maxilar era muito másculo e sua barba estava rala o fazendo ficar mais lindo ainda.

-Luizinho, cadê seus modos? O seu primo Douglas veio aqui te buscar. –Minha mãe fala.

-Me buscar? Como assim? –Falei confuso. E ele finalmente engoliu, e não vou negar que desejei que ele engasgasse com o biscoito.

-Sim priminho, eu vi te buscar, e ainda conhecer essa cidade que você tanto fala. –Ele falou dando um sorriso para minha mãe, que ficou vermelha.

-O Douglinhas não é um amor, Luizinho? –Minha mãe falou toda cheia, sobre o Douglas, e ele abriu mais o sorriso lindo que ele tinha.

-É, ele é um amor mesmo mãe. –Falei de canto de boca, com a cara feia.

-Bom filho, amanha vocês vão embora, hoje vão andar e conhecer a cidade juntos.

Eu amava minha mãe, mas quase a mandei para o inferno. Alias queria que o Douglas fosse para lá. Como ele pode fazer isso comigo, tínhamos combinado dele me esperar. Ele me olhar e sentir que ele queria ficar a sós comigo. E isso me intrigava.

-É… vou tomar um banho, depois saiu com o “Douglinhas”, ta bom. –Sai de lá batendo os pés.

Depois de me arrumar, eu volto para a sala. Ele estava vendo as minhas fotos antigas com minha mãe.

-Olha como ele era lindo, ele odiava roupa, só vivia pelado. -Minha mãe mostrou uma foto minha quando eu tinha uns 4 anos, eu estava pelado. Minha vergonha estava completa.

Segredos De Um Estranho (Luizinho 2) Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora