Show Beneficente

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Pego o panfleto e resolvo ler.
"Show beneficente para o natal. Todo dinheiro arrecadado será doado para instituições de caridade.
Com a presença de alguns famosos surpresas.
Não deixe de vir prestigiar!
Apresentações:
Chris Routh
Megan Vier
Fátima Fath
Gabriel Host
Sarah Trend
Savanna BH
Cara Bele
Devan Douth
Janne Preston
Zoine Zath
Melissa Young."
Melissa Young. Gelo.
Emma se senta no sofá, e pega o planfeto.
- Ta nervosa porquê? Já fez isso milhões de vezes.
- Não em Londres! -digo.
- Ah, vai dar tudo certo. - Emma diz e olha o panfleto. - Melissa Young, não é que aquele gay horrendo conseguiu mesmo.
- Sim. - digo - Vamos comer algo. Estou faminta, e são - olho para o relógio em meu pulso. - OMG, três horas da tarde!
- Que horas começa o evento? - Emma pergunta.
Pego o panfleto e verifico.
- Às 21:00hrs.
Emma revira os olhos e deita novamente no sofanorme (sofá + enorme).
- Esse fuso está me matando! - ela diz.
- A mim também. Mas precisamos comer.

Duas horas depois Emma e eu já comemos. Estamos deitados na cama, e estou afinando meu violão. Oh my God, estou tão nervosa!
- Ainda não sei que música tocar, ainda não sei com que roupa ir, não sei se vão gostar de mim, não sei nem onde é o local! - digo.
- Não se desespera, Sr Amargura. O local qualquer taxista da Inglaterra sabe. A roupa veremos depois, com certeza irão gostar de ti, e a música... Mel, já ta na hora de apresentar algo seu ao público. - Emma diz.
- Quer dizer, uma composição minha? Não! Nunca.
- Mel, pense bem. Londres é um recomeço pra você, certo? Tem que começar tudo do zero, amiga. Você é cantora, cante suas músicas.
Abaixo a cabeça, e quando levanto, Emma está com um sorriso.
- O que foi? - pergunto-lhe.
- Cante True Single.
- Fala sério, aquela música é tão deprê.
- Mas é verdadeira. - Emma diz. - Melissa Young, você vai cantar ela e ponto final!
- Okay, você venceu. Que horas tem? - pergunto.
- Cinco e meia da tarde, porquê?
- Vamos curtir um pouco Londres, por isso.
Emma sorri.
Descemos até a recepção do hotel e a primeira coisa que vejo é a pior coisa (pessoa) do mundo: Gina está sentada no saguão do hotel com todas as suas malas rosas cintilantes com o cabelo estranhamente bagunçado quase chorando.
Emma e eu começamos a rir e vamos até ela.
- Foi atropelada por um caminhão de purpurina gata? - pergunto e ela se enraivece.
- Ah calem a boca! - ela fala. E fica calada e estranha.
- O gato comeu a língua? - Emma fala.
- Eu não sei falar inglês. - Gina fala e abaixa a cabeça.
Emma e eu e rimos.
- Cadê seu tradutorzinho?
- Ele fugiu com metade do meu dinheiro, e agora não sei... o que fazer.
Emma e eu nos entreolhamos e caímos na gargalhada.
- Ah, calem a boca suas manés pobres! - Gina fala.
- Olha garota eu ia até ajudar você, mas infelizmente temos que aproveitar Londres e não se hospede nesse hotel, tem ratos aqui. - falo e saio a procura de um táxi com Emma. Pegamos o primeiro que aparece.
- Para uma loja de carro, por favor. - digo sorrindo e Emma me olha.
- Vai comprar um carro? Uau, sério? - ela diz.
- Vou. - respondo - E você escolhe.

Depois de um tempo, já compramos o carro. Um Porsche, azul escuro de 2015.
- Ainda não estou acreditando. Nosso primeiro carro. - Emma diz sorridente.
- Quer dirigir primeiro? - pergunto.
- Não. Dirige você. O carro é seu, e além do mais eu não decorei o mapa de Londres como você. - ela diz e olha o painel do carro. - Oh meu Deus, Mel. São sete e meia.
- Partiu casa. - digo e vamos pro hotel, que por um tempo chamaremos pra casa.
Depois de meia hora chegamos no hotel e corremos pela recepção até o elevador.
Vemos Gina conversando com Salu.
- Rachas, olha que eu achei aqui KKKK. - O meu empresário viado fala e aponta para uma Gina com os olhos vermelhos.
- Não temos tempo agora, viada. Tenho uma apresentação para fazer.
- E acha que eu não sei? Vejo você lá, draga.
Subimos até o quarto apressadas.
- Vá tomar banho e eu escolho minha roupa, e vice versa. - digo para Emma.
Ela corre para o banheiro e eu abro as gavetas para escolher as roupas.
Pego a melhor roupa que tenho e apresso Emma.
Ela sai do banheiro e decido me arrumar lá mesmo. Pego minhas maquiagens, minhas roupas e meus acessórios. Deus, como estou nervosa.

Emma Povs

Vinte minutos depois eu já estou pronta e esperando Melissa sair do banheiro. A minha amiga está tão nervosa e estou feliz pela primeira apresentação nela aqui em Londres. Santo Salu.
- Estou pronta. - Mel fala do banheiro.
"Saia". Eu grito.
Ela sai e minha boca se abre. Mel está incrivelmente linda!
Ela usa um salto bota preto, e um vestido azul mais lindo que eu já vi e que fica mais lindo ainda nela. Seus cabelos batem na cintura e são castanhos claros quase loiros. E ela usa o colar de sua mãe, que sempre lhe dava sorte.
- Meu Deus, Melissa. - digo, e ela para de sorrir.

Melissa Povs

Emma está me olhando de maneira estranha.
- Que foi? Minha maquiagem ta muito pesada? - pergunto e ela ri.
- Não, cara. Está perfeita. Tá, está tudo perfeito Melissa. Mas já são 20:25 e até chegarmos lá...
- Certo. - digo, pego meu violão, a chaves do carro e descemos até o estacionamento.
Quando finalmente entramos no carro, ouvimos um grito desafinado e ensurdecedor.
- Esperem por mim, raxas. - o viado grita. Ele está incrivelmente com um chapéu de palha rosa, um terno verde fluorescente, uma calça que combina com seu chapéu, e uma bota preta.
- O que é isso? Convenção dos palhaços de rodeio? - digo.
- Ah, cale a boca bicha feia. Respeite a sua empresária. - o viado diz e empina o nariz.
- Entra logo, estamos atrasados. - Emma diz.
Salu entra, senta no banco de passageiro. E quando eu ia me preparar pra dirigir, ouvimos alguém entrar no carro.
- GINA, SAI DAQUI AGORA! - grito
- Não vou sair não, quem me convidou foi o Saluzinho aqui. - a oxigenada fala.
- Não me chama de Saluzinho, nojenta. - O viado fala.
- Salu, porquê convidou ela? - Emma diz com raiva.
- Eu não convidei, eu só...
- AH, QUER SABER? CHEGA! - digo e todo mundo se cala. - Estou atrasada e não quero mais conversar. Gina, você vem, mas vai ter que dá um jeito de voltar. Não quero ninguém falando nada durante o caminho a não ser a Emma. Ouviram? - digo
- Sim. - todos falam.
- Que horror, bicha raivosa. - Salu diz.
E eu dirijo até o local da apresentação, com a ajuda do GPS.
Quando chegamos lá, o clube está completamente lotado! Pessoas correndo atrás de pessoas, famosos sendo seguidos por um mil seguranças, fãs enlouquecidos.
Paramos em frente a um portão com um segurança careca e branquelo. Que vem até nosso carro e pergunta sério:
- Com licença, vocês tem autorização para entrar?
- Ui que voz grossa, KKK. - Vocês sabem que falou isso - Sim temos autorização, aqui está. - o viado mostra um crachá ao segurança.
- Coloque o crachá em quem ira cantar, por gentileza.
- Eu queria mesmo que você colocasse o seu crachá em mim, KKKK. - Salu diz.
Olho para o futuro expulso.
- Okay, obrigada moço. - digo ao segurança. Estaciono o carro e todos saímos de dentro dele.
Caminhamos em direção ao portão e o segurança fala:
- Apenas pessoas autorizadas podem entrar.
- Eu sou empresário, ela vai cantar, baby. - Salu fala.
- Espere e a Emma? - pergunto.
- Terá que ficar na plateia como todo mundo.
- Ah, não! Não vou andar com essa loira ridícula do meu lado.
- Eu é que não quero andar com você, Emmané.
As duas iam começar a brigar.
- Emma, não precisa ficar com ela. Vou ter que ir agora.
- Certo, entrem. - o mal encarado fala e entramos no local.
Salu me olha e eu sei o que ele está pensando.

Give me Love [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora