MAYA POV
"Eu quero mais um, por favor." Eu meia que sussurro, deslizando o copo sobre a mesa. O rapaz olha-me com uma expressão confusa e eu arqueio a sobrancelha para ele. "Queres um desenho, bonitinho?" Suspiro.
Ele sorri sem humor á medida que limpava um dos muitos copos de vidro acabados de lavar. "Miúda, já bebeste de mais."
"Eu é que decido isso, ok?" Respondo-lhe. "E eu quero outro, ahn..." Eu tento juntar as letras gravadas no crachá preso á sua camisola. "Nellie."
"É Nathan," O loirinho corrige-me.
"Como queiras," Eu tento levantar-me. Wow. Eu não pensei que estivesse assim tão bêbada. As minhas pernas tremem quando eu tento dar um passo em frente, e a minha cabeça parece estar prestes a explodir.
"As coisas não estão tão engraçadas agora pois não?" O rapaz sorri de esguio.
"Engraçado... Não me lembro de ter pedido a tua opinião."
O seu sorriso cai.
"Olha," Ele aproxima-se, segurando na minha mão quando eu tento pegar na garrafa do whisky. Eu sacudo o braço com força e ele geme, recuando. Ouço-o a suspirar atrás de mim e logo me viro contra si quando a sua voz grave ecoa no meu ouvido. "Não tens ninguém que te venha buscar, ahn..."
"Maya," Eu reviro os olhos.
"Maya," Ele sorri novamente, mordendo o pedaço de metal que furava o seu lábio inferior de um lado ao outro. Raio de atrasado mental. Um atrasado mental atraente. Subconsciente da merda. Vejo-o a mexer os lábios novamente, mas não consigo prestar atenção ao que ele está a dizer. Eu acho que ele também tem um piercing na língua. Será? Meu, sempre quis fazer um. Aliás, eu deveria fazer um. Será que há alguma coisa aberta a esta hora?
"Nathan?"
"O q-"
"Cala-te, não precisas de responder." Eu resmungo. "Há alguma loja de piercings aberta a esta hora?"
"O quê?" Ele ri. Desta vez genuinamente. Com vontade. Nem eu que estou bêbeda percebi a piada, por isso imaginem.
"Bolas, que és lento." Eu praguejo.
Apanhando-o num momento de distração, eu corro para apanhar a garrafa do whisky, levando-a comigo até á casa de banho antes que ele possa apanhar-me. "Mas que merd -" Consigo ouvi-lo resmungar atrás de mim. Mas já era tarde de mais, a garrafa estava segura comigo. No meu colo. Fechadas num mero cubículo de uma casa de banho. Graças a Deus ou ao Nathan, estas já tinham sido limpas por isso podia colapsar no chão á vontade.
"Agora somos apenas nós bebê." Eu faço olhinhos a Jack. O meu mais recente amor, Jack Daniells. Mas, antes que o possa trazer aos meus lábios ansiosos, alguém decide cortar o clima romântico.
"Sabes qual é a tua sorte?" Eu ouço do outro lado. A porta de madeira treme ligeiramente e, pelo espaço que fica entre o chão e o inicio da porta, eu consigo ver as sapatilhas e um pouco das calças escuras de Nathan. Ele acabou de se sentar do outro lado? É, eu acho que sim.
"Diga lá, Mr. Sabedoria." Eu dou um gole na garrafa.
"É o bar já ter fechado, e não estarem cá os seguranças," Ele meio que ri. "Ou o patrão." Acrescenta.
"Wow, que alivio Norman."
"É Nathan." O rapaz corrige-me e eu quase posso imaginá-lo a revirar os olhos. Esperem... Quem faz isso normalmente é o Zayn.
Zayn...
Como será que ele está? Eu alcanço o telemóvel por uns segundos, apenas para verificar as chamadas perdidas, mas era um número com mais de dois dígitos - eu acho - e eles estavam todos desfocados, então nem sequer tentei.