Assalto

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— Mess, desce daí. — tentei puxar minha namorada.

Sem sucesso.

Work, work, work, work, work, work. He said me haffi. Work, work, work, work, work, work. He see me do mi... — ela rebolava até o chão, o que era extremamente liberado, se fosse um show particular APENAS PARA MIM, mas com toda essa gente assistindo e incentivando, e até uns caras assobiando para minha namorada, realmente não dava.

— Amor, por favor! — tentei carregá-la, novamente sem sucesso — Já sei que você me ama, eu também amo você, agora desça.

Ela parou de cantar, e as pessoas suspiraram, frustradas. Eu devia ser o destrói-festas agora. Mas antes dela realmente completar seu trajeto desde a mesa até o chão, uma pessoa, completamente sem juízo e noção de cuidado, passa as mãos asquerosas na bunda da minha namorada. E sem pensar duas vezes...

Eu bato nele.

Um soco no estômago, e um empurrão, receita para fazer alguém cair no chão. E até bateria mais, se não recuperasse meu senso imediatamente assim que algumas pessoas reclamam, seguido de "Briga, briga, briga!". Mas o cara não revida.

Então sinto uma mão em meu ombro, achei que era o segurança do precisadecracháparaentrar, mas era apenas Stuart.

— Acho melhor irmos...

— Mas eu ainda nem peguei ninguém! — Murray bufa, como uma criança quando os pais rejeitam comprar doces.

— Não seja por isso, meu lindo. — Salu abraça a cabeça do meu primo — Me pega, vai!

— Você quem sabe. — Stu sorri, um sorrisinho do tipo sai-daqui-antes-que-saia-na-midia-e-tua-carreira-acabe-e-fico-pobre.

— Okay, vamos.
Corri os olhos pela sala, e ninguém nos olhava mais. Envolvidos em seus estados drogados. Procurei por Emma e Mess que tinham sumido, então achei elas perto do bar, pedindo mais bebidas.

— A gente tem que ir. — noticiei assim que cheguei a elas.

— O quê? Como assim? Porquê? Não! — Mess sacudia os braços — Temos mesmo? — ela perguntou. E eu assenti sorrindo.

E ela tambem sorriu. Mesmo drogada, sem dignidade, chapada e tudo mais, ainda era minha Mess.

— Mas quero pegar as bebidas.

Ela pegou duas garrafas grande de uma bebida qualquer, e mostrou com o olhar a bancada do bar, que tinha sete. Isso. Sete outras garrafas, e Emma pegou duas, Murray apareceu e pegou duas, Stu pegou duas, e Salu pegou a última que sobrou.

Peguei as duas garrafas que estavam nas mãos de Mess, para deixar as mãos da minha namorada livre, e saímos da festa.

Olhamos para o elevador, recordando tudo o que passamos naquele cubículo de metal. Ficamos presos, a cantoria de Murray, a chatisse de Murray, o peido de Murray. Então, todos nós, olhamos ao mesmo tempo para a escada do lado oposto, de frente ao elevador.

Sem hesitar, apressamos o passo e descemos as escadas. Se estivessem sóbrios, com toda certeza do mundo estariam reclamando, mas como estavam sobre efeitos de um bolo alucinógeno de uma substância química, estavam saltitantes, rindo e descendo as escadas correndo.

E eu reparei uma coisa.

Eu tinha que ficar bêbado, pois todo mundo estava bêbado. Afinal, eu não era o babá, Stuart é.
Então destampei uma das garrafas de vodca e engoli rapidamente. Sei que demorava muito pra eu ficar realmente bêbado, e esse muito é tipo, muito mesmo.

Give me Love [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora