Acordo com a luz do sol no meu rosto, devo ter esquecido de fechar a janela ontem mas tudo bem. Procuro meu celular sob meu travesseiro e vejo que já são quase 5 horas da tarde, pelo visto os remédios para dormir fizeram efeito até demais.
Saio da cama ainda sonolenta e vou escovar meus dentes, prendo meus cabelos num rabo de cavalo bagunçado e desço ainda de pijama. Vou direto para a cozinha de onde vem o som, acho que tem alguém ouvindo música. Mas quando chego lá tenho uma hilária surpresa, Tiago está de costas para mim com um avental cor de rosa com florzinha que era de minha mãe, com uma forma de biscoitos na mão, dançando rebolando e descendo até o chão. Rapidamente pego meu celular e começo a fazer um vídeo, gravo por uns dois minutos escondida atrás da porta até que não me aguento e solto um gargalhada, assustando ele que imediatamente desliga a música e se vira para mim que anda estou rindo da cena.
- Ah então eu me esforço para fazer biscoitos para a senhorita e você ri da minha adorada pessoa? Diz ele vindo até mim e me abraçando - Como está? Foi tudo bem com os federais? Pergunta ele enquanto me leva até a bancada onde começo a fazer um sanduíche.
- Só perdi meu tempo indo lá Tiago, eles tem medo de agir, ou não se importam com nossa cidade. Quando eu falei sobre os federais mortos aqui, ele me disse que era uma pena, mas que era parte do trabalho deles e que eles sabiam dos riscos. Mas e aqui tudo bem? Alguém me procurou? Alfred? Ou até mesmo Bruce?
- Desculpa mas ninguém te procurou, apenas minha mãe, mas eu disse que estava acampando e ela acreditou, eu acho, pois não ligou mais.
- Valeu Tiago, é por isso que eu te amo, você sabe disso né?
- Claro que sim,também te amo pequena. Nos abraçamos até que ouvimos um timer, acho que era dos biscoitos.
Terminei meu lanche e fui para a sala assistir um pouco de tv junto com Tiago. Horas depois ele foi embora, tinha que preparar uma prova pro dia seguinte, e eu fui para o porão. Comecei fazendo algumas pesquisas de contatos que poderiam me ajudar, mas não encontrei ninguém, todos temiam Constantine. Todos temiam Constantine e com razão, todos aqueles que se opunham a ele geralmente amanheciam mortos em valas ou então no rio que cortava a cidade, eu era a única que não tinha medo dele.
Eu, diferente de todos, não tinha nada a perder, minha família estava morta, meu pai não se importava comigo, meus melhor amigo sobreviveria sem mim, a cidade permaneceria a mesma com a minha presença ou sem ela. Além disso eu tinha motivos para querer o fim dele e iria até o fim, nem que para isso teria que matá-lo com minha próprias mãos.
Era uma noite de chuva aquela, a cidade estava quieta quando sai em patrulha aquela noite, nem Novatelly, nem sua gangue estava na ruas, sendo assim depois de frustrar 2 assaltos, eu voltei para casa e fui treinar já que tinha dormido o dia anterior inteiro, quando bateu 7 horas fui para meu quarto tomei um banho, me vesti e fui para a escola, faltava apenas um trimestre até o fim do ano letivo, apenas 3 meses para Trinity deixar de ser um passatempo e se tornar algo em tempo integral.
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A filha do Batman
ФанфикSeu pai era um justiceiro e mesmo sem saber disso,ela seguiu seus passos.